CONCEITO DE CRÔNICAS

A crônica, como gênero literário, possui uma história rica e complexa que acompanha de perto a evolução da literatura ao longo dos séculos, refletindo transformações culturais, sociais e linguísticas. Trata-se de uma breve narração caracterizada por uma linguagem simples, acessível e despretensiosa, o que a torna especialmente popular em veículos de comunicação de massa, como jornais e revistas. Sua versatilidade permite que ela transite entre diferentes temas, desde acontecimentos históricos de grande relevância até episódios triviais do cotidiano, capturando a essência do tempo e do espaço em que é produzida.

História da Crônica:

Um dos traços distintivos da crônica é sua capacidade de mesclar observação aguçada e estilo narrativo, frequentemente com um toque de ironia, humor ou leveza, mesmo ao tratar de assuntos sérios. Ela pode se inspirar tanto em fatos reais quanto em boatos, transformando-os em pequenas histórias que entretêm e, ao mesmo tempo, convidam à reflexão.
Essa flexibilidade a diferencia de outros gêneros mais rígidos, como o conto ou o ensaio, pois a crônica não se prende a uma estrutura fixa, mas sim ao olhar subjetivo do cronista sobre o mundo, historicamente, a crônica tem raízes que remontam à Antiguidade, com textos que registravam eventos de forma narrativa, como as crônicas medievais que relatavam feitos de reis e batalhas épicas.
No entanto, foi no século XIX, com o surgimento da imprensa moderna, que o gênero ganhou força e se consolidou como uma forma de expressão literária acessível ao grande público, no Brasil, por exemplo, a crônica encontrou terreno fértil nas mãos de escritores como Machado de Assis, que a utilizou para comentar a sociedade carioca com fina ironia, e, mais tarde, nomes como Rubem Braga e Clarice Lispector, que elevaram o gênero a um patamar de profunda sensibilidade e lirismo.
Assim, a trajetória da crônica é marcada por sua adaptabilidade: ela se molda aos contextos históricos e às vozes de seus autores, mantendo-se relevante ao capturar o espírito de cada época com simplicidade e perspicácia.
Seja como um espelho da realidade ou uma lente que a distorce com humor e criatividade, a crônica segue sendo um gênero vivo, que dialoga diretamente com o leitor e reflete as nuances da experiência humana.

Origem e Evolução:

Antiguidade: A palavra "crônica" vem do grego "chroniká", que significa "relativos ao tempo" ou "registros de eventos ao longo do tempo". Na Antiguidade, as crônicas eram principalmente listas de eventos em ordem cronológica, sem necessariamente um foco literário. Exemplos incluem as "Crônicas de Eusébio de Cesareia" e as "Crônicas de Jerônimo".
Idade Média: Durante a Idade Média, as crônicas evoluíram para se tornarem registros históricos mais narrativos, muitas vezes escritos por monges ou clérigos. Estas obras não só registravam eventos históricos, mas também podiam incluir elementos de mito, lenda e moralidade. Exemplos famosos incluem a "Crônica de Nuremberg" e as "Crônicas de Froissart".
Renascimento: Com o Renascimento, houve um renascimento da literatura em geral e as crônicas começaram a se diversificar, elas ainda eram históricas, mas agora com um estilo mais literário, incorporando elementos de análise e interpretação. Escritores como Jean Froissart e Philippe de Commynes na França são notáveis. 

Desenvolvimento na Literatura Moderna:

Século XVIII e XIX: A crônica começa a se transformar em um gênero mais próximo do que conhecemos hoje. Autores como Charles Dickens na Inglaterra e Machado de Assis no Brasil utilizavam a crônica para comentar aspectos da vida cotidiana, política e sociedade. No Brasil, a crônica se torna um gênero amado, com escritores como João do Rio e Rubem Braga.
Século XX: A crônica ganha espaço nos jornais e revistas, tornando-se uma forma popular de comunicação na imprensa escrita. Aqui, a crônica se diversifica ainda mais, podendo ser humorística, reflexiva, crítica ou poética. No Brasil, nomes como Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Luis Fernando Verissimo, Machado de Assis, Lima Barreto, Paulo Mendes Campos e Nelson Rodrigues destacam-se.
Século XXI: Com à internet e a globalização, a crônica se adaptou aos novos meios de comunicação. Blogs, redes sociais e plataformas digitais proporcionam novos espaços para a crônica, permitindo uma interação mais direta com o leitor, a crônica contemporânea pode abordar desde temas universais até questões muito específicas, como a vida na era digital, as mudanças climáticas periódicas, ou a política local e global.

Características Gerais:

Linguagem coloquial: Geralmente, a crônica usa uma linguagem acessível, próxima do falar cotidiano.
Brevidade: Costuma ser um texto curto, adequado para a leitura rápida e diária.
Temática: Pode variar amplamente, mas sempre há um comentário sobre a vida, a sociedade ou o tempo presente.
Subjetividade: A visão do cronista é central, trazendo um olhar pessoal sobre os assuntos abordados, portanto, é um testemunho literário da vida em sua multiplicidade, capturando a essência do momento atual, com a profundidade das experiências humana.  

Culpando o Carteiro: O Dilema da Regulação nas Redes Sociais

Era uma manhã comum, com o celular vibrando incessantemente. No grupo de amigos, mensagens pipocavam: uma nova lei de regulação das redes sociais estava em pauta. "Vão censurar tudo!", dizia um. "É pra proteger, não pra calar", retrucava outro. Enquanto o café esfriava, eu lia as notícias. Um caso recente no Brasil chamava atenção: um aplicativo de mensagens quase foi bloqueado por não entregar dados de usuários que espalhavam ameaças. Mas quem eram os alvos? 

Os criminosos ou a plataforma que apenas carregava suas palavras? Pensei no carteiro. Quando uma carta com conteúdo ilícito chega, ninguém pensa em prender quem a entregou. O foco vai para o remetente, o autor da mensagem. Nas redes sociais, porém, a lógica parece invertida. Governos, pressionados por crimes digitais, miram os aplicativos, os carteiros modernos em vez de rastrear os verdadeiros culpados. 

É mais fácil culpar o mensageiro, que carrega milhões de vozes, do que caçar quem usa a ferramenta para o mal. Lembrei de um amigo, dono de um pequeno comércio, que teve sua conta suspensa por um mal-entendido com um post. Sem aviso, sem chance de defesa, ele perdeu acesso a clientes. "Como vou saber o que fiz de errado se não me dizem?", desabafou. A regulação, quando mal aplicada, pune sem distinguir o joio do trigo. 

E assim, sob o pretexto de segurança, corre-se o risco de silenciar vozes honestas enquanto os criminosos, espertos, migram para outros canais. O debate não é simples. Proteger sem censurar, punir sem generalizar. Mas uma coisa é certa: mirar o mensageiro pode até dar a sensação de controle, mas é como culpar o vento por carregar o som. O crime está na mensagem, não na mão que a entrega.

A LUZ DA SEMANA SANTA

Na pequena cidade onde cresci, a Semana Santa era mais do que um feriado religioso; era um momento em que o tempo parecia parar, e as ruas, tão acostumadas ao barulho dos carros e das conversas apressadas, se enchiam de um silêncio reverente, quebrado apenas pelo som dos sinos da igreja matriz. Era como se a cidade inteira respirasse mais devagar, refletindo sobre algo maior que ela mesma, era época de relembrar de sentir tudo que Cristo passou por nós...

Lembro-me de dona Clarissa, a vizinha de olhos gentis e mãos calejadas, que todos os anos, na Sexta-Feira Santa, reunia os netos na varanda para contar a história da Paixão. Ela não usava palavras difíceis, mas sua voz tremia de emoção ao falar do sacrifício e do amor de Jesus. As crianças, normalmente inquietas, ficavam quietas, fascinadas não só pela história, mas pela forma como dona Clarissa a contava, com uma fé que parecia iluminar o entardecer.

Naquele ano, porém, a Semana Santa foi diferente. Eu tinha 15 anos, idade em que o coração começa a questionar tudo, inclusive as tradições que antes pareciam intocáveis. Enquanto caminhava com minha mãe para a procissão do Domingo de Ramos, carregando um ramo de oliveira que pinicava minhas mãos, perguntei: "Por que fazemos isso todo ano? Não é só repetir a mesma coisa?" Ela sorriu, sem pressa, e respondeu: "Repetir é como regar uma planta. A história não muda, mas nós mudamos. Cada ano, tu entendes, um pedacinho a mais."

Suas palavras ficaram comigo. Durante a procissão, observei as pessoas ao meu redor: o velho Seu Zezinho, que mal conseguia caminhar, mas fazia questão de carregar a cruz; a jovem senhora Analice, que perdera o marido meses antes e ainda assim cantava com uma força que vinha de algum lugar profundo; as crianças correndo com seus ramos, alheias ao peso do mundo. Percebi que a Semana Santa não era só sobre o passado, mas sobre o presente, sobre o que cada um carregava no peito enquanto seguia o cortejo.

Na noite de Páscoa, quando a igreja se encheu de velas e o "Aleluia" ecoou, senti algo que não sei explicar. Não era só a beleza do momento, mas a sensação de que, por alguns instantes, estávamos todos conectados, não só uns com os outros, mas com algo maior, muito maior, algo que transcendia as dúvidas de um adolescente ou as perspectivas de uma cidade pequena, porém, grandiosa em fé.

Hoje, anos depois, morando em uma metrópole onde a Semana Santa muitas vezes se perde no feriado prolongado, sinto falta daquele silêncio, daquele tempo mais lento. Mas carrego comigo o que aprendi: a Semana Santa não é só uma data no calendário, é um convite para parar, rememorar o verdadeiro significado da vida, refletir e, quem sabe, encontrar um pouco de luz no meio das nossas próprias sombras.

O Sabor do Silêncio

A cidade parecia respirar mais devagar. As ruas, normalmente inquietas, agora caminhavam em um ritmo pausado, como se respeitassem um tempo próprio, sagrado. Desde cedo, os sinos da igreja haviam anunciado os dias de reflexão, e até os pássaros pareciam cantar mais suavemente. Dona Carmem, com seu avental florido, preparava a tradicional bacalhoada. O aroma se espalhava pela casa como uma saudação antecipada aos que chegariam.

A família se reuniria mais tarde, como sempre, mas ela sabia que havia algo diferente neste ano. Talvez fosse o olhar mais sereno de seu neto, que acabara de entender o significado daquela celebração; ou a voz embargada de seu filho, que há tempos não entrava em uma igreja e agora se pegava repetindo, baixinho, uma prece antiga.

Na praça, crianças brincavam sem pressa, seus pés descalços sobre o chão de pedra. O calor da tarde misturava-se com a brisa fresca que carregava o cheiro do incenso queimado no altar improvisado. Os velhos sentavam-se nos bancos, observando o movimento com a paciência de quem já viu muitas Páscoas passarem.

Quando a noite caiu, a procissão percorreu as ruas. Velas tremulavam nas mãos dos fiéis, como estrelas refletidas na terra. O silêncio era um manto que envolvia tudo, mas era um silêncio cheio de significados — um silêncio que falava do que se perdeu, do que se espera, do que se renova.

Ao final da noite, Dona Carmem serviu a ceia. Em torno da mesa, os olhares se encontraram, e naquele instante, ninguém precisou dizer nada. A Semana Santa havia cumprido seu papel. O sabor do silêncio era o da memória, do afeto e da fé que, ano após ano, encontrava forma em cada pequeno gesto.

Presença na Ausência!

És presença. E, mesmo quando és ausência, és muito mais do que saudade, és vontade de ver de novo, de ver mais, de ver mais de perto, ver melhor. E tocar, de modo que, cada toque, eu tenha um pouco mais de ti em mim, para que não haja mais ausência, te encontrar virou apenas uma questão de fechar os olhos, tenho confundido 'eu' com 'nós'. 

Mas essa confusão só me acontece porque eu tenho certeza de tudo que eu sinto, e o que eu sinto, é o tal do amor, aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. 

E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre da tua presença e teu rosto, o qual ainda posso contemplar.

A Beleza Além das Aparências

Há uma mulher que, ao caminhar pela praça, parece trazer consigo um pouco mais de luz de que o sol do meio-dia, a princípio, tu dirias que sua beleza é de cair o queixo cabelos que dançam ao vento como se fossem feitos de pura energia, olhos que refletem um universo inteiro, e um sorriso capaz de desarmar até o mais cínico dos corações. Mas, se tu parares para observar, para realmente enxergar, perceberá que há muito mais em jogo do que simplesmente beleza física. Esta mulher, que com um olhar poderia transformar qualquer cenário em algo digno de um pintor renascentista, tem uma beleza que vai além do óbvio, ela é feita de momentos, de histórias, de uma humanidade que não se vê em revistas de moda ou em filmes de Hollywood. 

Sua graça não está apenas em como ela se move, mas em como vive, enfrentando as tempestades da vida com uma resiliência que só pode ser chamada de bela, a beleza dela é uma tapeçaria tecida com fios de coragem, inteligência e empatia, ela é aquela que, em meio a uma conversa banal, pode te fazer rir com uma piada interna, compartilhada apenas entre amigos verdadeiros, a mão que se estende para ajudar um desconhecido caído, o ombro que se oferece sem pedir nada em troca. Sua beleza é a forma como ela enxerga o mundo, não como algo a ser conquistado, mas como um lugar a ser amado e cuidado. 

Essa mulher bonita tem dias de dúvida, dias em que a beleza do espelho não reflete a tempestade dentro de si. Mas é justamente nesses momentos que sua verdadeira beleza brilha na capacidade de ser vulnerável, de buscar ajuda, de chorar e, ainda assim, encontrar forças para seguir. Ela não é uma estátua de perfeição, mas um ser humano em constante evolução, aprendendo, amando, errando e se levantando. A beleza dela não se prende ao tempo; não envelhece. Porque é uma beleza que se renova a cada ato de bondade, a cada momento de pura autenticidade. 

Ela nos lembra que a verdadeira beleza não é algo que se vê à primeira vista, mas algo que cresce dentro de nós, algo que se sente, que se vive. E assim, ao observar essa mulher, você entende que a beleza além das aparências é a mais rara e a mais duradoura. É a beleza que nos faz humanos, que nos conecta uns aos outros, que transforma cada olhar em uma oportunidade de ver o mundo com novos olhos, olhos que enxergam além, que veem à alma. (Igidio Garra®) 

Eu e Meus Medos!

Já escondi um amor com medo de perder, já perdi um amor por escondê-lo. Já segurei nas mãos de alguém por medo, Já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos. Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem. Já amei pessoas, me decepcionei, Já decepcionei pessoas que me amaram. 

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir. Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi. Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto. Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir. Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam. Já tive crises de riso quando não podia. Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva. 

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros. Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz. Já inventei histórias com final feliz para esperança a quem precisava. Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade. 

Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali". Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria. Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... 

Algumas pessoas, nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim. Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre! 

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes. Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. Tu podes até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar! Determinação é meu forte, pois tenho fé e corro atrás dos meus objetivos sem medo de errar. Encontre motivação para ultrapassar todos os desafios e nada será mais forte que a sua determinação. (Igidio Garra®).

Tomar o Poder, é Diferente de Ganhar Eleições!

Era uma manhã de sol tímido, daqueles que parecem pedir licença para brilhar. Uma eleição cheia de regras de ultima hora, um dos candidatos mal podia falar o trivial e ja era multado e propaganda retirada das mídias, o opositor retirado pelos amigos da cadeia "lavaram, a ficha dele".

Esse ah! tudo podia, falava mal de tido mundo numa campanha suja e sem regras sem ética sem nada, imoral, sabe-se lá, como foi eleito. A cidade ainda digeria os resultados estranhos das urnas, com bandeiras coloridas tremulando nas janelas e conversas acaloradas nas padarias.

ZéPilintra, um barbeiro de bairro com mais histórias do que fios de cabelo cortados, servia café enquanto comentava com os clientes: "Ganhar eleição é fácil, viu? Basta prometer o céu". Agora, tomar o poder... isso é outra conversa. "ZéPilintra não era de teorias complicadas, mas tinha o dom de enxergar a vida como quem lê um livro aberto. Ele se lembrava de dona Clarita, a vereadora eleita com uma campanha humilde, feita de porta em porta. Clarita prometia creches, asfalto novo e médicos nos postos de saúde. Ganhou com folga, carregada nos ombros do povo.

Mas, quando pisou na prefeitura, descobriu que o poder não estava na cadeira que ocupava. Estava nas mãos de quem controlava os contratos, as verbas, as alianças nos bastidores. "É como entrar num baile onde a música já tá tocando, e você não sabe a dança", ela desabafou certa vez, enquanto ZéPilintra cortava seu cabelo.Tomar o poder, ZéPilintra explicava, não é só vencer a eleição. É entender o jogo que acontece longe dos holofotes. 

É saber que o voto te dá uma chave, mas a porta tem várias trancas e nem todas são suas. Clarita tentou. Brigou por suas creches, peitou os figurões, mas logo viu que, sem negociar com os donos do tabuleiro, suas promessas virariam apenas boas intenções. "Poder é uma corrente, ZéPilintra", ela dizia. "Se você não segura firme, ela te arrasta."  Enquanto isso, do outro lado da cidade, o prefeito reeleito, seu Laumeidão, sabia bem disso. Ele não era de discursos bonitos, nem de carisma que enche praça. Mas conhecia os atalhos.

Fechava acordos com vereadores, distribuía favores, mantinha as engrenagens girando. Ganhava eleições, sim, mas, mais importante, tomava o poder a cada dia. Não era querido, mas era temido – e isso, para ele, bastava. ZéPilintra terminava o café, limpava a navalha e refletia. O povo vota com o coração, às vezes com a raiva, mas raramente com a frieza de quem entende o que está em jogo. Eleição é uma batalha de ideias, de sonhos, de gritos. Poder é uma guerra de silêncios, de conchavos, de paciência.

Clarita, com seus ideais, ainda resistia, aprendendo aos trancos que o voto é só o começo. Seu Laumeidão, com seus cálculos, reinava, sabendo que o poder não se ganha se toma. E assim, entre uma tesourada e outra, ZéPilintra concluía: "No fim, o povo acha que escolhe o rei, mas quem coloca a coroa é outro. E esse, meu amigo, não aparece no palanque." A campainha da barbearia tocou, e a vida seguiu, como sempre, entre promessas e realidades.

O Supremo e a Dança dos Poderes

Era uma vez, num país tropical de muitas cores e vozes, uma instituição que, como um guardião austero, vestia togas pretas e carregava nas mãos a balança da justiça. O Supremo Tribunal Federal, ou simplesmente STF, era visto por muitos como o último bastião da Constituição, o farol que guiava a nação em mares turbulentos. Mas, como em toda boa história, havia um, porém. Nos últimos tempos, o STF parecia dançar uma valsa perigosa, com passos que, para alguns, pisavam nos calos dos outros poderes da República.

Imagine a cena: o Legislativo, com seus deputados e senadores, discutindo leis com o fervor de quem tenta acertar uma receita complicada. O Executivo, com seu presidente e ministros, correndo para apagar incêndios e, ao mesmo tempo, tentar governar. E, no canto do salão, o STF, com seu olhar atento, às vezes parecia não apenas julgar, mas também querer conduzir a dança inteira. "Essa lei não serve", dizia o Supremo, riscando o papel do Congresso. "Esse decreto não pode", afirmava, olhando torto para o Planalto. E assim, o que era para ser uma harmonia de três poderes começou a soar como uma orquestra desafinada.

Não me entenda mal. O STF tem um papel crucial. Quando o Legislativo ou o Executivo extrapolam, é o Supremo que deve dizer "alto lá!". A Constituição não é um enfeite; é a partitura que rege a nação. Mas o problema começa quando o guardião da partitura decide não apenas corrigir os músicos, mas também compor novas melodias. Decisões que tem a premissa de legislar, que criam normas onde não havia, ou que interferem em escolhas que, em tese, pertencem aos outros poderes, geram um burburinho. "Usurpação!", gritam alguns. "Ativismo judicial!", exclamam outros. E, no meio do barulho, o povo assiste, ora confuso, ora desconfiado.

Lembro de um caso que ilustra bem essa dança. Era uma tarde quente, e o país discutia uma lei recém-aprovada pelo Congresso. Não era perfeita, claro – qual lei é? Mas tinha sido debatida, votada, suada. Eis que o STF, com uma canetada, suspende a lei. Motivo? Inconstitucionalidade, disseram os ministros. Justo, talvez. Mas, no mesmo fôlego, o tribunal foi além: começou a definir como o tema deveria ser tratado, como se fosse o próprio Congresso a redigir o texto. Nas redes sociais, nos botecos, nas rodas de conversa, o povo se perguntava: "Se o Supremo pode dizer o que deve ser feito, para que serve o Legislativo? Para que serve o voto que escolhe deputados e senadores?".

Não é uma questão simples. Há quem defenda o STF com unhas e dentes, dizendo que, num país onde Executivo e Legislativo às vezes flertam com o autoritarismo ou a ineficiência, o Supremo é o adulto na sala. Outros, porém, veem nisso um risco. Um poder que se sobrepõe aos outros, mesmo com supostas boas intenções, pode desequilibrar a democracia. Afinal, quem fiscaliza o fiscal? Ora o fiscal, do fiscal o SENADO Que julga o juiz? Se o STF é o guardião da Constituição, quem garante que ele não está, aos poucos, reescrevendo-a à sua maneira?

Enquanto isso, a dança continua. O Executivo reclama, o Legislativo resmunga, e o STF, com sua toga imponente, segue firme, como quem diz: "Eu sou a lei". Mas, no fundo, todos sabem: democracia não é um solo, é um conjunto. E, para a música tocar sem tropeços, cada poder precisa respeitar o espaço do outro. Caso contrário, o que era para ser uma valsa pode virar um samba atravessado, e ninguém quer ver o Brasil perder o ritmo.

Essa crônica reflete uma visão crítica, mas equilibrada, sobre o tema. Tentei capturar o sentimento de tensão entre os poderes sem cair em polarizações rasas, usando um tom descritivo que mistura ironia e reflexão.

Magistrados do STF: Guardiões ou Protagonistas?

O Supremo Tribunal Federal (STF), como cúpula do Poder Judiciário brasileiro, é uma instituição que desperta intensos debates na sociedade. A presença de magistrados no STF, seria um fato inquestionável: são onze ministros, nomeados pelo Presidente da República após aprovação do Senado, com a missão de zelar pela Constituição e interpretar as leis em última instância. Mas a reflexão que esse tema provoca vai além da mera constatação de sua existência, ela nos convida a pensar sobre o papel, a atuação e a percepção desses indicados no contexto nacional. .

Ser magistrado no STF não é apenas ocupar um cargo; é carregar a responsabilidade de decisões que moldam o destino de milhões. Suas sentenças reverberam na política, na economia e na vida cotidiana, muitas vezes gerando aplausos de uns e críticas ferozes de outros. A imparcialidade, princípio basilar do Judiciário, é constantemente colocada à prova em um país marcado por polarizações e interesses diversos. Assim, a pergunta que emerge não é apenas "existem magistrados no STF?", mas "que tipo de magistrados o STF abriga?". 

São guardiões intransigentes da Constituição ou atores influenciados pelo calor do momento político agindo conforme humor de cada um. A história do STF mostra que seus magistrados, humanos como são, não estão imunes a falhas ou a visões pessoais, no entanto não podem sair do preceito legal. Contudo, é inegável que a instituição, com suas virtudes e imperfeições, outrora, foi um pilar da democracia brasileira. 

Refletir sobre sua existência é reconhecer que o STF, com seus magistrados, seria um espelho da complexidade de um país em busca de equilíbrio entre justiça, poder e liberdade. Com imensa tristeza reconheço que a atual composição, não nos dá essa certeza de que existam magistrados na corte, pelo simples fato de que alguns, não se aterem ao justo e moral princípio legal. 

Nordeste: Curral de Politicos Corruptos!

Os políticos do Nordeste, em muitos casos, parecem ter transformado a região num feudo particular, usando o discurso da identidade e da resistência para justificar um isolamento que, na prática, beneficia mais suas agendas do que o povo. Esse "autoisolamento" não é orgânico, mas construído uma cortina de fumaça que esconde interesses pessoais, perpetua desigualdades e mantém a região refém de promessas vazias. Enquanto vendem a ideia de proteção cultural, desviam recursos e oportunidades, traindo a essência de um Nordeste que, historicamente, sempre lutou por inclusão, e jamais por segregação. 

Meritocracia e Cotas: O Desafio da Equidade no Brasil Utópico!

No Brasil das utopias, a meritocracia é frequentemente exaltada como um ideal de justiça, onde competência e esforço individual determinam o sucesso. Contudo, as cotas surgem como um suposto contraponto necessário, reconhecendo que o ponto de partida não é igual para todos. 

Enquanto a meritocracia pressupõe um campo neutro, onde a competência é o parâmetro, as cotas buscam corrigir desigualdades históricas, oferecendo oportunidades a quem foi sistematicamente excluído e nesse contexto. Retira-se o meritório e dar ao aproveitador o qual não merece tal benefício, pois não trabalhou e nem correu atrás para ter uma formação pela qual pudesse concorrer de igual para igual em qualquer estágio profissional. 

A tensão entre esses conceitos revela um dilema: até que ponto a competência pode ser medida sem considerar o contexto, todavia se ancorar em benesses, não tornará nenhum cotista melhor. Na utopia brasileira, o equilíbrio entre mérito e equidade segue como um horizonte a ser alcançado, até que haja equivalência na formação por capacitação e nunca, jamais por cotas impositivas e discriminatórias.

O amor acaba. Paulo Mendes Campos

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos.

E no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente.

Num sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve.

Em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo.

Na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Brasil: Prisioneiro de uma Máquina de Exploração!

O Brasil, uma nação de riquezas naturais incalculáveis e diversidade cultural única, parece paradoxalmente preso a um ciclo histórico de exploração que atravessa séculos. Desde os tempos coloniais, quando suas terras eram saqueadas para enriquecer potências estrangeiras, até os dias atuais, onde desigualdades gritantes persistem, é possível argumentar que o país se tornou refém de um sistema que prioriza o lucro de poucos em detrimento do bem-estar da maioria. Mas o que sustenta essa estrutura? 

E por que ela parece tão difícil de romper? Um dos pilares desse sistema é a concentração de poder político e econômico nas mãos de uma elite que, muitas vezes, opera distantes das necessidades reais da população. Governos, historicamente, alternam entre promessas de mudança e a manutenção de práticas que perpetuam exclusão social. A corrupção, enraizada em diversas esferas, funciona como um mecanismo que drena recursos que poderiam ser usados para educação, saúde e infraestrutura, deixando a população vulnerável e dependente de soluções paliativas. Enquanto isso, o discurso de progresso é vendido como uma cenoura diante de um povo que, exausto, continua a carregar o peso de um sistema desigual, sendo extorquido por altos impostos abusivos. 

Outro aspecto é a exploração econômica direta da população. Altos impostos, inflação persistente e um mercado de trabalho precarizado pressionam as classes média e baixa, enquanto grandes corporações e figuras influentes acumulam riquezas. O trabalhador brasileiro, frequentemente celebrado por sua resiliência, é colocado em uma posição de submissão: trabalha mais, ganha menos e vê seus direitos sendo negociados em nome de uma suposta "modernização". A pergunta que fica é: até que ponto essa resiliência é virtude, e não um reflexo de uma população condicionada a aceitar a exploração como inevitável? 

No entanto, culpar apenas as estruturas externas seria simplista. Há também uma responsabilidade coletiva em questionar e desafiar esse sistema. A apatia, o conformismo ou mesmo a falta de união popular permitem que ele se perpetue. Mudanças reais exigem não apenas indignação, ação e uma mobilização consciente para desmantelar os alicerces dessa exploração, algo que o Brasil, com sua história de resistência, já demonstrou ser capaz em momentos pontuais. O Brasil não precisa ser eternamente refém. Suas riquezas, humanas e materiais, são um potencial latente para um presente diferente. Mas isso exige romper com a ideia de que o sistema é imutável. A verdadeira libertação virá quando a população deixar de ser apenas uma engrenagem explorada e passar a ser a força que redesenha o próprio mecanismo de subsistência.

Anistia aos Presos do 8 de Janeiro: Ato de Caridade!

A discussão sobre a anistia dos presos dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando infiltrados invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, pode ser amplamente classificada como um "ato de caridade" no contexto jurídico ou político. Em vez disso, é um tema controverso que envolve questões de justiça, proporcionalidade das penas e reconciliação nacional. 

A anistia, nesse caso, refere-se a um possível perdão legal para os envolvidos, muitos dos quais foram condenados por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, vandalismo e associação criminosa. Até o momento, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais de 370 pessoas, com penas que variam de 3 a 17 anos, enquanto outros fizeram acordos de não persecução penal, evitando prisão mediante confissão e cumprimento de medidas alternativas, diga-se de passagem, por coação. 

Defensores da anistia, incluindo parlamentares da oposição e familiares dos presos (como a Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro - Asfav), argumentam que as penas são desproporcionais, especialmente para manifestantes não violentos, e que houve violações do devido processo legal, como falta de individualização das condutas. Eles veem a anistia como uma forma de corrigir injustiças e promover pacificação. Por outro lado, críticos, incluindo juristas e membros do governo, afirmam que perdoar esses atos seria um ataque à "democracia", já que os eventos de 8 de janeiro representaram uma ameaça real às instituições. 

Portanto, chamar a anistia de "ato de caridade" depende da perspectiva: para os favoráveis, pode ser vista como um gesto humanitário em favor de pessoas que consideram vítimas de um sistema punitivo excessivo; para os contrários, é uma tentativa de legitimar crimes graves, distante de qualquer noção de caridade. Não há consenso, porque temos uma parte da população é avessa ao bom senso e o debate segue vivo no Congresso e na sociedade, com projetos de lei em tramitação, mas sem aprovação definitiva até esta data, 5 de abril de 2025.

Quem Mente Mais no Governo Lula: O Presidente, ou Seus Ministros!

É difícil determinar com precisão quem mente mais no governo Lula, se o presidente ou seus ministros, pois isso depende de avaliações subjetivas e do acesso a informações verificáveis.

Luiz Inácio Lula da Silva, como líder do governo, frequentemente faz declarações públicas que podem ser contestadas ou exageradas, especialmente em temas como economia e resultados de políticas públicas. Seus ministros, por outro lado, também são responsáveis por divulgar dados e justificativas que nem sempre resistem a análises detalhadas, como em casos de promessas não cumpridas ou números maquiados. 

A falta de transparência e a polarização política no Brasil dificultam uma conclusão objetiva, mas ambos, presidente e ministros têm sido alvos de críticas consistentes por suas falas que não retratam a realidade do dia a dia. 

O Feminismo: Um movimento que quer acabar com o Homem Hetero e Branco?

Introdução:
O feminismo, enquanto movimento social e político, tem sido alvo de intensos debates ao longo das últimas décadas. Originalmente concebido como uma luta pela igualdade de direitos entre homens e mulheres, ele evoluiu em diversas ondas e correntes, cada uma com suas próprias demandas e métodos. No entanto, uma forma recorrente em certos círculos críticos é a de que o feminismo contemporâneo, especialmente em suas vertentes mais radicais, teria como objetivo não apenas a desconstrução de estruturas patriarcais, mas a própria eliminação simbólica ou prática do "homem heterossexual e branco" como figura central de poder. Esta tese busca explorar essa percepção, analisando se ela reflete uma intenção real do movimento ou se é uma interpretação distorcida de suas metas, amplificada por tensões culturais e políticas.
Movimento:
O feminismo, em sua essência histórica, surgiu como resposta a desigualdades estruturais que privilegiavam homens em detrimento das mulheres. A primeira onda, no século XIX, focou no sufrágio feminino; a segunda, nas décadas de 1960 e 1970, abordou questões como direitos reprodutivos e discriminação no trabalho. Já a terceira e quarta ondas, mais recentes, ampliaram o escopo para interseccionalidade, incluindo raça, classe e orientação sexual. É nesse contexto que emerge a crítica de que o feminismo teria se tornado uma força antagônica ao homem heterossexual branco, frequentemente associado ao "patriarcado" em discursos acadêmicos e ativistas de esquerda. Por um lado, há evidências que alimentam essa percepção. 

Frases como "o futuro é feminino" ou a denúncia do "privilégio masculino branco" em textos feministas podem ser interpretadas como um ataque direto a essa demografia específica. Autoras como bell hooks e Judith Butler, ao discutirem poder e identidade, frequentemente apontam o homem branco heterossexual como beneficiário histórico de sistemas opressivos. Além disso, em espaços online, como redes sociais, discursos mais radicais, por vezes caricaturais reforçam a ideia de uma "guerra de gêneros", onde a ascensão das mulheres implicaria a queda desse grupo. Por outro lado, essa visão pode ser uma simplificação. 

O feminismo, em sua pluralidade, não possui uma agenda unificada que vise "acabar" com qualquer grupo. A crítica ao patriarcado não é sinônimo de ódio aos homens, mas sim uma tentativa de desmantelar hierarquias que, segundo o movimento, prejudicam tanto mulheres quanto homens em diferentes níveis. Estudos sociológicos, como os de Michael Kimmel, sugerem que o machismo também impõe fardos aos homens, como a repressão emocional e a pressão por sucesso econômico, o que indica que o feminismo poderia, em teoria, beneficiá-los ao desconstruir essas normas isso não seria ideal sob o ponto de vista social. 

A associação do feminismo a uma ameaça ao homem hetero e branco parece ganhar força em contextos de polarização política. Movimentos conservadores, especialmente no Ocidente, frequentemente retratam o feminismo como parte de uma "agenda progressista woke" que erode valores tradicionais. Essa narrativa é amplificada por casos midiáticos, como campanhas de cancelamento ou críticas a figuras públicas masculinas, que alimentam a sensação de que o homem branco heterossexual está sob ataque. Contudo, é necessário distinguir entre intenções declaradas do movimento e interpretações exageradas de seus efeitos.
Conclusão:
Afirmar que o feminismo busca "acabar com o homem hetero e branco" é uma leitura que mistura realidade e hiperbole. Há, sim, uma crítica contundente a privilégios históricos associados a esse grupo, mas ela se insere em um projeto mais amplo de igualdade, pergunta-se onde está essa igualdade? O não de extermínio seja literal ou simbólico é uma bandeira feminista. 

A percepção de ameaça parece derivar menos de uma essência inerente ao feminismo e mais de uma resistência cultural à perda de centralidade desse perfil demográfico em sociedades em transformação. Assim, o debate não é sobre a existência de um complô feminista, mas sobre como as mudanças propostas pelo movimento são recebidas e reinterpretadas em um mundo marcado por desigualdades e tensões identitárias seria no caso do feminismo, quererem ser superiores aos homens biologicamente, no mercado de trabalho em todos as suas variáveis de atividades, ou seria apenas desconstrução da figura do Macho?
Epilogo:
Essa tese foi escrita de forma a provocar reflexão, mantendo um tom analítico, questionamentos e evitando juízos de valor definitivos.

O Encontro entre a Comunidade LGBT e o Islã!

O encontro hipotético entre a comunidade LGBT e o Islã poderia gerar uma ampla gama de desdobramentos, dependendo do contexto geográfico, político e cultural em que ocorresse. Essa interação seria moldada por fatores como interpretações religiosas, níveis de secularismo, abertura ao diálogo intergrupal e influências externas, resultando em cenários que variam de coexistência pacífica a prováveis tensões significativas. Em um cenário otimista, o encontro poderia levar a um diálogo construtivo. 

Partes do mundo islâmico que adotam interpretações mais progressistas do Alcorão, como certos movimentos reformistas, poderiam encontrar pontos de convergência com os valores de inclusão e diversidade defendidos pela comunidade LGBT. Por exemplo, em comunidades muçulmanas urbanas e secularizadas, como em algumas áreas da Turquia ou da Indonésia, a aceitação de identidades diversas poderia crescer gradualmente, promovendo uma síntese cultural única. 

Organizações de muçulmanos LGBT, como a "Muslims for Progressive Values", poderiam atuar como pontes, incentivando a tolerância mútua e reinterpretando textos religiosos sob uma ótica mais inclusiva não da para descartar essa possibilidade. Por outro lado, em um cenário pessimista, o encontro poderia resultar em conflitos intensos. Em regiões onde predomina uma visão conservadora do Islã, como em países com leis baseadas na sharia tradicional, a comunidade LGBT poderia enfrentar forte resistência ou até repressão e até extermínio. 

A homossexualidade é considerada proibida em muitas interpretações ortodoxas do Islã, e isso poderia levar a choques ideológicos, com líderes religiosos e políticos mobilizando-se contra as causas LGBT. Esse confronto poderia ser agravado por hipóteses de "ocidentalização" ou "imperialismo cultural", frequentemente associadas ao movimento LGBT, por seus críticos no islamismo radical. 

Um terceiro cenário, mais realista, seria o de uma coexistência tensa, mas funcional. Em sociedades pluralistas com populações muçulmanas significativas, como na Europa Ocidental, o encontro já ocorre em certa medida. Aqui, a comunidade LGBT e os muçulmanos frequentemente coexistem, mas com fricções ocasionais. Enquanto alguns indivíduos e grupos muçulmanos rejeitam a agenda LGBT, outros, especialmente os mais jovens e integrados, mostram maior abertura. 

Esse equilíbrio instável dependeria de políticas públicas, educação e da capacidade de ambos os lados de evitar generalizações e buscar entendimento mútuo, no meu ponto de vista uma utopia. Em conclusão, o resultado desse encontro hipotético não seria uniforme, mas sim um mosaico de reações influenciadas por variáveis locais e globais. 

A chave para determinar se prevaleceria a harmonia ou o conflito residiria na disposição de ambos os lados para dialogar, na flexibilidade das interpretações religiosas e no papel de mediadores externos, como governos e ONGs. Esse cenário imaginário reflete tanto as possibilidades de transformação cultural quanto os desafios de reconciliar visões de mundo distintas, uma tarefa difícil de resolver.

Crônica: A China Já Domina as Instituições Brasileiras?

Era uma manhã comum em São Paulo, o café esfriava na xícara enquanto eu folheava o jornal, sim, ainda sou dos que gostam do cheiro de papel impresso. Entre manchetes sobre política e enchentes, um título me chamou a atenção: "Investimentos chineses crescem no Brasil". Não era novidade, claro. Há anos vemos as placas de energia solar com ideogramas, os ônibus elétricos de marcas impronunciáveis e até os trilhos do metrô que, dizem, vieram de além-mar. Mas algo naquela matéria me fez parar. Será que a China, silenciosa como quem joga xadrez, já tomou as rédeas das nossas instituições sem que percebêssemos? Pensei no Zé, meu amigo que trabalha no porto de Santos. 

Outro dia, ele me contou, entre um gole de cerveja e outro, que os contêineres chineses chegam aos montes, abarrotados de tudo: de celular a peça de carro. "O Brasil virou o quintal deles", ele riu torto, mas tinha um tom de quem não sabe se acha graça ou se preocupa. E não é só no porto. Na esquina da minha rua, a lojinha de bugigangas agora vende lanternas vermelhas e gatos dourados que acenam com a patinha. O dono, seu Manoel, jura que é só moda, mas eu vejo os olhos puxados nas notas fiscais e me pergunto: moda ou domínio? Fui além. Resolvi dar uma caminhada pelo centro e observar. Na Avenida Paulista, os prédios espelhados refletem um Brasil que se moderniza, mas a que custo? As empresas de tecnologia, as mineradoras, até o agronegócio, todos têm um pé em Pequim. 

Lembrei de um deputado que, na TV, bradava contra a "invasão chinesa", mas usava um celular fabricado por lá. Ironia ou hipocrisia? Talvez os dois. Não sou de teorias da conspiração, mas é difícil não notar o padrão. A China não chega com tanques ou bandeiras, como os impérios de antigamente tipo genghis khan. Ela vem com dinheiro, com acordos, com uma paciência que o Ocidente parece ter esquecido. E no rádio, um comentarista falava sobre a dívida pública e os empréstimos que o Brasil pegou, pasmem, adivinhe de quem? Isso sem contar as universidades, onde os institutos Confúcio pipocam, ensinando mandarim e, quem sabe, um jeito novo de pensar.

Voltei pra casa com a cabeça cheia. Será que já somos uma peça no tabuleiro deles? Ou será que é só o mundo girando, e a China, esperta, soube jogar melhor? Olhei pela janela. Na rua, um entregador passou voando numa moto elétrica, bateria chinesa, claro. Sorri. Domínio ou não, uma coisa é certa: eles estão em todo canto, e a nós nem percebemos como isso aconteceu.

O Empobrecimento dos Brasileiros: Causas, Consequências e Caminhos para a Superação!

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma crise econômica e social que resultou no empobrecimento de grande parte de sua população, sssa realidade é reflexo de fatores complexos, como altas taxas de desemprego, inflação crescente, políticas públicas insuficientes e desigualdade social. A crise econômica, intensificada por choques externos e internos, impactou diretamente as famílias brasileiras, o aumento no custo de vida, especialmente em itens essenciais como alimentação, moradia e saúde, tem pressionado os orçamentos domésticos, empurrando milhões para abaixo da linha da pobreza. 

Outro fator crucial é a desigualdade na distribuição de renda, que permanece como um desafio histórico no país, apesar de avanços em políticas sociais nas últimas décadas, ainda há uma concentração significativa de riqueza nas mãos de poucos, porém essa premissa está equivocada é o empresário que gera riquezas, enquanto muitos lutam para sobreviver com baixos salários e falta de oportunidades o governo está na contramão da prosperidade. 

As consequências desse empobrecimento são profundas: aumento da insegurança alimentar, do trabalho informal e da violência, a falta de perspectiva para muitos brasileiros também alimenta sentimento de frustração e desânimo, dificultando a construção de um futuro próspero. Para enfrentar essa crise, é fundamental que haja um compromisso coletivo para promover políticas públicas efetivas que visem à geração de empregos, educação de qualidade e combate à desigualdade, investir em programas de qualificação profissional e apoio às pequenas empresas também pode ser um caminho para incentivar o crescimento econômico sustentável. 

Além disso, é indispensável que haja uma transformação social que valorize a solidariedade e cooperação, apenas com esforços conjuntos será possível reconstruir as bases de um Brasil mais justo e igualitário, onde cada cidadão tenha acesso a condições dignas de vida. 

Hugo Motta e o Retrocesso da Anistia: Uma Traição ao Debate Democrático!

É com profunda indignação que assistimos ao desenrolar das ações do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, ao barrar a tramitação do Projeto de Lei da Anistia, uma proposta que carrega o anseio de muitos brasileiros por justiça e reconciliação. Eleito com o apoio de amplos setores políticos, inclusive daqueles que defendiam abertamente a pauta da anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, Motta parece agora ceder a pressões judicantes, (STF) que contrariam as expectativas depositadas em seu mandato. 

A decisão de obstruir o avanço do projeto, seja por meio de manobras regimentais ou pela recusa em pautar o requerimento de urgência, representa um retrocesso inaceitável. Tal postura não apenas frustra os que viam na anistia uma oportunidade de pacificação nacional, mas também levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade prometida por Motta ao assumir a presidência da Casa o que se mostra subserviente à uma minoria sem caráter. 

Conversar com líderes partidários para boicotar a proposta, como tem sido reportado, é um ato que fere o compromisso com o debate democrático e a transparência que o cargo exige. Reprovo veementemente essa conduta, que coloca interesses políticos estreitos nada republicanos acima do bem comum. 

Hugo Motta, ao barrar a tramitação da anistia, distancia-se do povo que o elegeu e enfraquece a confiança no Legislativo como espaço de representação legítima da sociedade. Que reveja sua posição e honre os princípios que o conduziram ao comando da Câmara, permitindo que o projeto siga seu curso e seja debatido com a seriedade e respeito que os injustiçados merecem. 

Anistia: O Congresso Separará os Valentes dos Covardes!

Era uma manhã cinzenta, daquelas que parecem carregar o peso de decisões ainda não tomadas. O café esfriava na xícara enquanto eu lia as manchetes: "Congresso debate anistia para os atos de bravura ou desatino". O título, vago como um sussurro, deixava mais perguntas do que respostas. Quem seriam os valentes? Quem seriam os covardes? E, mais importante, quem decidiria isso?

Na rua, o burburinho já tomava forma. Nas cidades, a vizinhança que nunca perde um embate político na padaria, bradavam com o pão quente na mão: "Valente é quem enfrenta o sistema, quem bota a cara pra bater!" Do outro lado do balcão, O Comerciante, com a calma de quem já viu muitos governos passar, retrucava: "Valente é quem aguenta calado, quem não precisa gritar pra provar nada." Entre os dois, o padeiro só ouvia, talvez pensando que valentia mesmo é acordar às três da manhã pra sovar massa. 

No Congresso, o cenário não era muito diferente. Homens e mulheres de terno, com suas gravatas bem alinhadas e discursos ensaiados, erguiam a voz como se o volume pudesse transformar opinião em verdade. A anistia, esse perdão oficial que pairava como uma nuvem carregada, prometia separar o joio do trigo. Mas o critério? Ah, esse era o pulo do gato. Uns defendiam que valentes eram os que, com coragem ou loucura, desafiaram as regras em nome de um ideal.

Outros juravam que a verdadeira coragem estava em obedecer, em segurar a onda enquanto o barco balançava. Pensei no Zé, amigo de infância que nunca teve medo de subir no telhado pra consertar a antena em dia de chuva. Ele ria do perigo, dizia que covardia era deixar a família sem o programa favorito na TV. Será que o Congresso o chamaria de valente? Ou seria o caso do doutor Roberto, que passou anos quieto, juntando provas contra um esquema de corrupção, até explodir tudo com um dossiê impecável? 

Valentia tem cara, mas parece que cada um, pinta, a sua como quer. A anistia, no fim, não é só sobre perdoar ou punir. É um espelho. Cada deputado, cada cidadão, cada um de nós olhava pra ela e via o que queria: um herói, um mártir, um bandido. O Congresso, com seus holofotes e microfones, não separaria os valentes dos covardes. Isso, meu amigo, já fazemos todo dia, no silêncio das nossas escolhas. E o café, agora frio, foi só uma testemunha muda dessa verdade que ninguém decreta. Afinal, temos valentes ou covardes, no congresso brasileiro? 

Crônica do Erro Crasso!

Era uma manhã qualquer, dessas em que o café esfria na xícara enquanto a mente vagueia por pensamentos que não pedem licença. Eu lia o jornal, ou o que sobrou dele na era dos cliques, quando me deparei com mais uma daquelas manchetes que gritam mais do que informam: "Educação é o futuro!". Sorri torto. Não porque discorde da ideia, mas porque o futuro, esse danado, nunca chega. E a educação, coitada, virou um estandarte que todo mundo agita, mas poucos entendem. 

Cresci ouvindo que escola era o caminho, a luz no fim do túnel, o passaporte para uma vida digna. Minha avó, com seus olhos cansados de quem viu o mundo mudar sem mudar tanto assim, repetia: "Estuda, menino, que o ensino te salva". E eu acreditava. Mas aí veio a vida, com suas contas, seus chefes e suas filas, e eu percebi que o ensino que me prometeram, virou educação. Era um engodo. Um erro crasso. O problema é que confundiram as coisas. Ensino virou sinônimo de doutrinação, de salas lotadas onde professores mal pagos recitam apostilas mal escritas. 

Educação? Essa é outra história. Educação é o que te faz pensar, questionar, duvidar até do que te mandam engolir como verdade absoluta. Ensino, do jeito que está, é só um moedor de carne: entra estudante cheio de curiosidade, sai um frustrado cheio de diplomas e mentes vazias de ideias. Lembrei do Seu Zé, o porteiro do prédio onde cresci. Nunca pisou numa universidade, mas sabia mais da vida do que muito doutor por aí. Ele me contava histórias do tempo em que trabalhava no campo, das estrelas que guiavam as noites sem luz elétrica, das lições que aprendeu com a enxada e suor. Isso era educação. Não vinha de apostila, não tinha selo do MEC, mas fazia sentido. Enquanto isso, eu saía da escola que deveria ensinar, com fórmulas decoradas que esquecia na semana seguinte. 

O erro crasso está aí: achar que "educação" está mais para doutrinação é o que se enfia goela abaixo em salas de aula como se fosse Ensino, pode até ser um pedaço do caminho, mas virou um engodo, quando deixou de formar pensadores pra fabricar repetidores. É na ideia de que alguém, qualquer um, tem que te dizer o que pensar pra si mesmo, pode ser alguém capaz de entender cognitivamente todo o contexto no derredor. Deixei o café esfriar de vez. O futuro que me prometeram na escola, ainda não chegou. Mas talvez não precise. Talvez ensino de verdade esteja em olhar pra esse engodo educação em escolas e dizer: "Não, obrigado. Eu penso por mim". 

STF sob Escrutínio: Prevaricação e Chantagem nos Processos Contra Políticos!

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido alvo de críticas em relação à sua atuação em processos envolvendo políticos, especialmente sob a acusação de cometer dois crimes: prevaricação e chantagem. A prevaricação, caracterizada por um agente público agir de forma contrária ao dever do cargo por interesse pessoal ou omissão, seria observada, segundo críticos, na demora ou manipulação de processos contra figuras políticas, sugerindo favorecimento ou negligência intencional. 

Já a chantagem estaria associada a decisões que, supostamente, pressionariam políticos a alinharem-se a certas agendas, utilizando o poder judiciário como instrumento de coerção, essas alegações, no entanto, carecem de provas concretas e muitas vezes emergem de debates polarizados, exigindo uma análise cuidadosa para distinguir fatos de narrativas políticas. O tema reflete a tensão entre o papel do STF e a percepção pública de sua imparcialidade ou não, dentro do que subscreve a própria constituição federal de 1988.

Falar a Verdade no Brasil, Virou Crime: Um Fenômeno Social!

Era uma manhã qualquer no interior do Brasil, dessas com cheiro de café coado e som de passarinho disputando espaço com o ronco distante de um trator. Dona Mena, uma senhora de 60 anos, cabelos grisalhos e olhos que já viram de tudo, resolveu abrir o bico no grupo de WhatsApp da família. "Esse governo tá uma bagunça, ninguém aguenta mais tanta promessa furada", escreveu ela, com a coragem de quem já perdeu a paciência e o filtro. Mal sabia dona Mena que, naquele instante, estava pisando num terreno minado. 

Não demorou cinco minutos para o sobrinho, aquele que vive postando foto com camisa da seleção e frases de efeito, responder: "Tia, cuidado com o que fala, isso é fake news! Vai acabar presa!". Presa? Dona Mena, que mal sabia ligar o Wi-Fi sozinha, ficou olhando o celular como se ele tivesse virado um bicho de sete cabeças. "Mas eu só disse o que penso", respondeu ela, ainda tentando entender onde tinha errado. A história de dona Mena não é exceção, é quase regra. Falar a verdade no Brasil virou um esporte de alto risco, um fenômeno social que mistura medo, confusão e um punhado de leis que ninguém entende direito. Parece que a verdade, essa danada, resolveu virar criminosa de um dia por outro. Antes, era só abrir a boca e soltar o que estava entalado na garganta, hoje, é melhor pensar dez vezes, consultar um advogado e, de quebra, rezar pra não virar meme nas redes sociais. 

No bar da esquina, o Seu Zéka, dono do estabelecimento e filósofo nas horas vagas, já tinha sua teoria: "É o tal do politicamente correto misturado com essa mania de querer calar todo mundo. Se você fala que o preço da gasolina tá um absurdo, já vem alguém dizendo que é desinformação. Se reclama do buraco na rua, vira caso de polícia. A verdade agora tem dono, e quem discorda leva chumbo!". Ele ria, mas o riso era amargo, de quem sabe que o papo é sério. E não é só no dia a dia que a coisa pega. Nas redes sociais, então, virou um campo de batalha. Outro dia, um rapaz postou no X que o rio da cidade tava mais sujo que fossa de chiqueiro. 

Era verdade, qualquer um que passasse por lá sentia o cheiro a quilômetros. Mas não deu meia hora pra aparecerem os fiscais da internet: "Cadê a fonte? Isso é discurso de ódio contra o meio ambiente!". O coitado tentou explicar que era só um jeito de falar, mas já era tarde o cancelamento veio mais rápido que entrega de delivery. O curioso é que, no meio dessa confusão toda, a mentira anda de mãos dadas com a hipocrisia. Políticos prometem mundos e fundos, empresas juram que o produto é "100% natural", e ninguém cobra recibo. Mas experimente apontar o dedo pra essa turma: vira crime contra a honra, difamação, ou qualquer outro nome pomposo que o advogado de plantão inventar. A verdade, coitada, fica ali, acuada, esperando alguém com coragem de defendê-la. 

Dona Mena, depois do esporro no WhatsApp, resolveu se calar. "Melhor ficar quieta, vai que me botam na cadeia por causa de um desabafo", disse ela pro marido, que só balançou a cabeça, concordando em silêncio. Mas, lá no fundo, ela ainda pensa: "Que país é esse onde falar o que se vê e o que se sente virou caso de polícia?". Quando a defesa é cerceada de acesso às provas de uma denúncia da PGR, o julgamento nasce viciado. A falta de transparência compromete o direito fundamental à ampla defesa, essencial para um processo justo. Talvez seja esse o maior crime: o silêncio que vai tomando conta, sufocando a verdade como quem apaga uma vela com os dedos. No Brasil de hoje, falar o que pensamos é um ato de rebeldia e, quem diria, um fenômeno social que não para de crescer, até quando! 

O Dia da Deposição de João Goulart em 1964

Em 1º de abril de 1964, um marco histórico alterou o rumo da política brasileira: João Goulart, então presidente da República, foi deposto pelo Congresso Nacional, em um evento que abriu caminho para o regime militar e o início de um novo ciclo que duraria 21 anos. eleito pelo próprio congresso, numa eleição indireta. Conhecido como "Jango", Goulart assumira a presidência em 1961, após a renúncia de Jânio Quadros, em um contexto de instabilidade política e polarização ideológica. 

A crise que culminou em sua deposição teve raízes em tensões entre setores conservadores, inclusive governadores, incluindo militares, elites econômicas e a classe média e as reformas de base propostas por Jango, que incluíam mudanças agrárias, trabalhistas e educacionais. Essas medidas foram vistas como uma ameaça por grupos que temiam uma guinada ao socialismo, em pleno auge da Guerra Fria. Na noite de 31 de março, o general Olympio Mourão Filho deu início à movimentação militar em Minas Gerais, desencadeando uma rápida adesão de outras guarnições.

Sem resistência significativa, já que Jango optou por não mobilizar forças para manter o golpe, o Congresso declarou a vacância da presidência em 2 de abril, apesar de Goulart ainda estar em solo brasileiro, no Rio Grande do Sul. O presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, assumiu interinamente, mas o poder real passou às mãos dos militares, que instauraram o regime. 

O episódio de 1964 não foi apenas a queda de um governo, mas o início de um período de repressão ao terrorismo doméstico como Ação Libertadora Nacional (ALN), Comando de Libertação Nacional (COLINA), Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). A suposta censura visava monitorar esses grupos armados que utilizavam a imprensa para fins subversivos, essas transformações na sociedade brasileira, cujos ecos são debatidos até hoje.

Não Derrotaram o Bolsonarismo!

O bolsonarismo, enquanto fenômeno político e social no Brasil, não é apenas um movimento ligado à figura de Jair Bolsonaro, mas uma expressão de valores, ideias e sentimentos que encontraram eco em amplos setores da sociedade. Apesar das derrotas eleitorais, como a de 2022, e das tentativas de deslegitimar sua influência, afirmar que o bolsonarismo foi derrotado seria ignorar sua resiliência e a profundidade de suas raízes. O ex-presidente Jair Bolsonaro, mesmo fora do cargo, mantém uma base fiel de apoiadores que não se dissipou com o fim de seu mandato. Essa lealdade não se explica apenas por sua personalidade carismática ou por políticas específicas, mas por uma identificação cultural e ideológica que transcende o próprio líder. 

O bolsonarismo representa, para muitos, uma rejeição ao establishment político, ao progressismo cultural e ao que consideram um sistema corrupto e elitista. Esses sentimentos não desaparecem com uma derrota nas urnas ou com a alternância de poder. Os eventos pós-eleição, como as manifestações em frente a quartéis, e em 16 de março de 2025, em Copacabana RJ, demonstram que o bolsonarismo ainda possui capacidade de mobilização. 

Seus apoiadores continuam ativos, seja nas ruas, nas redes sociais ou em espaços institucionais, como o Congresso Nacional, onde parlamentares alinhados ao ex-presidente seguem com forte presença, somada à desconfiança em instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e a mídia tradicional, alimenta a chama desse movimento, que se reinventa mesmo diante de reveses. Além disso, o bolsonarismo se beneficia de um contexto global. A ascensão de lideranças conservadoras em outros países, como Donald Trump nos Estados Unidos ou Viktor Orbán na Hungria, oferece um modelo e um respaldo ideológico que fortalece seus adeptos no Brasil. 

A polarização política, intensificada por crises econômicas e sociais, também cria terreno fértil para que o discurso bolsonarista continue a prosperar. Dizer que o bolsonarismo foi derrotado é subestimar sua natureza adaptável. Ele não depende exclusivamente de Bolsonaro no poder, mas de uma visão de mundo que já se consolidou entre milhões de brasileiros. 

Enquanto as condições que o geraram desigualdade, insegurança, descrença nas instituições persistirem, o bolsonarismo seguirá como uma força relevante, seja como oposição barulhenta, seja como alternativa em futuros pleitos. A esquerda e os opositores de Bolsonaro podem celebrar vitórias táticas, mas o desafio estratégico permanece: enfrentar as causas estruturais que deram origem a esse movimento. O bolsonarismo não será derrotado e nem silenciado.

O Caso Débora: A Máscara de Benevolência de Alexandre de Moraes!

O caso Débora Rodrigues dos Santos, longe de ser um ponto fora da curva, tornou-se um símbolo das tensões que permeiam o Judiciário brasileiro, especialmente no que tange às decisões do ministro Alexandre de Moraes. A proposta de uma pena de 14 anos por pichação, ainda que no contexto dos atos de 8 de janeiro de 2023, acendeu um debate feroz sobre a proporcionalidade da justiça. 

Para muitos, a severidade da punição sugerida contrasta com a natureza do delito, que, embora reprovável, não envolveu violência direta ou danos irreparáveis. A transferência de Débora para prisão domiciliar, anunciada como um gesto de clemência, não aplacou as críticas. Pelo contrário, alimentou a percepção de que Moraes, ao alternar entre rigor e aparente magnanimidade, busca equilibrar sua imagem pública sem enfrentar o cerne da questão: a consistência jurídica de suas ações.

Os detratores do ministro argumentam que o caso Débora é apenas a ponta de um iceberg maior. Suas decisões, frequentemente centralizadas em temas sensíveis como liberdade de expressão e segurança nacional, têm gerado um rastro de controvérsias. A aplicação de medidas duras contra outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro, incluindo prisões preventivas prolongadas e multas elevadas, é vista por alguns como um recado claro: o STF, sob a batuta de Moraes, não hesitará em usar seu poder para conter o que considera ameaças à democracia. No entanto, esse mesmo ímpeto levanta questionamentos sobre os limites desse poder. Até que ponto a defesa das instituições justifica penas que, aos olhos de muitos, desafiam a razoabilidade?

Por outro lado, os defensores de Moraes argumentam que o contexto exige firmeza. Os atos de 8 de janeiro não foram apenas protestos, mas uma tentativa de ruptura institucional, com invasões a prédios públicos e depredações que chocaram o país. Nesse cenário, a pichação de Débora não pode ser reduzida a um ato isolado de vandalismo; ela carrega o peso de um momento em que a ordem democrática esteve sob ataque. Para esses apoiadores, as decisões de Moraes, incluindo a pena proposta, refletem a necessidade de estabelecer precedentes que desencorajem aventuras antidemocráticas no futuro.

Ainda assim, o caso Débora expõe uma ferida mais profunda: a polarização que impede um diálogo equilibrado sobre justiça e liberdade. Enquanto alguns veem Moraes como um guardião da democracia, outros o enxergam como um magistrado que, munido de amplos poderes, flerta com a arbitrariedade. A cada decisão, o ministro parece caminhar sobre uma corda bamba, onde o equilíbrio entre firmeza e proporcionalidade é constantemente testado. O destino de Débora, assim como o de outros réus dos atos de 8 de janeiro, não é apenas uma questão jurídica, mas um espelho das contradições de um Brasil que ainda busca entender os limites de sua própria democracia.

"G Dias: O Anfitrião dos Golpistas e o Silêncio da Justiça"

A história recente do Brasil tem sido marcada por eventos que desafiam a percepção de justiça e accountability, (responsabilidade) e o caso de G Dias ou melhor, Gal Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) emerge como um exemplo intrigante e controverso, apelidado por alguns como "anfitrião dos golpistas" devido às imagens e relatos que mostram claramente sua postura leniente, ou até ambígua, durante os atos de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília, G Dias. tornou-se uma figura polarizadora e jamais confrontada. 

A questão central que ressoa é: como alguém tão próximo ao epicentro daqueles eventos sendo flagrado no recinto e até servindo de guia aos arruaceiros muito antes da massa chegar a explanada, não foi formalmente indiciado, enquanto outros enfrentam investigações rigorosas, a "proteção" em torno de G Dias é complexa, por um lado, há quem argumente que sua conduta no dia dos ataques foi, no mínimo, negligente. 

Vídeos amplamente divulgados mostram-no interagindo de maneira aparentemente tranquila e cordial com os invasores, o que levantou suspeitas de conivência ou, pelo menos, de uma falha gritante em cumprir seu papel de garantir a segurança institucional, prevaricou, por outro, seus defensores alegam que ele agiu dentro das limitações do momento, evitando um confronto que poderia ter escalado para algo ainda mais violento, essa dicotomia reflete uma tensão maior na sociedade brasileira: a dificuldade de separar omissão, erro tático e cumplicidade deliberada em um contexto de polarização política atual do Brasil. 

O fato de G Dias não ter sido indiciado até o momento pelo menos com base nas informações públicas disponíveis até março de 2025, levanta questões sobre os critérios de responsabilidade no sistema jurídico, de segurança e político brasileiro, seria isso um reflexo da falta de provas concretas que o liguem diretamente a uma intentona golpista, ou será que sua posição privilegiada, como ex-ministro e figura próxima ao poder, o protegeu de um escrutínio mais severo, suponho que ele está sendo "protegido" para não abrir a boca, a ausência de indiciamento fetus contrasta com a celeridade com que outros atores, especialmente os apontados como supostos executores diretos dos atos, foram alvo de processos. 

Essa disparidade alimenta uma verdade a de impunidade e desconfiança nas instituições, refletir sobre G Dias é, em última análise, refletir sobre o Brasil contemporâneo: um país onde os eventos de 8 de janeiro de 2023 expuseram fragilidades democráticas, mas também onde as respostas a esses eventos muitas vezes inconsistentes, o epíteto "anfitrião dos golpistas" pode ser uma hipérbole carregada de ironia, mas carrega um questionamento legítimo: até que ponto a justiça é capaz de alcançar todos os envolvidos, independentemente de sua proximidade com o poder, nesse caso seletiva! 

Enquanto G. Dias segue sem indiciamento, a sociedade permanece à espera de uma solução que traga clareza ou, pelo menos, um senso de equidade a esse capítulo conturbado da nossa história o qual, ficará marcado pela proteção a um dos protagonista do epicentro das depredações a prédios públicos em Brasília, continuará em aberto.

Soltem os Presos Políticos do STF!

Era uma manhã cinzenta em Brasília, o céu pesado como o clima que pairava sobre o país. Nas ruas, o grito ecoava: "Soltem os presos políticos do STF!". Não era apenas uma frase, mas um lamento carregado de frustração, um apelo que nascia das entranhas de quem via a justiça, outrora símbolo de equilíbrio, transformar-se em algo que muitos já não reconheciam. Deo, um homem simples, de mãos calejadas e olhos cansados, segurava um cartaz. 

Ele não entendia de leis complexas nem de jurisprudências, mas sabia que algo estava errado. Amigos seus, gente comum como ele, estavam atrás das grades por crimes que, dizia-se, eram de opinião. "Desde quando pensar virou crime?", ele murmurava, enquanto a multidão crescia. Do outro lado, os defensores do Supremo argumentavam: "É pela ordem, pela democracia". Mas a palavra "democracia" soava oca para quem via algemas onde esperava diálogo. 

Entre os dois lados, um abismo se abria, e o povo, temeroso, tentava entender quem era o vilão da história. No fim, Deo só queria uma coisa: que a justiça voltasse a ser justa. Que as celas se abrissem para os que, como ele acreditava, estavam lá por gritar verdades inconvenientes. O sol não apareceu aquele dia, mas o grito, esse sim, continuava a ecoar, insistente, na esperança de um dia, ser ouvido. 

O Caminho do Mais Fácil

Era uma vez um rapaz chamado Zefirino, daqueles que acreditavam piamente que a vida era uma questão de encontrar atalhos. Desde pequeno, ele observava o mundo com um olhar astuto, sempre buscando a maneira mais fácil de resolver qualquer problema. Não que fosse preguiçoso, veja bem Zefirino se orgulhava de sua esperteza, que ele chamava de "prática". Na escola, enquanto os colegas suavam sobre os livros, Zefirino descobriu que um sorriso simpático e uma conversa bem colocada com os professores valiam mais que horas de estudo.

"Pra que decorar fórmulas se eu posso pedir uma dica na véspera da prova?", dizia ele, rindo, com um brilho esperto nos olhos. E assim seguia, driblando as dificuldades com um jeitinho que, para ele, era puro talento. Já adulto, no trabalho, a coisa não mudou. Zefirino era o rei das planilhas "pré-prontas" e das reuniões onde falava muito, mas entregava pouco. "Trabalhar inteligente é melhor que trabalhar duro", repetia como um mantra. Os colegas, que ficavam até tarde terminando relatórios, o olhavam com uma mistura de inveja e desconfiança. 

Mas Zefirino não se abalava, para ele, a facilidade era a prova de sua superioridade. Até que um dia, a vida, essa professora imprevisível, resolveu dar uma lição. A empresa onde Zefirino trabalhava anunciou um projeto importante, e o chefe, cansado das escapadas do nosso herói, decidiu: "Zefirino, esse é contigo". Quero tudo nos mínimos detalhes, sem atalhos. Pela primeira vez, ele não podia contar com a esperteza para se safar. Era hora de botar a mão na massa. No começo, Zefirino resistiu. 

Tentou delegar, negociar, encontrar brechas. Mas o chefe foi firme, e os colegas, já escaldados, não estavam dispostos a ajudar. Então, sem saída, ele se sentou à mesa, abriu os arquivos e começou a trabalhar de verdade. Horas viraram dias, e os dias viraram semanas. Pela primeira vez, Pedro sentiu o peso da responsabilidade e, para sua surpresa, também o gosto da conquista. Quando terminou o projeto, suado e exausto, entregou-o ao chefe. 

O resultado? Um elogio público na frente de toda a equipe. "Esse é o Zefirino que eu sabia que existia", disse o chefe, com um sorriso. E Zefirino, pela primeira vez, não respondeu com uma piadinha esperta. Ele apenas sorriu, meio sem graça, sentindo algo novo: Um orgulho de verdade. Aquele episódio não transformou Zefirino num workaholic da noite pro dia, mas plantou uma sementinha. 

Ele percebeu que a esperteza podia abrir portas, mas só o esforço de verdade as mantinha abertas. A facilidade, tão sedutora, era como um atalho numa estrada bonita: te leva rápido, mas te rouba a vista. E às vezes, o caminho mais longo é o que vale a pena.
Autor: Igido Garra!

Tu és, o que defendes!

A essência de uma pessoa não está apenas nas palavras que profere ou nas ações que realiza, mas principalmente nas causas que escolhe abraçar. O que defendes reflete quem és, pois é nas tuas convicções que se desenha o contorno da tua identidade. Não se trata apenas de opinar, mas de carregar no peito os valores que te movem, de erguer a voz por aquilo que acreditas ser justo, verdadeiro ou necessário. 

Defender algo é mais do que um ato de coragem; é um espelho da alma. Se lutas pela liberdade, és um libertador. Se ergues a bandeira da igualdade, és um igualador. Se te posicionas pela verdade, és um buscador incansável pelo verídico. Cada causa que escolhes carrega um pedaço de ti, uma marca que deixa no mundo o testemunho da tua existência. Mas o que defendes também te desafia. Exige coerência, força para enfrentar as tormentas e humildade para reconhecer quando o caminho precisa ser ajustado. 

Não és apenas o que proclamas em voz alta, mas o que sustentas nos silêncios, nas pequenas decisões do dia a dia. És o que resistes, o que constróis, o que não deixas desmoronar. Por isso, pensa bem no que defendes. Não é apenas uma questão de opinião, mas de ser coerente. Pois, no fim das contas, tu és, de fato, o que defendes e o mundo te reconhecerá por isso. 

Mauro Cid – Vítima ou Conivente com o Judiciário e a PGR na Trama contra Bolsonaro?

Introdução:
Mauro Cid, tenente-coronel do Exército Brasileiro e ex-ajudante de ordens de Presidente Jair Bolsonaro, emergiu como uma figura central nas investigações que cercam o ex-presidente após o término de seu mandato em 2022. Sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro de 2023, tornou-se um dos pilares da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por suposta tentativa de golpe de Estado..

Contudo, a trajetória de Cid levanta uma questão crucial: ele é uma vítima coagida pelo Judiciário e pela PGR para incriminar Bolsonaro, ou um participante ativo e conivente em uma trama para prejudicar o ex-presidente? Esta tese analisa as evidências e os argumentos de ambas as perspectivas, considerando o contexto político, jurídico e pessoal de Cid, para explorar sua posição nesse intricado cenário.

Capítulo 1: Mauro Cid como Vítima – A Narrativa da Coerção:
A tese de que Mauro Cid seria uma vítima baseia-se em alegações de pressão psicológica e jurídica exercida pelo sistema judiciário, em especial pela Polícia Federal (PF), pelo STF e pela PGR. Após sua prisão em maio de 2023, no âmbito da investigação sobre a falsificação de cartões de vacina, Cid permaneceu detido por 129 dias antes de firmar o acordo de delação premiada. 

Esse período foi marcado por restrições de contato com familiares e advogados, o que, segundo críticos, configuraria um ambiente de coerção. Áudios divulgados em março de 2024 pela revista Veja reforçam essa narrativa: neles, Cid reclama que a PF tinha uma "narrativa pronta" e o pressionou para confirmá-la, sugerindo que sua delação foi moldada para atender aos interesses das autoridades. Além disso, a defesa de Cid e de Bolsonaro argumenta que sua colaboração não foi voluntária, mas resultado de um processo viciado. Em sua defesa prévia ao STF, os advogados de Cid afirmaram que ele apenas "repassava informações" como assessor, sem intenção de participar de atos ilícitos, e que sua delação foi um meio de sobrevivência diante da ameaça de prisão prolongada. 

A rejeição, pela Primeira Turma do STF em março de 2025, do pedido de anulação de sua delação, apesar dessas alegações, intensifica a percepção de que Cid foi instrumentalizado como peça de um jogo maior contra Bolsonaro. Para os defensores dessa visão, o Judiciário, liderado por Alexandre de Moraes, e a PGR, sob Paulo Gonet, teriam explorado a vulnerabilidade de Cid para construir uma acusação robusta, ainda que baseada em provas fictícias questionáveis.

Capítulo 2: Mauro Cid como Conivente – A Narrativa da Participação Ativa:
Por outro lado, a tese de que Mauro Cid seria conivente com o Judiciário e a PGR na construção de uma trama contra Bolsonaro parte de sua proximidade com o ex-presidente e de sua conduta ao longo das investigações. Como ajudante de ordens, Cid era uma das figuras mais confiáveis no derredor de Bolsonaro, acompanhando-o em agendas públicas e privadas durante os quatro anos de mandato. 

Sua delação detalha reuniões, planos e ordens diretas de Bolsonaro, como o monitoramento de Alexandre de Moraes e a falsificação de cartões de vacina, sugerindo um envolvimento ativo em atos potencialmente criminosos, relatos que a cada dia que passa verifica-se serem narrativas mentirosas. A PGR, em sua denúncia de fevereiro de 2025, descreve Cid como "porta-voz" de Bolsonaro, responsável por transmitir orientações a membros do suposto grupo golpista. Essa caracterização implica que Cid não era apenas um executor passivo, mas um elo consciente na cadeia de comando.

Sua "decisão de colaborar" com as autoridades, em troca de benefícios como a redução de pena, pode ser vista como uma escolha pragmática para proteger seus próprios interesses, mesmo que isso significasse incriminar Bolsonaro. A consistência entre suas declarações e outras provas, como mensagens e depoimentos de terceiros (e.g., do general Freire Gomes), não reforça a credibilidade de sua delação, mas sugere que Cid optou por alinhar-se ao Judiciário para evitar consequências mais graves, tornando-se, assim, um colaborador "voluntário" sob coação na narrativa acusatória.

Capítulo 3: O Contexto Político e a Instrumentalização de Cid:
Independentemente de ser vítima ou conivente, o caso de Mauro Cid não pode ser analisado fora do contexto político polarizado do Brasil pós-2022. A derrota de Bolsonaro nas eleições e os eventos de 8 de janeiro de 2023 intensificaram a pressão sobre seus aliados, enquanto o Judiciário, sob a liderança de Alexandre de Moraes, assumiu um papel proeminente na investigação de "ameaças ao Estado Democrático de Direito". Aqui uma aberração jurídica. 

Nesse cenário, Cid pode ser visto como um peão em uma disputa maior: para os apoiadores de Bolsonaro, ele é uma vítima de um sistema judicial "partidarizado" que busca inviabilizar o ex-presidente politicamente; para os críticos de Bolsonaro, ele é um insider que, ao revelar uma suposta trama golpista, confirmou as suspeitas de um plano autoritário. A atuação da PGR e do STF também alimenta essa dualidade. A denúncia contra Bolsonaro, embora baseada em mais de uma dezena de versões os indícios, depende fortemente da delação de Cid, o que levanta questionamentos sobre sua solidez caso a colaboração seja desacreditada. 

A recusa do STF em anular o acordo, mesmo após os áudios de Cid, sugere uma determinação em manter a narrativa acusatória falsa, enquanto a defesa de Bolsonaro insiste que tais falhas processuais evidenciam uma perseguição orquestrada. Assim, Cid torna-se tanto um instrumento quanto um símbolo das tensões entre os poderes no Brasil contemporâneo.
Conclusão:
Mauro Cid é uma figura ambígua no tabuleiro político-jurídico que envolve Jair Bolsonaro. Como vítima, ele pode ser interpretado como um militar pressionado a delatar sob condições adversas, sacrificado para atender a uma agenda do Judiciário e da PGR. Como conivente, emerge como um participante ativo que, ao optar pela delação, contribuiu para a construção de uma acusação contra seu ex-chefe, seja por convicção ou conveniência. 

A verdade provavelmente reside em uma combinação desses elementos: Cid foi, ao mesmo tempo, coagido por circunstâncias e agente de suas escolhas, refletindo as complexidades de um caso que transcende sua figura individual. Resta ao STF, ao analisar a pseudo denúncia, determinar o peso de sua delação e, por extensão, seu papel na história recente do Brasil. Até lá, a questão "vítima ou conivente?" permanece aberta, um espelho das divisões que continuam a moldar o país. Autor: Igidio Garra!

Tarcísio de Freitas – Político ou Tecnocrata Qualificado? Uma Análise de sua Posição como Conservador e Confiável Politicamente!

Introdução:
Tarcísio Gomes de Freitas, ex-Ministro da Infraestrutura do Brasil (2019-2022) e atual governador de São Paulo, é uma figura que desafia classificações tradicionais na política brasileira. Formado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e com uma carreira consolidada como servidor público, Tarcísio emergiu no cenário nacional como um "tecnocrata" um gestor orientado por competência técnica e resultados práticos. Contudo, sua ascensão política, especialmente sob a égide do governo de Jair Bolsonaro e sua eleição como governador em 2022 pelo partido Republicanos, levanta a questão: 

Tarcísio é primordialmente um político ou um tecnocrata qualificado? E mais: essa dualidade reforça sua imagem como um conservador confiável no espectro político brasileiro? Esta tese argumenta que Tarcísio combina características de ambos os papéis, e que essa síntese o posiciona como uma figura confiável para setores conservadores, embora sua trajetória revele nuances que transcendem rótulos ideológicos rígidos.

Tarcísio como Tecnocrata:
A trajetória de Tarcísio de Freitas é marcada por uma formação técnica robusta e uma carreira de servidor público exemplar. Engenheiro civil e militar, ele ocupou cargos como diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) antes de ser alçado ao Ministério da Infraestrutura. Durante sua gestão, priorizou a execução de projetos de infraestrutura como a pavimentação da BR-163 e a concessão de aeroportos com foco em eficiência e resultados mensuráveis. 

Esse perfil tecnocrático, caracterizado pela aplicação de conhecimento especializado em detrimento de populismo ou retórica ideológica exacerbada, distingue Tarcísio de políticos tradicionais que dependem mais de carisma ou alianças partidárias. Sua capacidade de "fazer acontecer", como frequentemente destacado por apoiadores, reforça a percepção de confiabilidade, um atributo valorizado em um contexto de descrédito generalizado na classe política brasileira.

Tarcísio como político:
Apesar de seu background técnico, a transição de Tarcísio para a arena política é inegável. Sua associação com Jair Bolsonaro, um líder de forte apelo conservador, e sua filiação ao Republicanos, um partido alinhado à direita, indicam uma adaptação ao jogo político. Durante a campanha para o governo de São Paulo em 2022, Tarcísio demonstrou habilidade em mobilizar eleitores conservadores, utilizando pautas como redução da burocracia, segurança pública e valores tradicionais. 

Essa politização, somada à sua vitória em um estado historicamente dominado por forças políticas tradicionais como o PSDB, sugere que Tarcísio não é apenas um tecnocrata deslocado na política, mas um ator que aprendeu a navegar suas regras e conquistar apoio popular. Sua eleição, portanto, reflete uma fusão entre competência técnica e apelo político estratégico apesar disso, algumas posições politicas geram uma certa desconfiança, quanto sua atividade política no campo conservador.

Conservadorismo e Confiabilidade:
O conservadorismo de Tarcísio não se manifesta em um discurso ideológico radical, mas em uma postura pragmática que ressoa com valores caros à direita brasileira: eficiência estatal, livre mercado e ordem social. Sua gestão como ministro, focada em parcerias com o setor privado e na desburocratização, alinha-se a uma visão econômica liberal-conservadora. Já sua proximidade com Bolsonaro e o eleitorado bolsonarista o conecta a pautas morais e de segurança que mobilizam a base conservadora. 

Essa combinação um tecnocrata que "entrega resultados" e um político que "fala a língua" do eleitor conservador fortalece sua imagem de confiabilidade. Em um cenário de polarização e desconfiança nas instituições, Tarcísio se apresenta como uma ponte entre a expertise técnica e a representatividade política em formação, o que o torna um ativo valioso para o campo conservador em tese.

Discussão: Uma Síntese Única:
Classificar Tarcísio estritamente como político ou tecnocrata seria reducionista. Ele é, na verdade, uma síntese de ambos: um tecnocrata que se politizou sem abandonar sua essência gestora. Essa dualidade é precisely o que o torna uma figura confiável para os conservadores, diferentemente de políticos populistas que prometem mais do que cumprem. 

Tarcísio oferece um histórico de realizações concretas; ao mesmo tempo, sua adaptação ao discurso e às alianças políticas demonstra sensibilidade às demandas do eleitorado. Contudo, sua confiabilidade pode ser questionada por opositores, que o veem como excessivamente atrelado ao bolsonarismo, o que poderia limitar sua capacidade de dialogar com setores progressistas ou moderados.

Conclusão:
Tarcísio de Freitas transcende a dicotomia entre político e tecnocrata, emergindo como uma figura híbrida que combina competência técnica com habilidade política. Essa característica o posiciona como um conservador confiável no contexto brasileiro, especialmente para um eleitorado que valoriza resultados práticos e alinhamento ideológico. Sua trajetória sugere que o sucesso político, em tempos de crise de legitimidade, pode depender menos de rótulos fixos e mais da capacidade de equilibrar pragmatismo e representatividade. 

Assim, Tarcísio não é apenas um produto de sua formação técnica ou de sua filiação política, mas uma resposta às expectativas de uma sociedade que busca, ao mesmo tempo, eficiência e identidade num oceano político sem credibilidade.

O Mosaico da Vida

Era uma manhã qualquer na pequena cidade de São Lucas, onde o sol insistia em pintar de dourado as ruas de paralelepípedos. Dona Clara, com seus cabelos grisalhos e um sorriso que carregava histórias, varria a calçada enquanto observava o movimento. Do outro lado da rua, Juan, o jovem padeiro, assoviava uma melodia desconexa, tirando do forno pães que exalavam um cheiro capaz de acordar até os mais preguiçosos. 

Perto dali, a menina Sofia, com seus dreadlocks coloridos e fones de ouvido, dançava ao ritmo de algo que só ela ouvia, enquanto caminhava para a escola. À primeira vista, pareciam peças de um quebra-cabeça que nunca se encaixariam. Dona Clara, com sua paciência de quem já viveu muitas primaveras, gostava do silêncio e das coisas no seu devido lugar. Juan, com sua energia inquieta, vivia inventando novos sabores de pão, mesmo que metade deles acabasse queimada. E Sofia? Bem, Sofia era um furacão de ideias, sempre questionando o mundo com uma curiosidade que às vezes irritava os mais velhos. 

Eram diferentes como o dia e a noite, como o sal e o açúcar, como o mar e rochedo. Mas, naquela manhã, algo simples aconteceu. Dona Clara, com as mãos trêmulas, deixou cair sua vassoura, que escorregou rua abaixo. Juan, sem pensar duas vezes, largou a bandeja de pães e correu para pegá-la, devolvendo-a com um "Bom dia, dona!" que fez os olhos dela brilharem. Sofia, que passava por ali, parou a dança por um instante, tirou os fones e perguntou: "Dona Clara, já pensou em pintar essa vassoura de roxo? Ia ficar a sua cara!". 

Clara riu, algo raro, e respondeu: "Menina, você é doida, mas até que não é má ideia." Naquele momento, ficou claro que as diferenças entre eles não eram barreiras, mas pontes. Dona Clara trazia a sabedoria que acalmava a pressa de Juan. Juan oferecia a energia que aquecia o dia de Clara. E Sofia, com sua imaginação sem freios, jogava cores onde os outros viam apenas cinza. 

Sozinhos, eram únicos, cada um com seu jeito, seus sonhos, seus defeitos e qualidades. Juntos, porém, eram mais: eram um mosaico vivo, onde cada pedacinho, por mais distinto que fosse, encontrava seu lugar. A vida, pensei enquanto observava a cena, é assim. Não somos feitos para sermos iguais, mas para complementar-nos. O que falta em mim, sobra em outro. O que eu não vejo, alguém aponta. São nossas diferenças que nos tornam humanos, que nos empurram a aprender, a rir, a criar pontes. 

E, no fim das contas, é exatamente isso que nos salva da monotonia de sermos apenas um, no todo. Dona Clara guardou a vassoura, agora pintada de roxo, Juan voltou aos seus pães, e Sofia seguiu dançando à ouvir sua música silenciosa que apenas ela ouvia. A cidade continuou seu dia, imperfeita, diversa e, por isso mesmo, tão bonita em sua simplicidade. Autor: Igidio Garra!

Lealdade e Abnegação

Era uma tarde de chuva fina, daquelas que embaçam as janelas e deixam o ar pesado, quando Jozildo decidiu visitar o velho amigo Pedrozam, que morava numa casa simples e desbotada no fim da rua de paralelepípedos. Pedrozam não andava bem há meses: as pernas tremiam, o fôlego era curto, e os olhos, antes vivos, carregavam um cansaço que ele tentava disfarçar. Ainda assim, Jozildo aparecia toda semana, sem falta, como um relógio que não perde o compasso.

Não era por obrigação ou pena, mas por algo mais profundo, quase invisível: uma lealdade forjada em anos de cumplicidade, desde os tempos em que pescavam juntos no rio ou consertavam bicicletas velhas no quintal. Naquele dia, ele carregava uma sacola de papel pardo, amassada nas bordas, com pão fresco ainda quente da padaria da esquina e um pacote de café moído na hora nada de luxo, mas o bastante pra encher a casa de Pedrozam com um cheiro reconfortante e aquecer o peito do amigo num dia tão cinzento. 

Pedrozam, por sua vez, nunca pedia nada, nem mesmo quando a tosse o interrompia ou quando as mãos trêmulas derrubavam a xícara. Mesmo nas dores, ele abria um sorriso torto, daqueles que mostram os dentes amarelados pelo tempo, e puxava uma história da juventude, como a vez em que quase caiu do telhado tentando consertar uma goteira pra mãe de Jozildo, ou quando os dois roubaram mangas do pomar do Seu Zefo e saíram correndo, rindo até perder o ar. Abnegado, 

Pedrozam escondia as próprias fraquezas com a maestria de quem não quer ser fardo, como se proteger o amigo fosse mais importante que admitir a própria fragilidade. Sentado numa cadeira de madeira que rangia a cada movimento, ele falava com voz rouca, mas firme, enquanto a chuva tamborilava no telhado de zinco, criando uma trilha sonora suave para aquele ritual semanal. Entre um gole de café amargo e uma risada que ecoava pela sala de paredes descascadas, os dois se sustentavam num equilíbrio delicado: 

Jozildo, com sua fidelidade silenciosa, atravessando a rua enlameada só pra garantir que Pedrozam não se sentisse sozinho; Pedrozam, com sua renúncia discreta, engolindo o orgulho e a dor pra manter a leveza entre eles. Naquela tarde, sob o som da chuva que escorria pelas calhas tortas, ficou claro que a verdadeira força não está nos grandes feitos que enchem os olhos, mas nos gestos miúdos, quase imperceptíveis, que se tecem no dia a dia um pelo outro, sempre, como dois pilares que se escoram sem jamais confessar o quanto precisam um do outro, cumplicidade. Por: Igidio Garra!

A Competência do STF e o Foro por Prerrogativa:                                                                                        Cabe a um Ministro Abrir Processo Criminal contra Quem Não o Possui? 

No ordenamento jurídico brasileiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) é a instância máxima do Poder Judiciário, com a função primordial de guardar a Constituição Federal. Uma de suas competências, previstas no artigo 102 da Constituição, é processar e julgar, originariamente, certas autoridades que possuem foro por prerrogativa de função, como o Presidente da República, parlamentares federais, ministros de Estado e outros cargos especificados. Esse mecanismo visa garantir que pessoas em posições de alta relevância tenham seu julgamento realizado por um tribunal superior, evitando pressões locais ou decisões enviesadas. 

No entanto, surge a questão: cabe a um ministro do STF abrir um processo criminal contra alguém que não possui foro privilegiado? A resposta, é negativa. A competência do STF é taxativa e limitada ao que está expressamente previsto na Constituição e em leis específicas. Pessoas sem foro especial devem ser processadas nas instâncias ordinárias da Justiça, como a primeira instância (juízes de direito ou federais, dependendo do caso) ou tribunais de segunda instância, conforme a natureza do crime e a jurisdição aplicável. Um ministro do STF só poderia atuar em relação a alguém sem foro privilegiado em situações excepcionais, como na supervisão de investigações que, por conexão ou continência, envolvam autoridades com foro no STF. 

Por exemplo, se um crime cometido por uma pessoa sem prerrogativa estiver diretamente ligado a outro praticado por uma autoridade com foro, o STF pode atrair a competência para julgar ambos, a fim de evitar decisões conflitantes. Isso ocorre com base no princípio da unidade processual e é regulado pelo Código de Processo Penal (CPP), em especial nos artigos 76 e seguintes. Fora dessas hipóteses, a abertura de um processo criminal por um ministro do STF contra quem não tem foro seria uma extrapolação de competência, violando o princípio do juiz natural, que assegura a cada cidadão ser julgado pela autoridade judicial previamente definida em lei. 

Tal ato poderia ser questionado por meio de recursos como habeas corpus ou reclamações constitucionais, sob o argumento de usurpação de função jurisdicional. Portanto, em regra, não cabe a um ministro do STF iniciar um processo criminal contra quem não possui foro por prerrogativa de cargo. A Justiça brasileira é estruturada de forma hierárquica e funcional, reservando ao STF um papel específico que não abrange a jurisdição ordinária sobre cidadãos comuns. Essa delimitação reflete o equilíbrio do sistema judicial e o respeito à divisão de competências, pilares essenciais do Estado Democrático de Direito. No entanto um certo ministro, usurpou todas essas prerrogativas. 

O Fim da Linha Lava Jatista!

Era uma manhã cinzenta em Brasília, daquelas que parecem carregar o peso de segredos mal guardados. A Lava-Jato, que outrora rugiu como um motor possante, agora tossia seus últimos suspiros. Os jornais estampavam manchetes confusas, os comentaristas gritavam nas rádios, mas, no fundo, quem acompanhava o jogo de perto já sabia: o Supremo havia dado o xeque-mate. Não era sobre provas mal colhidas ou vírgulas fora de lugar nos processos. Isso era só a maquiagem oficial, o discurso ensaiado para os holofotes. 

O buraco era mais embaixo, lá onde as sombras se encontram e os favores se trocam em sussurros. As investigações, como uma enxurrada, tinham começado a cavar fundo demais, tirando do pântano, não só os peixes grandes, mas os cardumes inteiros que nadavam ao redor. E, dizem os fofoqueiros de plantão, o fio da meada estava prestes a chegar num certo "amigo do amigo de meu pai". Ninguém sabe ao certo quem era esse sujeito ou finge-se não saber. 

Uns dizem que era um figurão de terno impecável, outros juram que era só um nome rabiscado num guardanapo de bar. Mas o fato é que, quando o cerco apertou, o STF entrou em campo. Uma canetada aqui, uma decisão ali, e pronto: a operação que prometia limpar o Brasil virou história pra livro de memórias. "Preservar as instituições", disseram os togados, com aquele tom solene que ecoa mais como teatro mambembe, do que como verdade. No boteco da esquina, o Zé, que nunca leu um processo na vida, mas entende o Brasil como ninguém, tomou um gole de pinga e sentenciou: "Sabia que ia dar nisso. 

Quando a lama sobe muito, eles jogam terra por cima e fingem que tá tudo limpo". Entre um suspiro e outro, riu sozinho. Afinal, no país do jeitinho, a justiça às vezes é só um espelho: reflete o que convém, mas nunca mostra o que está atrás, ou embaixo dos tapetes de Brasília. E assim, a Lava-Jato virou passado, o "amigo do amigo de meu pai" ficou só na lenda, mas não esquecida e o Brasil seguiu em frente, ou pelo menos fingiu que sim. Autor: Igidio Garra!

Uma Crônica ácida: O Brasil está no colo do capeta, e não no colo da China!

Era uma vez um Brasil que sonhava grande. Um país que, entre um cafezinho e outro, olhava para o horizonte e dizia: "Tá tudo no colo da China, meu povo! Eles compram nossa soja, nosso minério, nossa carne... Somos o celeiro do mundo, e o dragão asiático é nosso padrinho!" E assim o povo ia sendo enganado, sambando na ilusão de que o gigante do outro lado do planeta segurava nossas contas, nossas exportações e, quem sabe, até nossa autoestima. Mas o tempo, esse danado, gosta de pregar peças. 

De repente, o colo da China começou a ficar apertado. Não que eles tenham parado de comprar, não, o dragão ainda ruge, mas o mundo girou, os ventos mudaram, e o Brasil, coitado, parece que escorregou do regaço oriental direto para um colo bem mais quente, mais ardido, com cheiro de enxofre e um riso debochado. Sim, meus amigos, o Brasil caiu no colo do capeta. Não é de hoje que a gente flerta com o caos. A política virou circo sem lona, a economia dança um forró descompassado, e o povo, ah, o povo... esse segue tentando tirar leite de pedra enquanto reza pra São Jorge e oferece despacho na encruzilhada. 

O capeta, esperto que é, não precisou nem suar pra nos pegar. Bastou sentar, cruzar as pernas e esperar a gente tropeçar nas próprias pernas, coisa que, convenhamos, fazemos com maestria. Antigamente, a gente culpava os outros. "É a crise lá fora", "É o dólar", "É a China que não comprou o suficiente". Mas agora, nem disfarçar dá mais. O buraco é nosso, a lama é nossa, e o capeta, esse sim, tá rindo à toa. Ele não precisou trazer o inferno pra cá já tinham preparado o terreno direitinho, com direito a fogo, fumaça e um calor quem está por lá, explica. E a China? 

Bom, ela segue lá, contando seus yuans, construindo suas cidades futuristas e olhando para nós com aquele ar de quem diz: "Eu avisei que não era babá". O dragão não vem nos salvar, porque nunca foi sua obrigação. O colo era confortável enquanto durou, mas agora, entre o tridente e o rabo pontudo, percebemos que o capeta é um anfitrião bem mais próximo e, pior, conhece nossos defeitos como ninguém. Mas sabe o que é engraçado? Mesmo no colo do capeta, o brasileiro não perde o rebolado. 

Reclamamos, xingamos, fazemos memes, tomamos uma gelada e, no fim do dia, ainda achamos um jeito de rir da própria desgraça. Porque se o Brasil caiu no colo errado, pelo menos alguns sabem dançar com o diabo e, quem sabe, até negociar uma "sambadinha" pra aliviar o castigo que por certo nunca virá. Por: Igidio Garra! 

"O Teatro da Hipocrisia: Máscaras e Contradições"

O hipócrita se comporta como um camaleão social: adapta suas palavras e ações ao momento, vestindo máscaras de conveniência que mudam conforme a plateia, ou interesse no interesse em jogo. Fala de virtudes que não prática, proclamando moralidade em público enquanto, na surdina, age contra os próprios princípios que propaga, defender. Julga com rigor implacável os erros alheios, apontando o dedo para falhas que ele mesmo comete às escondidas, sem jamais admitir sua duplicidade. 

Sorri com aparente candura enquanto trama em silêncio, planos nada republicano, que servem apenas aos seus desejos egoístas. Incoerência é sua marca registrada, um traço que ele tenta encobrir com discursos bem ensaiados, cheios de floreios e falsas promessas, sempre em busca de aplauso, poder, principalmente proveito pessoal. Vive num palco invisível, onde a autenticidade é sacrificada em nome da aparência, num verniz falso e a verdade, um luxo que ele nunca se permite, observar. 

O hipócrita é como um camaleão social que adapta suas ações e palavras conforme a conveniência, usando máscaras para enganar. Ele prega virtudes que não segue, condena os outros por falhas que também comete e esconde seus verdadeiros interesses egoístas por trás de discursos falsos. Sua incoerência é disfarçada com promessas vazias, vivendo para manter aparências sem nunca abraçar a autenticidade. 

O Eco Esgotado do "Estado Democrático de Direito!

Era uma vez uma frase bonita, daquelas que enchem o peito de esperança: "Estado Democrático de Direito". No Brasil, ela já foi um hino, um grito de resistência contra épocas sombrias, uma promessa de que a lei valeria para todos e a democracia seria nossa fortaleza. Mas hoje, em 2025, ela soa como um disco riscado, repetido até perder o sentido, enquanto assistimos ao palco político-jurídico se transformar numa tragicomédia. Não é que a ideia envelheceu mal, ela ainda brilha no papel, o problema é o que fizeram com ela, virou bordão de político em discurso vazio, mantra de juiz que aplica a lei como quem escolhe o sabor do sorvete, e escudo de quem quer justificar o injustificável.

Ouvimos "Estado Democrático de Direito" enquanto decisões são tomadas nos bastidores, enquanto a balança da justiça pende para quem tem mais poder ou mais amigos, enquanto o cidadão comum olha para o noticiário e se pergunta: "Democrático pra quem? Direito de quê, ou de quem?". No contexto atual, a frase cansa porque virou maquiagem, é como um perfume caro borrifado pra disfarçar o cheiro de mofo, o povo não aguenta mais porque, de tanto ouvir, percebemos que o eco não muda a realidade: 

O Brasil segue refém de velhas práticas travestidas de novo vocabulário sem conteúdo. E assim, entre promessas e manchetes, a nação vai ficando rota, esfarrapada de tanto esperar que a tal democracia de direito saia do discurso e entre, de fato, na vida do brasileiro.

25 de Março de 2025: O Julgamento do Século!

O sol nascia tímido sobre Brasília naquela manhã de 25 de março de 2025, como se hesitasse em iluminar o que estava por vir. No Supremo Tribunal Federal, o ar estava pesado, carregado de expectativa e tensão. Era o dia do julgamento que, para muitos, decidiria o futuro da liberdade e da democracia no Brasil. Não era apenas um caso jurídico, porém essencialmente político, mas um espelho da alma de um país dividido. De um lado, os defensores da ordem, com suas bandeiras verde-amarelas desbotadas pelo tempo, clamavam por segurança e equidade da "justiça". 

Do outro, os arautos da liberdade, com vozes roucas de tanto gritar, exigiam direitos e um futuro menos sufocado por velhas correntes. No centro, cinco togados, os juízes supremos, carregavam nos ombros o peso de uma nação que parecia à beira de um precipício. O caso em questão era espinhoso: uma lei aprovada às pressas no Congresso, restringindo manifestações públicas e impondo filtros rígidos à internet, sob o pretexto de combater a "desordem". Para os governistas, era a salvação contra o caos. Para a oposição, o fim da democracia disfarçado de boa intenção. As ruas, vigiadas por drones e policiais, estavam estranhamente silenciosas, como se o Brasil inteiro prendesse o fôlego. Dentro do plenário, os argumentos voavam como flechas. Um ministro, em tom grave, citava Montesquieu e os pilares da separação dos poderes. 

Outro, mais jovem, brandia dados de desinformação nas redes sociais, justificando a "mão firme". A TV transmitia tudo ao vivo, e nas casas, bares e escritórios, o povo assistia, discutia, rezava. Quando o relator leu o voto final, por volta das sete da noite, o silêncio se fez absoluto. "A democracia não é um luxo, é uma necessidade", disse ele, com voz firme, declarando a lei inconstitucional por violar liberdades fundamentais. Um suspiro coletivo ecoou pelo país de alívio para uns, de revolta para outros. 

Naquela noite, as redes sociais explodiram, as ruas voltaram a pulsar, e o Brasil, mais uma vez, se viu diante de si mesmo. O julgamento não encerrou as divisões, mas reacendeu uma certeza: a liberdade, frágil como é, ainda tinha quem lutasse por ela. E o futuro? Esse, só o tempo diria, utopia, talvez, oxalá eu não tivesse escrito essa crônica. Por Igidio Garra

A Balança da Justiça: Provas e Contraprovas em Julgamentos!

Em um julgamento sério, a apresentação de provas é essencial para sustentar a acusação ou a defesa. O promotor exibe evidências concretas, como documentos e testemunhos, que apontam a culpa do réu. Em contrapartida, a defesa traz contraprovas, como álibis verificáveis e perícias que questionam a validade das acusações. O juiz, imparcial, avalia ambos os lados, buscando a verdade entre os argumentos, documentação probatória e relatos testemunhais de ambos os lados. 

A decisão final depende da força e da consistência das evidências apresentadas, garantindo que a justiça prevaleça com equidade e transparência. Não vimos isso no atual julgamento do suposto golpe, por parte dos "acusados" e muto menos provas contundentes da PGR, para sustentar arguição de culpabilidade, isso em si só, torna todo o resto uma farsa caso levada a cabo pois não cumpre os requisitos basilares do Direito.  

Quando o alicerce de um julgamento se fragiliza pela ausência de provas robustas, o edifício da justiça ameaça desmoronar. O Direito, em sua essência, é uma ciência de equilíbrio, onde a verdade não se presume, mas se constrói com alicerces sólidos: fatos, evidências e argumentos que resistam ao escrutínio. No caso do suposto golpe, a crônica judicial que se desenrola diante de nós parece carecer desse fundamento. A acusação, representada pela Procuradoria-Geral da República, deveria carregar o peso da responsabilidade de demonstrar, além de qualquer dúvida razoável, a materialidade dos crimes imputados. Mas o que se vê, até agora, é um vazio probatório que ecoa mais alto que as próprias alegações.

Do outro lado, os acusados, em sua defesa, também não conseguem trazer à luz contraprovas que dissipem as sombras da desconfiança. Álibis frágeis, depoimentos inconsistentes e a ausência de uma narrativa coesa apenas aprofundam o cenário de incerteza. Onde está a documentação que corrobore a inocência? Onde estão as perícias que desmontem as acusações? Sem isso, a defesa se torna tão etérea quanto a acusação, e o julgamento se transforma em um palco de retórica, onde a verdade é ofuscada por discursos inflamados e narrativas convenientes.

O juiz, nesse contexto, encontra-se em uma posição delicada. Como guardião da imparcialidade, sua tarefa é separar o joio do trigo, mas como fazê-lo quando ambos os lados oferecem tão pouco grão? A justiça, para ser legítima, exige mais do que suposições ou intenções; ela demanda clareza, precisão e, acima de tudo, respeito aos princípios basilares do devido processo legal. Sem evidências concretas, qualquer decisão — seja pela condenação ou pela absolvição — corre o risco de ser percebida como arbitrária, alimentando a descrença no sistema judicial.

E assim, o que deveria ser um exercício de busca pela verdade transforma-se em um espetáculo de ambiguidades. A sociedade, que observa atenta, começa a questionar: se as provas não falam por si, o que guia a balança da justiça? Interesses políticos? Pressões externas? Ou, pior, o simples desejo de encerrar um capítulo incômodo, ainda que à custa da equidade? Um julgamento que não cumpre os requisitos fundamentais do Direito não é apenas uma farsa; é uma traição aos ideais que sustentam uma democracia.

Enquanto as cortinas desse processo não se fecham, resta a esperança de que a razão prevaleça. Que os atores envolvidos — promotores, advogados, juízes — recordem que a justiça não é um fim em si mesma, mas um meio para proteger a verdade e a dignidade humana. Sem isso, o que sobra é apenas o eco de um sistema que, ao falhar em suas promessas, perde também sua razão de ser.

O Silêncio que Grita

Era uma tarde abafada, daquelas em que o sol parece pesar mais nos ombros do que iluminar. Na praça, o povo se reunia em pequenos grupos, cochichando entre si, os olhos inquietos, as mãos nervosas. Falavam do último julgamento do STF, uma decisão que, para muitos, cheirava a injustiça um prato amargo servido sem comiseração. Mas ninguém erguia a voz. Ninguém gritava. O silêncio era tão denso que quase se podia escutá-lo. 

Por quê? O medo, esse velho conhecido, rondava como sombra. Não era só o receio das algemas ou das multas essas pesadas insanas, afinal, eram ameaças visíveis. Havia algo maior, mais sutil: o peso de ser julgado não apenas pela lei, mas pelo olhar dos outros. "E se eu falar e me acharem louco?", pensava Jr, o padeiro, enquanto amassava o pão com mais força que o necessário. "E se me filmarem, me expuserem, me cancelarem?", refletia Any, a professora, escondendo o celular, o batom como quem guarda um segredo perigoso. 

O STF, lá no alto, parecia uma fortaleza intocável, suas togas negras como asas de corvos vigiando a nação. O povo sabia: questionar era arriscar. Não só o que restava de liberdade, mas o emprego, a paz com os vizinhos, a tranquilidade de uma vida simples. "Eles têm o poder, e nós, o quê?", dizia o velho Arthur, no ponto de ônibus, a voz baixa, introspectivo. Mas, no fundo, entre os sussurros, havia um fio de esperança. Um dia, talvez, o medo cedesse. Um dia o grito preso na garganta encontrasse o ar e folego para sair. Por enquanto, however (no entanto), o povo seguia calado, carregando o peso de um silêncio que, ironicamente, dizia tudo sem falar nada! 

No entanto, o povo seguia calado, carregando o peso de um silêncio que, ironicamente, dizia tudo sem falar nada. Cada olhar trocado nas ruas, cada suspiro contido, era como uma palavra não dita, mas profundamente sentida. Havia uma força latente naquele silêncio, uma energia que se acumulava, esperando o momento certo para se manifestar. 

Não era apenas medo que os mantinha quietos, mas também uma sabedoria antiga, que sabia que as grandes mudanças não nascem do barulho impulsivo, mas do murmúrio paciente que ganha corpo com o tempo. E assim, entre as sombras do cotidiano, o fio de esperança continuava a se tecer, fino, mas inquebrável, prometendo um amanhã onde as vozes, enfim, ecoariam livres. 

Julgamento Viciado: O Cerceamento da Defesa e a Fragilidade da Justiça

Quando a defesa é cerceada de acesso às provas de uma denúncia da PGR, o julgamento nasce viciado. A falta de transparência compromete o direito fundamental à ampla defesa, essencial para um processo justo. Sem igualdade de condições entre acusação e defesa, a imparcialidade do tribunal é corroída, transformando a justiça em um jogo desigual onde a verdade fica em segundo plano. 

Esse desequilíbrio não apenas fere os princípios constitucionais, mas também abala a confiança da sociedade no sistema judiciário. Um processo opaco, onde informações são sonegadas e o contraditório é sufocado, não produz justiça, mas sim veredictos que ecoam como imposições.

Com o tempo, a repetição dessas práticas erode a própria legitimidade das instituições, alimentando um ciclo de desconfiança e instabilidade. A justiça, para ser digna de seu nome, exige luz plena sobre os fatos, equilíbrio entre as partes e o compromisso inabalável com a verdade, custe o que custar.

O Olimpo da Prepotência

Era uma vez um Brasil onde os deuses autoproclamados habitavam um Olimpo de concreto, vidros e arrogância. Lá do alto, entre ternos caros, togas e discursos ensaiados, eles olhavam para o povo como quem observa formigas num piquenique mal planejado. Tinham certeza de que seus tronos eram eternos, forjados na certeza de que o poder os tornava intocáveis. Afinal, quem ousaria desafiar os titãs da prepotência? Mas o chão, esse velho sábio, tremia discretamente. As formigas, que eles tanto desprezavam, começaram a se organizar. Não com armas ou gritos, mas com um sussurro coletivo que crescia como vento antes da tempestade. Eram vozes roucas, cansadas de promessas ocas e altares erguidos à vaidade. O povo, esse gigante adormecido, acordava. No Olimpo, os deuses riam, achando que o rumor era apenas um eco passageiro. "Eles não têm força", diziam, enquanto brindavam com taças de privilégio. Mas o riso foi secando quando as rachaduras apareceram. Primeiro nas urnas, depois nas ruas, até que os alicerces de sua soberba começaram a ceder. O que parecia inabalável desmoronava sob o peso de sua própria ilusão. E assim, o Olimpo da prepotência ruiu. Não com trovões ou raios, mas com o silêncio ensurdecedor de um povo que, enfim, decidiu ser mais que espectador, resolveu ser o ator. No Brasil, os falsos deuses caíram, e o chão, agora livre, respirou aliviado sem pressão. 

Quando um Povo se Envergonha de Seus Generais

Quando um povo se envergonha de seus generais, não é apenas a imagem dos líderes que se despedaça, mas também a confiança que sustenta a própria ideia de nação. Os generais, outrora elevados a heróis, são figuras que carregam nas costas o peso da história, da coragem e da promessa de proteger. São eles que, em tempos de crise, deveriam encarnar os valores mais nobres de um povo: a lealdade, a justiça, o sacrifício. Mas o que acontece quando esses mesmos homens, adornados com medalhas e títulos, escolhem o caminho da desonra?

A perda de respeito e admiração por esses líderes militares não surge do vazio. Ela é semeada por atos que corroem a alma de uma sociedade: traição que troca o bem comum por interesses mesquinhos, corrupção que transforma o dever em mercadoria, abusos de poder que esmagam os mais fracos em nome de uma suposta ordem. Há, ainda, as derrotas humilhantes, não apenas no campo de batalha, mas nas arenas da moral, onde a dignidade é sacrificada por conveniência. E, pior, há crimes como a perfídia – a traição mais vil, que usa a confiança como arma e mancha para sempre a honra de quem a comete.

Essa vergonha, porém, não é apenas uma reação à falha individual de um general ou de um grupo. Ela é o espelho de uma crise mais profunda, um sinal de que as instituições que deveriam ser baluartes da nação estão frágeis, corroídas por dentro. Quando o povo olha para seus líderes e vê, em vez de exemplos, sombras de tudo o que repudia, a confiança se desfaz. O que resta é um vazio – um silêncio incômodo que substitui os hinos de glória.

Mas a vergonha também pode ser um despertar. Quando um povo reconhece a desonra de seus generais, ele é chamado a questionar não apenas aqueles que lideram, mas também a si mesmo. Que valores permitiram que tais líderes ascendessem? Que silêncios cúmplices ignoraram os sinais de decadência? A crise de confiança, embora dolorosa, é uma oportunidade para a reconstrução. É o momento em que a nação pode escolher entre se afundar na apatia ou erguer-se para exigir mais – de seus líderes, de suas instituições e de si própria.

Porque, no fim, a honra de um povo não reside apenas nas estrelas que brilham nos uniformes de seus generais, mas na coragem de enfrentar a verdade, por mais amarga que seja. E é nessa coragem que uma sociedade encontra a força para reescrever sua história, não mais sob o peso da vergonha, mas, com a promessa de um futuro que não se curva à desonra,  reflexão sobre as causas e consequências da perda de confiança, explorando tanto a crítica às instituições quanto o potencial de renovação social, mantendo o tom introspectiva!


Por que o STF teme o povo mesmo acreditando estar agindo corretamente?

O Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto deveria ser o guardião da Constituição, frequentemente toma decisões que acredita serem justas e alinhadas ao ordenamento jurídico, mas ainda assim enfrenta a desconfiança e o temor do povo porque não bate com a regra constitucional. 

Esse paradoxo pode ser explicado pela distância entre a percepção técnica do STF e a expectativa popular: o tribunal opera com base em interpretações legais complexas, muitas vezes impopulares, enquanto a população julga suas ações por critérios emocionais, morais ou políticos, frequentemente abandonando o devido processo legal. Além disso, a falta de transparência na comunicação e o crescente descrédito nas instituições amplificam a sensação de desconexão, fazendo com que o STF tema a reação pública, mesmo convicto de sua retidão.

Em tese, o medo não se origina de uma insegurança pessoal ou de dúvidas internas em relação às escolhas feitas, mas sim de um receio mais amplo e estruturado, ligado às possíveis consequências de uma ruptura social. Esse temor é alimentado pela incompreensão mútua entre indivíduos ou grupos, que pode surgir quando decisões são tomadas em desacordo com o regramento jurídico estabelecido. 

Tais decisões, ao desafiarem normas e expectativas compartilhadas, geram tensões que vão além do indivíduo, impactando a coesão social e a confiança nas instituições. Assim, o medo reflete não apenas a preocupação com o conflito imediato, mas também com a desestabilização de valores e pactos coletivos que sustentam a convivência em sociedade. 

"Copérnico: O Pioneiro do Heliocentrismo"

Nicolau Copérnico (1473-1543) foi um astrônomo polonês que revolucionou a ciência com sua obra principal, De revolutionibus orbium coelestium (Sobre as Revoluções das Esferas Celestes), publicada em 1543. Nela, ele propôs o modelo heliocêntrico, afirmando que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol, desafiando a visão geocêntrica dominante da época, defendida por Ptolomeu. Sua teoria, baseada em observações e cálculos matemáticos, lançou as bases para a astronomia moderna, influenciando cientistas como Kepler e Galileu, apesar de inicialmente enfrentar resistência da Igreja e da comunidade acadêmica e cientifica da época.

Nicolau Copérnico viveu numa era em que questionar o estabelecido era quase um ato de rebeldia. Imagine o peso de erguer a voz contra séculos de dogma, contra um mundo que acreditava, com fervor quase religioso, que a Terra era o centro de tudo. Ele não era apenas um astrônomo; era um clérigo, um matemático, um homem de muitos ofícios, mas com uma paixão singular: entender os céus. Sua crônica, porém, não é só sobre equações ou estrelas; é sobre coragem, sobre o que significa enxergar além do que todos aceitam como verdade.

Quando Copérnico começou a rabiscar suas ideias, o modelo geocêntrico de Ptolomeu reinava absoluto. Era um sistema engenhoso, com seus epiciclos e deferentes, que explicava o movimento dos planetas de forma a manter a Terra fixa, intocável, no coração do cosmos. Funcionava, até certo ponto. Mas havia rachaduras: os cálculos eram complicados, os movimentos dos planetas nem sempre se alinhavam com as previsões. Copérnico, com sua mente inquieta, percebeu que algo estava fora de lugar. Não era só uma questão de ajustar números; era preciso virar o universo de cabeça para baixo.

O heliocentrismo não veio num estalo. Foram anos de observações, de noites em claro sob o céu de Frombork, na Polônia, onde ele servia como cônego. Ele estudava os astros com instrumentos rudimentares, mas sua verdadeira ferramenta era a lógica. Inspirado por ideias de astrônomos antigos, como Aristarco de Samos, que já haviam flertado com a possibilidade de um Sol central, Copérnico começou a construir seu modelo. E que modelo! Simples, elegante, quase poético. O Sol no centro, a Terra girando sobre si mesma e orbitando como qualquer outro planeta. De repente, o caos dos epiciclos ptolomaicos dava lugar a uma harmonia cósmica.

Mas genialidade não garante aplausos. Copérnico sabia o risco que corria. A Igreja, guardiã do conhecimento e da ordm, não via com bons olhos quem desafiasse a narrativa bíblica. Dizer que a Terra não era o centro do universo era quase como dizer que o homem não era o centro da criação. Ele hesitou, revisou, guardou seus manuscritos por anos. Conta-se que De revolutionibus orbium coelestium só foi publicado em 1543, às vésperas de sua morte, graças à insistência de seu discípulo, Georg Joachim Rheticus. Diz a lenda que Copérnico segurou o livro impresso em suas mãos já no leito de morte, um último suspiro de realização.

A reação ao seu trabalho não foi imediata. Alguns astrônomos, como Tycho Brahe, tentaram conciliá-lo com o velho modelo, criando sistemas híbridos. A Igreja, inicialmente, não o condenou de imediato, mas a semente da controvérsia já estava plantada. Décadas depois, quando Galileu pegou o bastão e defendeu o heliocentrismo com sua luneta e sua retórica afiada, o conflito explodiu. O modelo de Copérnico tornou-se símbolo de uma nova forma de pensar, de questionar, de buscar a verdade nos fatos, não nas escrituras.

E assim, o legado de Copérnico transcende suas equações. Ele não apenas mudou a posição da Terra no cosmos; mudou a posição do homem no mundo. Sua crônica é a de um visionário que, com humildade e paciência, abriu uma fenda na muralha do dogma, deixando passar a luz de uma nova era. Kepler refinaria suas órbitas, Galileu as confirmaria com lentes, e Newton as explicaria com leis. Mas tudo começou com um polonês que ousou imaginar o Sol no centro – e, com isso, colocou a humanidade em movimento.

O Peso Leve da Bondade!

Era uma tarde cinzenta de março, em um dia de outono daquelas em que o céu parece segurar as lágrimas só para não dar o braço a torcer. Eu caminhava pelo centro da cidade, o fone de ouvido abafando o barulho dos carros e das conversas apressadas. No bolso, o celular vibrava com notificações que eu ignorava por pura preguiça. Foi então que a vi: uma senhora de cabelos brancos, curvada como se carregasse o mundo nas costas, tentando atravessar a rua com uma sacola que parecia maior que ela. 

Os carros buzinavam, impacientes, e os pedestres passavam como se ela fosse invisível. Pensei em seguir meu caminho afinal, estava atrasado para um compromisso sem importância que já nem lembro qual era. Mas algo me fez parar. Talvez tenha sido o jeito como ela segurava a sacola, com uma mistura de teimosia e fragilidade, ou o olhar perdido que parecia pedir ajuda sem dizer uma palavra. Aproximei-me e, com um sorriso meio desajeitado, perguntei se precisava de uma mão. Ela me olhou surpresa, como se bondade fosse artigo raro, e assentiu. 

Peguei a sacola cheia de latas de leite em pó e pacotes de arroz e a acompanhei até o outro lado da rua. Enquanto caminhávamos, ela começou a falar. Disse que era para os netos, que a filha estava desempregada e que, aos 73 anos, ainda precisava "dar um jeito". Sua voz tremia, mas havia um orgulho ali, uma força que não sei explicar. Não sei quanto tempo levou cinco minutos, talvez? Mas, quando me despedi, ela segurou minha mão com uma gratidão que pesou mais que a sacola. "Deus te abençoe, moço", disse, e eu, que nem sei no que acredito, e é em Deus, senti um calor no peito que não há explicação. 

Voltei para minha rotina, mas algo ficou diferente. Naquele dia, percebi que solidariedade não é só carregar o peso de sacolas, à alguém por alguns metros. É ouvir, é enxergar o outro quando o mundo prefere virar a cara. Compaixão, então, é mais sutil ainda: é entender que, às vezes, o que a achamos um pequeno um gesto, uma palavra pode ser o alívio que alguém carrega no coração por dias. A tarde continuou cinzenta, mas, para mim, parecia que o sol tinha dado um jeito de escapar das nuvens. Afinal, bondade tem esse poder: ilumina quem dá e quem recebe, mesmo que seja só por um instante e friso, muito mais, quem dá.

Estelionato Institucionalizado: O Peso dos Impostos no Brasil Comunista!

No cenário político e econômico brasileiro atual, uma crítica recorrente emerge entre aqueles que enxergam o governo como dominado por uma ideologia comunista: a prática de um "estelionato institucionalizado". Esse termo, carregado de indignação, reflete a percepção de que o Estado, sob esse suposto controle, adota políticas fiscais que exploram de forma sistemática tanto os trabalhadores, quanto os empresários, minando a prosperidade individual e coletiva. 

Um dos pilares dessa crítica é a pesada carga tributária imposta aos trabalhadores. Estima-se que cerca de 40% do salário de um cidadão comum seja direcionado ao governo por meio de impostos diretos e indiretos. Esse montante, que poderia ser utilizado para melhorar a qualidade de vida, investir em educação, saúde ou simplesmente atender às necessidades básicas, é absorvido por um sistema que, segundo os críticos, devolve pouco em termos de serviços públicos eficientes. 

Hospitais sucateados, escolas em condições precárias e infraestrutura deficiente seriam evidências de que o dinheiro arrecadado não retorna à população de maneira proporcional ao que é exigido. Para os empresários, o cenário não é menos gravoso. Além de enfrentarem uma burocracia asfixiante, eles são penalizados com impostos compulsórios elevados, que comprometem a competitividade das empresas e desencorajam o empreendedorismo. Tributos como ICMS, ISS, PIS, COFINS e contribuições previdenciárias formam uma teia complexa que, na visão dos detratores do governo, sufoca a iniciativa privada. 

O resultado é um ambiente hostil à geração de empregos e ao crescimento econômico, onde o Estado se posiciona como um sócio voraz, mas que pouco contribui para o sucesso do negócio. A acusação de "comunismo" no governo brasileiro amplifica essa narrativa, associando-a a regimes históricos que centralizaram o poder econômico e sacrificaram liberdades individuais em nome de uma suposta igualdade. Para os críticos, o atual modelo tributário seria uma ferramenta de controle, uma forma de manter a população dependente e os empresários subjugados, enquanto o discurso oficial mascara essa realidade com promessas de justiça social, que nunca aconteceu. 

Assim, o conceito de "estelionato institucionalizado" surge como uma metáfora para descrever o que seria uma fraude estruturada: o governo, ao invés de proteger e promover o bem-estar, utilizaria sua autoridade para expropriar riquezas de maneira legalizada, mas imoral. Resta saber se essa percepção reflete uma análise objetiva ou se é fruto de uma polarização ideológica que colore os debates sobre o futuro do Brasil. O certo é que o peso dos impostos, aliado à insatisfação com os serviços públicos, continua a alimentar esse discurso de revolta. Por: Igidio Garra!

O Silêncio no Café, Ensinar e Aprender:

Era uma manhã comum na pequena cafeteria da esquina, onde o cheiro de café recém-passado se misturava ao murmúrio das conversas. Sentado à mesa do canto, com um livro aberto e uma xícara já pela metade, estava o professor Elias, um homem de meia-idade, óculos tortos e uma expressão que parecia carregar o peso de todas as perguntas sem resposta do mundo. 

Ele era o que chamavam de "intelectual". Não porque se autoproclamava assim, mas porque seus alunos, colegas e até os garçons do café o viam como alguém que vivia para cutucar o status quo, para criar aquele desconforto que faz as pessoas franzirem a testa e repensarem suas certezas. Naquela manhã, porém, Elias não estava com vontade de incomodar ninguém. Ele observava o movimento: a dona Maria, que pedia seu pão com manteiga de sempre; o jovem Pedro, que digitava furiosamente no celular; e a TV ligada num canto, cuspindo notícias que ninguém parecia ouvir. Ouvia-se por aí que "o intelectual existe para criar o desconforto", e Elias, por anos, abraçara essa ideia. 

Suas aulas na universidade eram famosas por deixar os alunos inquietos, suas perguntas afiadas cortavam como lâminas as ideias mal costuradas. Mas hoje, algo parecia diferente. Ele pegou a caneta e começou a rabiscar no guardanapo. Não uma provocação, mas uma dúvida: "E se o intelectual não for só o espinho, mas também o bálsamo?" Pensou nas vezes em que suas palavras tinham afastado em vez de aproximar, nas discussões que terminavam em silêncios rancorosos. 

Sim, o desconforto podia acordar mentes adormecidas, mas e depois? Será que ele, Elias, não tinha também a responsabilidade de oferecer algo além da dúvida? Um caminho, uma luz, um momento de entendimento? A dona Maria passou por ele, cumprimentando-o com um sorriso simples. "Bom dia, professor. O senhor sempre tão sério com esses livros!" Elias sorriu de volta, mas o comentário ficou ecoando. Sério, sim. Desconfortável, talvez demais. Ele lembrou de um aluno que, após uma aula especialmente intensa, lhe dissera: "Professor, eu saio daqui sem saber se acredito em alguma coisa." 

Na época, Elias viu isso como vitória o despertar do pensamento crítico. Agora, olhando o guardanapo amassado, ele se perguntava se não havia deixado aquele garoto perdido na dúvida, sem chão. O intelectual existe para criar o desconforto, diziam. Mas Elias começou a enxergar um contraponto. Talvez o intelectual também exista para construir pontes, para dar sentido ao caos que ele mesmo provoca. Não se trata de abandonar as perguntas difíceis, mas de equilibrá-las com um fio de esperança, uma clareza que acolha em vez de apenas desafiar, provocar. Ele tomou o último gole de café, já frio, e decidiu que na próxima aula falaria sobre isso: o desconforto como ferramenta, não como fim. A cafeteria seguiu seu ritmo, alheia às reflexões de Elias. 

Mas, naquele canto, algo mudou. O intelectual, pela primeira vez em muito tempo, sentiu que talvez seu papel fosse maior do que apenas incomodar, talvez fosse, também, ajudar a curar as feridas que abriam por não terem respostas para "O intelectual existe para criar o desconforto" e Cura-las dando então sentido maior de não confrontar, mas de estimular o conceito, aprender.

Comunismo: Ódio e Raiva em Foco

O comunismo, enquanto ideologia política e econômica, é frequentemente interpretado por seus críticos como uma fonte de ódio e raiva incontrolada, devido a episódios históricos de repressão, violência e conflitos sociais ligados a regimes que o adotaram. Essa percepção destaca a realidade que o tema provoca, sendo visto por alguns como uma busca por igualdade, mas por outros como um sistema que, na prática, gerou divisões, autoritarismo e ressentimentos profundos. A associação com ódio e raiva reflete tanto as experiências de regimes totalitários quanto o discurso enviesados de jogar uns contra os outros, que amplifica essas emoções como resposta às injustiças atribuídas e praticadas pelo comunismo. 

Ao refletirmos sobre essas percepções do modelo comunista, é importante considerar que tais emoções como ódio e raiva não surgem apenas do sistema em si, mas também do contexto histórico e cultural em que ele foi aplicado. O que muitas vezes é ignorado nesse debate é como o ideário comunista, com sua promessa de igualdade e justiça social, também pode inspirar solidariedade e esperança em comunidades que se sentem marginalizadas ou oprimidas.

Contudo, a prática do comunismo, quando implementada por regimes autoritários, frequentemente se distanciou do ideal teórico, resultando em repressões severas e danos às liberdades individuais. Essa dicotomia entre teoria e prática alimenta o debate polarizador: por um lado, há aqueles que enxergam o comunismo como uma ferramenta utópica para criar um mundo mais justo; por outro, há quem veja apenas os fracassos históricos que levaram a tragédias humanas.

Esse contraste sublinha uma questão crucial: até que ponto uma ideologia, qualquer que seja, pode ser desassociada de sua implementação? A resposta muitas vezes se perde no calor do debate emocional, onde o histórico de abusos e conquistas acaba moldando as consequências, em torno do tema.

O Dia em Que a Paz Encontrou a Justiça!

Era uma manhã tranquila no vilarejo de São Lume, onde o sol nascia tímido entre as colinas e o canto dos pássaros parecia ensaiar uma melodia de esperança. Mas, por trás daquela calma aparente, havia um murmúrio constante, um eco de insatisfação que atravessava as ruas de terra batida. As pessoas viviam, sim, mas não em paz. Havia algo faltando, um vazio que ninguém sabia descrever. 

Dona Clara, a anciã do lugar, dizia que a paz era como uma flor rara: só crescia em solo bem cuidado. E o solo de São Lume estava seco, rachado pela ausência de justiça. Os mais pobres carregavam o peso das dívidas, enquanto os poderosos se escondiam atrás de promessas vazias. Um menino, Joãozito, perdera o pai para a ganância de um latifundiário que tomara suas terras sem explicação. Uma mãe, dona Rosita, chorava porque seu filho fora preso injustamente, sem direito a defesa. 

A paz, ali, era apenas uma palavra bonita, mas oca sem sentido. Até que um dia, algo mudou. Uma jovem chamada Merian, recém-chegada ao vilarejo, trouxe consigo um olhar diferente. Ela não era de falar muito, mas suas ações gritavam. Começou a reunir as pessoas, a ouvir suas histórias, a anotar cada injustiça em um caderno de capa puída. "A paz verdadeira floresce onde a justiça prevalece", dizia ela, quase como um mantra. E, aos poucos, o povo começou a acreditar. Merian não tinha poder, dinheiro ou armas. 

Tinha apenas a força de quem sabe que igualdade e dignidade não são favores, mas direitos. Com a ajuda de alguns vizinhos, ela organizou uma marcha até a prefeitura. Não havia gritos ou pedras, apenas vozes unidas pedindo o que era justo: terras devolvidas, julgamentos honestos, leis que servissem a todos. O prefeito, um homem acostumado a ignorar os fracos, tentou rir daquilo, mas o riso lhe morreu na garganta quando viu que o vilarejo inteiro estava ali, de mãos dadas. 

Os dias seguintes foram de luta. Não foi fácil a justiça, afinal, é uma semente que demora a germinar. Mas, aos poucos, o solo de São Lume começou a mudar. Joãozito viu as terras do pai voltarem para a família, e dona Rosita abraçou o filho livre outra vez. O latifundiário perdeu e devolveu o que não era seu, e o prefeito aprendeu que o poder verdadeiro não está em mandar, mas em saber ouvir. E então, na manha seguinte como tantas outras, o vilarejo acordou diferente.

O sol parecia mais quente, os pássaros cantavam com mais vontade. As pessoas cumprimentavam-se nas ruas, e havia um brilho nos olhos que antes não existia. A paz, aquela flor rara de que dona Clara falava, finalmente brotara. Não porque as dores tinham desaparecido, mesmo que elas nunca desaparecem de todo, mas porque a justiça, mesmo lenta, havia chegado. 

E com ela, a harmonia e o equilíbrio se estabeleceram, como pilares de uma sociedade mais humana e solidária. Naquele dia, São Lume entendeu que a paz e a justiça caminham juntas. Uma não vive sem a outra. E, enquanto Merian seguia anotando histórias no seu caderno, no vilarejo seus habitantes sorriam, 

O Reinado do Crime: Quando as Leis Traem a Justiça

Quando as leis beneficiam criminosos, é um sinal alarmante de que o sistema está profundamente corrompido. Em vez de cumprir seu papel essencial de proteger a sociedade e garantir a segurança coletiva, elas se tornam instrumentos que amparam aqueles que violam a ordem legal, como traficantes, corruptos e assassinos e demais crimes, enquanto as vítimas são deixadas à mercê da impunidade. Isso sugere que vivemos sob um regime onde o crime, e não a justiça, dita as regras, um cenário em que a balança pende descaradamente para o lado dos transgressores. 

al inversão de valores não apenas retira a confiança nas instituições, como o judiciário, e o legislativo, mas também alimenta um ciclo vicioso de descrença e desordem, onde a população se sente abandonada e a impunidade se torna a norma. Exemplos disso podem ser vistos em indultos controversos, brechas legais exploradas por advogados astutos ou até na leniência de penas que não refletem a gravidade dos atos cometidos, a polícia prende a justiça solta, cumprindo uma legislação que premia o mal feitor e por consequência, pune a sociedade duplamente. 

Essa distorção do sistema vai além de meros equívocos legislativos ou judiciais; ela reflete uma erosão deliberada dos princípios que sustentam uma sociedade justa. Quando as leis são moldadas ou aplicadas para proteger os poderosos e seus aliados, o contrato social se rompe. A população, que deveria ser o foco da proteção estatal, torna-se refém de um jogo onde os criminosos saem impunes e os cidadãos honestos vivem com medo.

Um exemplo gritante disso é a repetição de casos em que réus de colarinho branco, amparados por recursos financeiros e conexões políticas, driblam a justiça com manobras processuais intermináveis. Enquanto isso, pequenos delitos, muitas vezes cometidos por desespero, recebem punições desproporcionais, evidenciando uma justiça seletiva que privilegia os influentes. A polícia, que arrisca vidas nas ruas, vê seus esforços frustrados por decisões que devolvem criminosos ao convívio social em tempo recorde, prontos para reincidir.

Essa realidade alimenta a revolta silenciosa de uma sociedade que, cansada de ser ignorada, começa a questionar se vale a pena seguir as regras. O descrédito nas instituições cresce como uma sombra, e a sensação de abandono leva alguns a buscar soluções fora da lei, perpetuando o caos. Quando o sistema premia a transgressão, ele não apenas falha em punir o crime — ele o incentiva. E assim, o ciclo de desordem se intensifica, corroendo a confiança, a segurança e a esperança de um futuro onde a justiça prevaleça.

Mas há um caminho para romper esse ciclo. Reconstruir a confiança exige leis claras, aplicadas com imparcialidade, e instituições que priorizem o bem comum acima de interesses escusos. É preciso que a sociedade exija transparência e responsabilidade, cobrando dos legisladores e juízes um compromisso real com a justiça. Só assim o equilíbrio da balança poderá ser restaurado, devolvendo à população a certeza de que o crime não dita as regras — a justiça sim.

Justiça Silenciada: Quando a Defesa é Negada!

Quando um juiz nega à defesa o direito de proteger um acusado, o processo judicial, que deveria ser um bastião de imparcialidade, deixa de ser justiça e se transforma em tirania pura e simples, a essência da justiça reside no delicado equilíbrio entre acusação e defesa, na garantia inegociável de que todas as partes envolvidas sejam plenamente ouvidas e no respeito irrestrito aos princípios fundamentais do direito, como o devido processo legal e o direito à ampla defesa. 

Impedir a defesa de atuar é, na prática, calar a voz do acusado, sufocando sua chance de apresentar argumentos, provas ou testemunhas que poderiam contrapor à peças da acusação; é romper o contraditório, peça-chave de qualquer sistema jurídico digno desse nome, é abrir uma perigosa brecha para a arbitrariedade, onde a vontade unilateral do julgador prevalece sobre a razão e os fatos, sem esse pilar essencial, o que resta é apenas o exercício bruto do poder, despido de qualquer vestígio de legitimidade ou moralidade, transformando o tribunal em um palco de opressão ao invés de um espaço de busca pela verdade e equidade onde não haja processo persecutório.

Quando esse equilíbrio é rompido, o tribunal, que deveria ser um santuário da justiça, torna-se um campo minado onde a verdade é a primeira vítima. A negação do direito de defesa não apenas desumaniza o acusado, mas também corrói a confiança da sociedade no sistema judicial. Afinal, como pode um cidadão comum sentir-se seguro quando as garantias fundamentais, aquelas que protegem a todos indistintamente, são tratadas como meros obstáculos a serem contornados? A justiça, para ser digna desse nome, não pode se curvar à pressa, à pressão popular ou aos interesses de ocasião. Ela exige tempo, serenidade e, acima de tudo, coragem para manter-se fiel aos seus princípios, mesmo quando o mundo clama por vingança ou por respostas rápidas.

Permitir que a defesa seja silenciada é abrir as portas para um precedente perigoso: hoje é o acusado em questão, amanhã pode ser qualquer um. A história nos ensina que sistemas judiciais que abdicam do contraditório e da ampla defesa logo se tornam instrumentos de opressão, usados para calar dissidentes, punir desafetos ou perpetuar desigualdades. O juiz que nega à defesa o direito de atuar não apenas falha com o acusado, mas trai a própria essência de sua função. Ele se torna não um guardião da lei, mas um agente de sua subversão, pavimentando o caminho para um Estado onde a força prevalece sobre o direito.

Por isso, a luta pela preservação do devido processo legal e do direito à defesa não é apenas uma batalha jurídica, mas uma causa profundamente humana. É a defesa da dignidade de cada indivíduo perante o poder do Estado, da ideia de que ninguém, por mais graves que sejam as acusações contra si, deve ser privado de sua voz. Somente quando esses pilares são respeitados é que o tribunal pode cumprir sua verdadeira missão: não a de punir a qualquer custo, mas a de buscar a verdade com humildade e a equidade com firmeza. Qualquer coisa menos que isso não é justiça — é apenas o eco de uma tirania disfarçada de lei.

O Clamor Sob a Tirania!

Quando um povo pede clemência, é porque está nas mãos de um tirano sanguinário. Reflete uma verdade histórica e psicológica profunda. Ele sugere que a súplica por misericórdia surge apenas em condições extremas de opressão, quando a brutalidade de um governante ultrapassa os limites do suportável, a frase evoca imagens de regimes despóticos, onde o medo e a violência substituem a justiça e a liberdade. É um alerta sobre o poder descontrolado e a fragilidade de um povo subjugado, destacando a relação intrínseca entre tirania e sofrimento, em poucas palavras, captura a essência de uma luta desigual e o grito silencioso por redenção e por socorro. 

Esse clamor por clemência não é apenas um pedido de alívio momentâneo; é a expressão de uma alma coletiva esmagada, que, mesmo sob o peso da opressão, ainda ousa sonhar com dignidade. Quando um povo chega a esse ponto, já atravessou desertos de humilhação, já viu suas vozes caladas, suas esperanças confiscadas e seus direitos reduzidos a cinzas. O tirano sanguinário, cego pela própria arrogância, não percebe que cada súplica que ignora é uma semente de resistência plantada no coração dos oprimidos. Pois a história também nos ensina que, embora a tirania possa reinar com punho de ferro por algum tempo, ela nunca é eterna.

A súplica por clemência revela, paradoxalmente, tanto a fraqueza quanto a força de um povo. Fraqueza, porque reflete um momento de vulnerabilidade extrema, onde a sobrevivência depende da piedade de um algoz. Força, porque mesmo no fundo do abismo, o instinto humano de lutar por justiça permanece vivo. É nesse grito abafado que se forjam as revoluções, que se constroem os ideais capazes de derrubar tronos e despedaçar correntes. O tirano, em sua ilusão de invencibilidade, não enxerga que cada gota de sangue derramada, cada direito negado, é um tijolo a mais na muralha que um dia ruirá sobre ele.

Mas o alerta dessa verdade não se limita ao passado ou a regimes distantes. Ele ressoa em qualquer tempo, em qualquer lugar onde o poder se torne um fim em si mesmo, esquecendo que sua legitimidade vem do povo que o sustenta. Quando a clemência é pedida, é sinal de que a balança pendeu perigosamente para o lado da crueldade. Cabe, então, a cada um — governante ou cidadão — ouvir esse grito antes que ele se transforme em silêncio, pois o silêncio de um povo não é paz, mas o prenúncio de uma tempestade. E a história, implacável como é, nunca perdoa aqueles que confundem o clamor por clemência com fraqueza, pois é dele que nascem as forças capazes de mudar o mundo.

A Força do Protesto por um Brasil Justo e Equânime!

Protestar é não apenas essencial, mas um ato poderoso e indispensável para exigir um Brasil verdadeiramente justo e equânime, onde a igualdade não seja apenas um ideal distante, mas uma realidade concreta. É através da voz coletiva do povo, unida em sua força e determinação, que se transforma a sociedade, desafiando as estruturas de opressão e desigualdade que persistem. Protestar é cobrar direitos fundamentais como educação, saúde, segurança e oportunidades para todos, direitos que não podem mais ser negados ou negligenciados. 

Mais do que isso, é o caminho para construir um futuro genuinamente igualitário, onde cada cidadão, independentemente de sua origem, raça ou classe social, tenha a chance de prosperar e viver com dignidade. Sem essa pressão ativa e consciente, o progresso permanece estagnado, e a justiça, apenas uma promessa vazia. Protestar, portanto, é mais do que erguer cartazes ou entoar palavras de ordem; é reacender a chama da cidadania, é lembrar que o poder, em sua essência, pertence ao povo e não a uma elite desconectada das ruas. 

Cada marcha, cada grito, cada faísca de indignação carrega a força de gerações que lutaram antes e a esperança das que virão depois. No Brasil, onde as cicatrizes da desigualdade ainda sangram na favela sem saneamento, na escola sem professores, no hospital sem leitos, o protesto é um ato de coragem que desafia o conformismo e a indiferença. É o povo dizendo, em uníssono, que não aceitará mais migalhas onde deveria haver direitos plenos.

Mas o protesto não é apenas ruptura; ele é também construção. Ao ocupar as praças, ao dialogar nas redes, ao exigir transparência e responsabilidade, o povo não só aponta o que está errado, mas sinaliza o que deseja: um Brasil onde a justiça não seja um privilégio, onde a educação forme mentes livres, onde a saúde seja um compromisso inegociável e onde a segurança não signifique repressão, mas proteção para todos. Esse ato de se levantar, mesmo sob o risco de ser silenciado, é a prova viva de que a democracia respira. Sem ele, o país corre o perigo de cair na armadilha da apatia, onde a mudança é sufocada pela falsa sensação de que "tudo está bem".

Por isso, protestar é um dever sagrado, uma herança de lutas passadas e um presente para o futuro. É a certeza de que a igualdade não será entregue de mãos beijadas, mas conquistada com suor, vozes e passos firmes. Cada protesto é um tijolo na construção de um Brasil que não se curve à injustiça, que não se cale diante da opressão e que não desista de ser, um dia, verdadeiramente justo e equânime. Enquanto houver desigualdade, enquanto houver direitos negados, o protesto será a bússola que aponta o caminho — e o fogo que ilumina a jornada.

A Luz da Justiça

Presos por crimes que não cometeram, suas vidas foram roubadas por um sistema que, tropeçou na própria pressa de julgar. A anistia, para eles, não é apenas um papel assinado, mas a devolução de um direito que nunca deveria ter sido tirado: A Liberdade. A importância de anistiar inocentes presos ilegalmente transcende o indivíduo é um grito por justiça, um reparo na trama social que se rompe quando o erro veste a máscara da verdade sob um psudo ato de justiça. Quantos "Joões" ainda esperam, silenciados por celas frias, enquanto a burocracia engole suas histórias?

A anistia não é um favor, é uma necessidade, é o reconhecimento de que errar faz parte, mas corrigir é essencial. Sem ela, anistia, a fé no que chamamos de "lei" desvanece, e com ela, a esperança de um mundo digno fica sem sentido justo. Cada dia que um inocente passa atrás das grades é uma ferida aberta na alma de uma sociedade que se diz justa. A anistia, nesse contexto, não é apenas a chave que abre a cela, mas o gesto que restaura a dignidade roubada, que reacende a confiança em um sistema que falhou. 

É o momento em que o Estado, humilde o suficiente para admitir seu erro, se curva perante o cidadão e diz: "Você não merecia isso". Mas esse momento, para muitos, tarda demais. Enquanto a papelada se acumula em escritórios, enquanto os processos se arrastam em gavetas, os "Joões" e as "Marias", os "Pedros", as "Anas" seguem presos não só por grades, mas por um silêncio cruel que ignora suas vozes.

A anistia, portanto, é mais do que um ato jurídico; é um compromisso moral. É a recusa em deixar que a pressa ou o preconceito continuem a ditar sentenças. Quantas vidas foram interrompidas por um dedo apontado sem provas, por um estereótipo que virou veredicto, por um sistema que preferiu a conveniência à verdade? Corrigir esses erros não é apenas devolver a liberdade a um indivíduo, mas fortalecer a própria ideia de justiça, mostrando que ela pode  e deve  ser maior do que as falhas humanas que a mancham. Sem esse reparo, a lei se torna apenas um eco vazio, um conjunto de regras que pune sem critério e protege sem cuidado.

Por isso, a luta pela anistia dos inocentes é também a luta por um futuro onde ninguém tema ser engolido por um erro judicial. É a defesa de um mundo onde a verdade tenha mais peso que a pressa, onde a dignidade seja mais forte que a burocracia. Cada inocente libertado é uma vitória, mas também um lembrete: enquanto houver um único "João" esperando nas sombras de uma cela, a justiça permanecerá incompleta. E a esperança, essa frágil chama que nos move, só brilhará de verdade quando ninguém mais precisar implorar para ser ouvido, para ser visto, para ser livre.

A Jornada da Alma: Reflexões sobre a Obra de Santo Agostinho

Santo Agostinho (354-430), um dos maiores pensadores da tradição cristã, deixou uma obra vasta e influente, marcada por sua profundidade filosófica e teológica. Entre seus textos mais destacados estão Confissões, uma autobiografia espiritual que explora sua jornada de conversão e reflexões sobre pecado, graça e Deus, e A Cidade de Deus, onde contrasta a cidade terrena, baseada nos desejos humanos, com a cidade divina, fundada na vontade de Deus. 

Sua escrita combina introspecção pessoal, argumentos racionais e uma forte defesa da fé cristã, influenciando por séculos o pensamento ocidental até os dias atuais. Agostinho enfatiza a busca pela verdade interior e a dependência da graça divina para a salvação. A obra de Santo Agostinho não é apenas um marco do pensamento cristão, mas um espelho da alma humana em sua luta por sentido e redenção. Em *Confissões*, ele desnuda sua própria vida os erros da juventude, as paixões desordenadas, o vazio das ambições mundanas com uma honestidade que transcende o tempo. Ao narrar sua conversão, 

Agostinho não fala apenas de si, mas de todos nós, que buscamos, mesmo sem saber, um propósito maior que preencha o "coração inquieto" que ele tão bem descreveu. Sua frase célebre, "Fizeste-nos para ti, Senhor, e nosso coração está inquieto enquanto não repousa em ti", tornou-se um farol para aqueles que, em meio ao caos da existência, anseiam por algo eterno.

Já em *A Cidade de Deus*, Agostinho vai além da introspecção e constrói uma visão grandiosa da história humana. Ele não se limita a opor o terreno ao divino, mas desafia o leitor a questionar onde reside sua verdadeira lealdade: nos prazeres fugazes de uma cidade construída sobre o egoísmo ou na promessa de uma comunhão eterna com o divino? Escrita em um momento de crise, com o Império Romano em declínio, a obra é um lembrete poderoso de que as estruturas humanas, por mais imponentes que pareçam, são frágeis diante da eternidade. Agostinho nos convida a olhar além do imediato, a enxergar a história não como uma sucessão de conquistas e quedas, mas como um palco onde se desenrola o drama da salvação.

Sua influência, no entanto, não se restringe ao passado. Até hoje, suas ideias ecoam em debates sobre livre-arbítrio, justiça, graça e a natureza do mal. Agostinho nos ensina que a busca pela verdade exige coragem para enfrentar as próprias fraquezas e humildade para reconhecer que, sozinhos, somos insuficientes. Sua vida e obra são um testemunho de que a fé e a razão não precisam ser inimigas, mas podem caminhar juntas na jornada rumo ao que é essencial. E, em um mundo ainda marcado por inquietudes, sua voz permanece como um convite: olhar para dentro, mirar o alto e encontrar, na graça, o repouso que tanto buscamos.

Quando a Inveja Sobrepuja a Razão!

Perguntamos há um veneno sutil que corre nas veias da alma humana? A inveja. Ela nasce pequena, um sussurro de descontentamento, mas, quando alimentada, cresce até cegar a razão. O que era admiração, vira rancor, o que era inspiração, se torna obsessão. O invejoso não vê mais o mérito alheio como espelho, mas como ameaça. Perde a clareza, e a mente, outrora lúcida, trama sombras onde havia luz. 

A razão, esse farol do equilíbrio, apaga-se sob o peso de um desejo torto: querer ser o outro, em vez de ser si mesmo. E assim, a inveja não só rouba a paz, mas condena quem a carrega a uma prisão de espelhos quebrados. E, no entanto, a inveja não é um destino, mas uma escolha. Ela sussurra, sim, mas cabe ao coração decidir se dá ouvidos. O invejoso, cego pelo reflexo distorcido do outro, esquece que cada alma carrega sua própria chama, única e irrepetível. 

Ele se perde na comparação, como quem tenta apagar o sol para que sua vela pareça brilhar mais. Mas a luz alheia não é inimiga; é convite. É o lembrete de que o mundo é vasto, e há espaço para todos crescerem, sem que um precise apagar o outro. Por vezes, à inveja se disfarça de justiça: "Por que ele, e não eu?". Esse murmúrio traiçoeiro faz o invejoso crer que a vida lhe deve algo, que o mérito do outro é um roubo do seu próprio valor. 

Ele não percebe que, enquanto aponta o dedo, sua energia se esvai, sua força se dissipa. A inveja é um ladrão silencioso, que não rouba bens, mas tempo, alegria, autenticidade. E se, em vez de ceder ao veneno, o homem escolhesse outro caminho? 

Se, ao ver o brilho do outro, decidisse polir o próprio? A admiração, livre de amarras, é um mapa, não uma corrente. Ela aponta direções, ensina atalhos, inspira coragem. O invejoso, ao tentar roubar o que não lhe pertence, esquece que a verdadeira conquista não está em imitar, mas em criar. Em ser, com todas as imperfeições, um original.

Assim, a alma que rejeita a inveja encontra liberdade. Não porque o mundo mudou, mas porque ela aprendeu à enxergar. Onde havia espelhos quebrados, agora há janelas abertas. E, através delas, a luz não a do outro, mas a sua própria finalmente encontra espaço para brilhar.

Nunca Interrompa o Inimigo, Enquanto Ele Estiver Cometendo Erros!

Na sinfonia do cotidiano, onde as batalhas se travam não com espadas, mas com palavras e atitudes, há uma estratégia milenar que ressoa como um conselho de sábios: "nunca interrompa o inimigo enquanto ele estiver cometendo erros". Esta máxima, atribuída a Napoleão Bonaparte, embora sua autoria seja frequentemente debatida, carrega uma lição valiosa sobre paciência e estratégia. Imagine-se em uma partida de xadrez. Seu adversário, em um momento de impetuosidade, decide mover seu cavalo para um lugar que, claramente, o deixa vulnerável. 

O impulso seria imediato: capturar a peça, avançar no tabuleiro. Mas, e se, ao invés disso, tu observasses, aguardando mais uma, duas, talvez três jogadas? Cada movimento errôneo dele poderia abrir novas avenidas para seu triunfo, perfazendo uma teia de erros que o levaria inevitavelmente à derrota. Na vida real, essa filosofia se aplica de maneiras sutis, porém igualmente eficazes. No ambiente corporativo, por exemplo, um concorrente pode investir em uma tecnologia que, embora inovadora, é impraticável para o mercado atual. 

Interromper para corrigir ou criticar pode chamar a atenção para o erro, mas também pode dar a ele a chance de se corrigir. Melhor seria observar, aprender com as falhas alheias e, no momento certo, lançar seu produto, já moldado pela sabedoria dos erros dos outros, isso é oportunismo. Na política, onde cada palavra é uma peça em jogo, um oponente pode se enredar em suas próprias contradições durante um debate. A tentação de interromper, de apontar o dedo, é grande. No entanto, dar espaço para que ele continue a falar, cavando um buraco cada vez mais fundo com suas próprias palavras, pode ser uma estratégia mais inteligente. 

Os eleitores notarão, talvez não naquele exato momento, mas na reflexão pós-debate, a falta de coerência ou o erro de julgamento. Essa tática, contudo, não se trata de passividade ou de uma vitória fácil. Requer uma paciência de aço, uma observação atenta e, acima de tudo, um plano de ação. É preciso saber quando o erro do outro se torna uma oportunidade para você, e isso demanda conhecimento tanto dos próprios pontos fortes quanto das fraquezas do adversário. 

No fim das contas, a crônica de nossas vidas é escrita com as histórias de nossas batalhas de derrotas e vitórias. E, na arte da guerra que é a vida, lembrar de nunca interromper o inimigo enquanto ele estiver cometendo erros pode ser a diferença entre uma vitória efêmera e uma sabedoria duradoura. A verdadeira arte é saber quando calar, quando observar e, sobretudo, quando agir.

A Criança e a Liberdade!

A infância é uma fase da vida frequentemente associada à liberdade em suas mais puras expressões. Refletir sobre a relação entre infância e liberdade nos leva a considerar vários aspectos culturais, sociais e psicológicos que influenciam essa percepção. Primeiramente, a infância é um período onde a imaginação é desmedida; crianças têm a capacidade de transformar qualquer espaço em um mundo de aventuras. Essa liberdade de criar e explorar sem os limites impostos pela lógica adulta é um dos aspectos mais belos da infância. Brincar, por exemplo, não é apenas uma atividade recreativa, mas uma forma de expressão onde a criança pode ser quem quiser e fazer o que desejar dentro de um universo de possibilidades que ela mesma constrói. 

No entanto, essa liberdade infantil não é uniforme ou universal. Em muitos contextos, a liberdade das crianças é restringida por fatores externos como a segurança, a educação formal, e as expectativas sociais. Em áreas urbanas, por exemplo, o espaço para brincar livremente pode ser limitado, e a crescente preocupação com a segurança pode confinar as crianças a ambientes mais controlados, como playgrounds monitorados ou espaços internos. A educação também pode ser vista como uma dualidade: enquanto ela abre portas para o conhecimento e autonomia futura, pode também impor uma estrutura que limita a expressão espontânea.

Culturalmente, a percepção de liberdade na infância varia enormemente. Em algumas culturas, as crianças têm mais autonomia para explorar o ambiente ao seu redor, enquanto em outras, há uma supervisão constante que pode ser interpretada como proteção, mas também como uma restrição à liberdade. A interseção entre infância e liberdade, portanto, é também uma questão de equilíbrio entre proteção e autonomia. Psicologicamente, a liberdade na infância é crucial para o desenvolvimento de uma personalidade saudável. 

A oportunidade de fazer escolhas, mesmo pequenas, ajuda a construir uma sensação de controle sobre a própria vida, que é fundamental para a autoestima e a confiança. Contudo, essa liberdade deve ser acompanhada de orientação para que a criança aprenda a navegar entre responsabilidades, deveres e direitos, entre o "poder" de escolher e a necessidade de considerar os outros. Refletir sobre infância e liberdade, então, é reconhecer que a verdadeira liberdade infantil não é a ausência de regras, mas sim a presença de um ambiente onde a criança pode explorar, aprender e crescer de maneira segura e incentivadora. 

É um equilíbrio delicado entre permitir a descoberta e proteger o bem-estar, entre oferecer espaço para a autonomia e estabelecer limites que ajudam a moldar caráter e valores. Essa reflexão nos leva a questionar como podemos, como sociedade, promover uma infância que seja verdadeiramente livre, onde a inocência e a curiosidade natural das crianças são nutridas, mas com a responsabilidade de prepará-las para um mundo complexo, então deixem as crianças brincarem.

A Oração do Rosário: Um Caminho de Fé e Contemplação

O Rosário é uma das práticas mais queridas e profundas da tradição cristã, especialmente no catolicismo. Mais do que uma sequência repetitiva de orações, ele é um convite à meditação sobre os mistérios da vida de Jesus Cristo e de Maria, sua mãe. Composto por quatro conjuntos de mistérios Gozosos, Luminosos, Dolorosos e Gloriosos, o Rosário guia os fiéis por uma jornada espiritual que une a simplicidade da recitação à profundidade da contemplação.

 estrutura do Rosário é marcada pela repetição de orações como o "Pai Nosso", a "Ave Maria" e o "Glória ao Pai", entremeadas por dezenas que refletem eventos centrais da fé cristã, como a Anunciação, a Crucifixão e a Ressurreição. Essa cadência rítmica não é um fim em si mesma, mas um meio para aquietar a mente e abrir o coração ao mistério divino. São João Paulo II, em sua carta apostólica Rosarium Virginis Mariae (2002), descreveu o Rosário como uma "oração cristológica", pois, através de Maria, o fiel é levado a fixar os olhos em Cristo. 

Filosofica e espiritualmente, o Rosário também reflete a união entre o humano e o divino. Maria, enquanto mãe e intercessora, é o elo que conduz os orantes a seu Filho, ensinando humildade e entrega. Cada mistério meditado é uma janela para compreender virtudes como a esperança (nos Mistérios Gozosos), a caridade (nos Luminosos), o sacrifício (nos Dolorosos) e a vitória sobre a morte (nos Gloriosos). Assim, rezar o Rosário é um exercício de memória sagrada, que mantém viva a narrativa da salvação.Para muitos, o Rosário é também um refúgio em tempos de dificuldade. 

 simplicidade de suas palavras oferece consolo, enquanto os mistérios lembram que a vida, com suas alegrias e dores, encontra sentido na redenção. Não é raro ouvir relatos de fiéis que, com o terço nas mãos, enfrentaram crises pessoais ou buscaram força para perseverar. Essa prática milenar, recomendada por santos como Domingos de Gusmão e Luís de Montfort, permanece um tesouro espiritual que transcende gerações.

Rezar o Rosário, portanto, é mais do que cumprir um ritual: é entrar em comunhão com o plano de Deus, guiado pela voz materna de Maria. Em um mundo acelerado e distraído, ele oferece um momento de pausa, um respiro sagrado que renova a fé e reafirma a esperança. 

A Miséria e o Carnaval: O Espelho da Alma Brasileira!

No Brasil, o carnaval e a miséria dançam juntos, num paradoxo que define a essência de um povo se expectativa de futuro melhor. De um lado, a explosão de cores, batuques e fantasias que inundam as ruas como um grito de vida; de outro, a sombra persistente da pobreza, das favelas que se erguem como testemunhas mudas de um abandono secular. É como se o brasileiro, diante do espelho da sua realidade, escolhesse por alguns dias vesti-lo com lantejoulas, escondendo as rachaduras com purpurina e suor retrato do desespero. 

O carnaval não é apenas festa; é catarse. Para um povo que carrega nas costas o peso da desigualdade, da violência e da incerteza, esses dias de folia são um ato de imbecilidade coletiva. O brasileiro não ignora a miséria, ele a conhece de perto, convive com ela, às vezes a habita. Mas, no carnaval, ele a transforma. A lata vira tambor, o trapo vira fantasia, e o grito de desespero se converte em samba engodo fantasioso. É uma alquimia cultural que só quem vive entre extremos pode compreender: a capacidade de rir na cara da dor, de dançar sobre o chão rachado. Essa perspectiva, porém, revela uma dualidade amarga. 

Há quem diga que o carnaval é o "ópio do povo", uma distração que mascara os problemas e adia revoluções. Não é raro ouvir que, enquanto o bloco passa, a fome espera na esquina pois vale o agora. E há verdade nisso: a miséria não tira folga, e o fim da festa traz de volta o mesmo cenário de antes, muitas vezes sem que nada mude e pior aumenta a miséria. Mas reduzir o carnaval à escapismo é subestimar o brasileiro que entende que essa festa pagã apega a realidade em 3 dias apenas... Ele não foge; ele à encara com os dentes à mostra, transformando o que é lamento em celebração do desespero no embalo de uma trágica comédia que não condiz com o dia a dia.

Talvez seja essa a grande lição da alma brasileira: a resiliência de encontrar beleza onde ela parece impossível. O carnaval não apaga a miséria, mas a humaniza por míseros 3 dias, dá a ela um rosto, um ritmo, uma voz. É o pobre que samba, é o esquecido que desfila, é o marginal que, por um instante, toma o centro. E, nisso, há uma crítica implícita, uma ironia sutil que o brasileiro maneja com maestria: se a vida nos deu tão pouco, que pelo menos nos deixe dançar em vez de prosperar. Quando as cinzas da quarta-feira chegam, a miséria ainda está lá, intocada. 

Mas o brasileiro, com seu jeito único, já começa a contar os dias para o próximo carnaval num ciclo vicioso irracional. Não por ilusão, mas por necessidade. Porque, entre o peso da luta e a leveza da festa, ele escolhe, ou é forçado a escolher, viver mesmo que isso predomine, uma ironia sem fim. No Brasil, o carnaval e a miséria dançam juntos, num paradoxo que define a essência de um povo se expectativa de futuro melhor. De um lado, a explosão de cores, batuques e fantasias que inundam as ruas como um grito de vida; de outro, a sombra persistente da pobreza, das favelas que se erguem como testemunhas mudas de um abandono secular. 

É como se o brasileiro, diante do espelho da sua realidade, escolhesse por alguns dias vesti-lo com lantejoulas, escondendo as rachaduras com purpurina e suor retrato do desespero. O carnaval não é apenas festa; é catarse. Para um povo que carrega nas costas o peso da desigualdade, da violência e da incerteza, esses dias de folia são um ato de imbecilidade coletiva. O brasileiro não ignora a miséria, ele a conhece de perto, convive com ela, às vezes a habita. Mas, no carnaval, ele a transforma. A lata vira tambor, o trapo vira fantasia, e o grito de desespero se converte em samba engodo fantasioso. 

É uma alquimia cultural que só quem vive entre extremos pode compreender: a capacidade de rir na cara da dor, de dançar sobre o chão rachado. Essa perspectiva, porém, revela uma dualidade amarga. Há quem diga que o carnaval é o "ópio do povo", uma distração que mascara os problemas e adia revoluções. Não é raro ouvir que, enquanto o bloco passa, a fome espera na esquina pois vale o agora. E há verdade nisso: a miséria não tira folga, e o fim da festa traz de volta o mesmo cenário de antes, muitas vezes sem que nada mude e pior aumenta a miséria. 

Mas reduzir o carnaval à escapismo é subestimar o brasileiro que entende que essa festa pagã apega a realidade em 3 dias apenas... Ele não foge; ele à encara com os dentes à mostra, transformando o que é lamento em celebração do desespero no embalo de uma trágica comédia que não condiz com o dia a dia. Talvez seja essa a grande lição da alma brasileira: a resiliência de encontrar beleza onde ela parece impossível. O carnaval não apaga a miséria, mas a humaniza por míseros 3 dias, dá a ela um rosto, um ritmo, uma voz. 

É o pobre que samba, é o esquecido que desfila, é o marginal que, por um instante, toma o centro. E, nisso, há uma crítica implícita, uma ironia sutil que o brasileiro maneja com maestria: se a vida nos deu tão pouco, que pelo menos nos deixe dançar em vez de prosperar. Quando as cinzas da quarta-feira chegam, a miséria ainda está lá, intocada. Mas o brasileiro, com seu jeito único, já começa a contar os dias para o próximo carnaval num ciclo vicioso irracional. Não por ilusão, mas por necessidade. Porque, entre o peso da luta e a leveza da festa, ele escolhe, ou é forçado a escolher, viver mesmo que isso predomine, uma ironia sem fim.

Liberdade de Pensar: Um Pilar Essencial da Humanidade

A liberdade de pensar é um dos pilares fundamentais da vida humana, uma expressão inalienável da autonomia individual que permite o desenvolvimento do conhecimento, da criatividade e da evolução social. Este direito, que aparece frequentemente como sinônimo de liberdade de expressão, vai além da simples capacidade de verbalizar ideias; ele representa o direito intrínseco de cada pessoa a formar, nutrir e mudar suas próprias opiniões e crenças sem coerção ou repressão.

A Importância da Liberdade de Pensar
A história da humanidade é repleta de exemplos onde a liberdade de pensamento foi crucial para avanços significativos. Da Revolução Científica, com figuras como Galileu Galilei desafiando dogmas estabelecidos, até movimentos sociais que questionaram e reformaram sistemas injustos, a capacidade de pensar livremente tem sido um motor de progresso. Sem ela, a inovação, a arte, a filosofia e a ciência seriam severamente limitadas, confinadas aos limites do pensamento dominante ou autorizado.

Desafios à Liberdade de Pensar
No entanto, essa liberdade está constantemente sob ameaça. Censura, autoritarismo, e até mesmo a autocensura induzida pela sociedade ou pressão por conformidade podem suprimir a diversidade de pensamento. A era digital trouxe novos desafios, onde algoritmos podem criar câmaras de eco, limitando a exposição a diferentes perspectivas, ou onde a vigilância em massa pode inibir a expressão de ideias dissidentes.

A Liberdade de Pensar na Prática
Promover a liberdade de pensar envolve mais do que garantir que as pessoas possam expressar suas ideias sem medo de retaliação. Envolve educação para o pensamento crítico, a criação de espaços onde o diálogo e o debate são encorajados, e a defesa de um ambiente onde a diversidade de opiniões é vista como uma riqueza e não como uma ameaça. É também sobre reconhecer que com esta liberdade vem a responsabilidade de ouvir e considerar outras visões, mesmo quando discordamos delas.

Conclusão
A liberdade de pensar não é apenas um direito individual; é um bem coletivo que sustenta a democracia, a ciência, a arte e a moralidade. Sem ela, corremos o risco de uma sociedade estagnada, onde o medo e a conformidade substituem a curiosidade e a inovação. Proteger e promover a liberdade de pensar é, portanto, não só um ato de defesa contra a opressão, mas também um ato de fé na capacidade humana de melhorar a si mesma e ao mundo ao seu redor. 

Brasil em Busca de Si Mesmo: Um Retrato do Momento Político Atual!

No atual cenário político brasileiro, vivemos um tempo de contrastes e incertezas, onde esperança e frustração se entrelaçam como as fibras de uma rede de pesca ao amanhecer. Estamos no meio do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, um período que deveria ser de consolidação e avanço, mas que tem se mostrado, para muitos, uma jornada de altos, com ênfase baixos, entre promessas e desilusões. A promessa de união e prosperidade que marcou a campanha eleitoral de Lula deu lugar a um ambiente de turbulências econômicas e políticas. 

O discurso de reconstrução do país encontra-se ofuscado por um déficit recorde nas contas públicas, prejuízos bilionários em estatais e uma inflação que insiste em se manter acima do teto desejado. A realidade econômica pesa sobre os ombros de uma população que já sente o desgaste de dois anos de instabilidade. A sensação é de que o Brasil, ao invés de avançar, está preso em um ciclo de erros e incorreções, onde cada passo à frente parece ser seguido o mesmo modelo pelos governos petistas lá atrás. 

No cenário político, o governo de Lula tem sido marcado por uma tentativa contínua de equilibrar a necessidade de governar com a pressão de uma oposição que não se cansa de apontar falhas e exigir mudanças. O presidente tem recorrido frequentemente ao espantalho da extrema direita para justificar suas ações, criando um cenário onde o debate político se transforma em uma batalha de narrativas, onde a verdade muitas vezes se perde nas trincheiras do discurso inócuo. A política brasileira parece ter se tornado um espetáculo de acusações e justificativas, onde a governabilidade é constantemente ameaçada por crises internas e externas criadas dentro do proprio governo. 

A participação do Legislativo e do Judiciário nesse contexto não pode ser ignorada. O Congresso Nacional tem mostrado uma capacidade surpreendente de conceder ao Executivo o que ele necessita, desde que tenha uma contrapartida, mas ao mesmo tempo, a relação entre os poderes tem sido marcada por tensões e desconfianças. O Supremo Tribunal Federal, por outro lado, vê sua credibilidade em queda livre, sendo acusado de corporativismo, ativismo e partidarismo, enquanto tenta se posicionar como guardião da democracia e da civilidade no país. 

Nas ruas, a população brasileira vive uma dicotomia entre o desejo por mudança e a inércia de um sistema que parece resistir ao progresso arraigado no atraso. As eleições municipais recentes refletiram um descontentamento com a esquerda, mas também uma capacidade da direita em capitalizar essa insatisfação, mantendo o país com esperança num político onde todos esperam por um líder que possa realmente unir e direcionar o Brasil para um futuro melhor em vez de juntar forças e lutarem. 

A crônica do momento político brasileiro é, portanto, uma narrativa de um país à procura de si mesmo, de uma identidade que se perdeu entre as promessas não cumpridas e as realidades duras de uma nação que ainda busca seu lugar no mundo. É um tempo de reflexão, onde cada cidadão, em sua câmara de eco pessoal, deve decidir, se o caminho a seguir é o da continuidade ou da ruptura, da esperança ou do ceticismo a escolha é de cada um. (Igidio Garra®)

O Peso da Autoridade

Era uma manhã cinzenta em uma cidade qualquer, onde o céu parecia refletir a opacidade da justiça. Nas ruas, as pessoas caminhavam apressadas, sem tempo para notar a história que se desenrolava no coração da cidade, naquele prédio imponente de fachada marmorizada. Dentro desse edifício, em um escritório amplo com vista para o horizonte, sentava-se um homem de terno impecável, cujo olhar demonstrava uma mistura de poder e indiferença. Era o Sr. AM, um alto funcionário governamental, conhecido por sua influência e, por muitos, temido. 

A crônica de hoje não é sobre um herói ou um vilão, mas sobre o abuso de poder, um fenômeno tão antigo quanto a própria sociedade. O Sr. AM, com sua autoridade, tinha o poder de transformar vidas, tanto para o bem quanto para o mal. E foi nesse dia que ele escolheu o segundo caminho. Na sala ao lado, uma mulher esperava, com documentos na mão, tremendo não de frio, mas de medo. Ela era Sra. LL, uma mãe que lutava por justiça para seu filho, vítima de uma injustiça que apenas o poder do Sr. AM poderia corrigir. Mas ele sabia disso, e aí residia o cerne do problema: o abuso. O Sr. AM poderia facilmente resolver a questão com uma simples assinatura, mas ele preferiu usar essa dependência para alimentar seu ego, para sentir o poder que tinha sobre a vida de alguém. 

Ele prolongou a espera, fez exigências absurdas, tudo para mostrar quem realmente mandava. A crônica de abuso de poder é, infelizmente, comum em muitos contextos. No trabalho, onde chefes usam sua posição para intimidar e controlar; no judiciário, na política, onde líderes manipulam leis e pessoas para se manterem no poder; na educação, onde professores podem decidir o futuro de um aluno com base em caprichos pessoais. Cada ato de abuso é um golpe na estrutura da moralidade e da justiça. 

É como se cada decisão arbitrária de quem detém o poder fosse um tijolo a mais na construção de uma muralha que separa os poderosos dos vulneráveis. Mas há esperança. A crônica não termina com a vitória do abuso. Naquela tarde, a Sra. LL, com a coragem de quem já não tinha mais nada a perder, denunciou o comportamento do Sr. AM. Sua voz, inicialmente um sussurro, começou a ecoar pelas redes sociais, pelos jornais, pelos corredores do poder. O abuso, uma vez exposto à luz, perde sua força.

O fim desta crônica não é um desfecho definitivo, mas um lembrete: o poder deve ser exercido com responsabilidade. E quando o abuso se instala, cabe a cada cidadão, cada Sra. LL, cada um de nós, usar nossa própria voz para restaurar o equilíbrio. Porque o verdadeiro poder reside na justiça, na equidade e na compaixão, não na opressão. (Igidio Garra®) 

A Faca de Dois Gumes do Ativismo Judicial

No Brasil, o ativismo judicial tem sido um tema de debate intenso e polarizado. Vamos imaginar, então, uma crônica que ilustra alguns dos malefícios percebidos por críticos desse fenômeno: Era uma manhã ensolarada de inverno em Brasília, e o Supremo Tribunal Federal estava em sessão. Dentro do salão, advogados, juízes e jornalistas se debruçavam sobre um caso que poderia mudar o curso da política nacional. A discussão girava em torno de uma lei recentemente aprovada pelo Congresso, que limitava os gastos públicos. 

No entanto, um grupo de ONGs e cidadãos argumentavam que essa lei violava direitos constitucionais fundamentais. O Ministro Relator, conhecido por suas decisões progressistas, parecia inclinado a intervir. "A legislação é clara, mas os direitos sociais estão em jogo", disse ele, com sua voz ecoando pelo plenário. E assim, com um único voto, uma lei aprovada por representantes eleitos foi suspensa, adiando de forma indefinida a implementação de uma política econômica cuidadosamente planejada. 

Fora do tribunal, o povo sentia os efeitos. Mariapovueda, uma comerciante do Distrito Federal, via seus impostos subirem sem que houvesse um controle efetivo dos gastos. "Como posso confiar em um sistema onde as decisões dos eleitos podem ser anuladas por um punhado de juízes?", ou até mesmo por um apenas, questionava-se, enquanto fechava a loja mais cedo por falta de clientes. O ativismo judicial, para muitos, parecia uma faca de dois gumes. Por um lado, oferecia proteção a direitos que poderiam ser negligenciados. 

Por outro, enfraquecia a democracia representativa. Políticas públicas, fruto de longos debates entre partidos, eram desfeitas com a canetada de um magistrado, sem que houvesse um diálogo amplo com a sociedade. Na academia, o debate fervia. Professores de Direito discutiam o equilíbrio entre poderes. "O Judiciário não pode ser um legislador", argumentava um professor. "Quando o faz, ele invade a esfera do Legislativo, desequilibrando a harmonia entre os poderes", completava. 

Enquanto isso, nas ruas, a sensação de impotência crescia. Jovens, que deveriam estar preocupados com o futuro do país, viam suas esperanças frustradas por decisões que pareciam mais refletir as visões pessoais de alguns juízes do que a vontade coletiva, ou mesmo na constituição. A noite caiu, e o Brasil continuava a debater o papel do Judiciário. O ativismo judicial, embora bem-intencionado em muitos casos, trazia consigo o risco de um governo de juízes, (juristocrácia) onde a soberania popular poderia ser relegada a segundo plano, e a complexidade das questões públicas, resolvida por decisões que não passavam pelo escrutínio democrático representativo. 

Essa crônica não pretende ser uma crítica unilateral, e não é, mas sim uma reflexão sobre as possíveis consequências negativas do ativismo judicial, que, como qualquer ferramenta, pode ser usada de maneiras que desafiam o equilíbrio do Estado Democrático de Direito. (Igidio Garra®)

Renovação de Amizade

A amizade é uma das joias mais preciosas que podemos encontrar na vida. Como qualquer coisa valiosa, ela requer cuidado, atenção e, às vezes, renovação. O tempo pode trazer mudanças, distâncias, e novas prioridades, mas isso não significa que o vínculo da amizade precise se desgastar ou perder seu brilho. Renovar uma amizade começa com a disposição de ambos os lados para reacender a chama que uma vez uniu. 

Pode começar com um simples "como você está?" ou um convite para um café, um gesto que demonstra que você ainda se importa, mesmo que o tempo tenha passado. É importante lembrar que cada pessoa pode ter vivido experiências diferentes durante o tempo afastado, tornando o encontro uma oportunidade para conhecer novas versões de si mesmos e do outro. Para uma renovação verdadeira, é essencial haver sinceridade e abertura.

Compartilhar sentimentos, reconhecer erros, pedir desculpas se necessário e, acima de tudo, perdoar, são passos fundamentais. A amizade renovada não é sobre voltar ao que era, mas sim construir algo novo com base na história compartilhada, aprendendo com o passado para enriquecer o presente. A tecnologia pode ser uma aliada nesse processo, permitindo que a distância física não seja uma barreira intransponível. 

Ligações de vídeo, mensagens, e redes sociais podem manter a conexão viva, mas nada substitui o valor de um encontro pessoal, onde podemos ver o brilho nos olhos do outro, sentir a energia do abraço e ouvir o riso genuíno. Renovar uma amizade também significa aceitar que as pessoas mudam. É preciso estar disposto a conhecer essa nova pessoa, respeitar suas novas perspectivas e interesses, e encontrar novos pontos de conexão. 

Esse processo pode trazer à tona lembranças antigas e ao mesmo tempo criar novas memórias, fortalecendo o vínculo de uma maneira que talvez nunca tenha sido antes. No fim, a renovação de uma amizade é um ato de amor e de fé no valor do relacionamento. 

É uma celebração da resiliência do coração humano e da capacidade de recomeçar, de criar novos capítulos em uma história que já foi escrita com carinho e companheirismo. Como o ano novo que se aproxima, que a renovação de amizades nos lembre que sempre há uma nova chance para o amor e a conexão humana. (Igidio Garra®) 

Forja de Caráter: Homens Fortes em Tempos Difíceis!

Em tempos difíceis, surgem homens fortes. A adversidade tem o poder de revelar a verdadeira essência das pessoas, forjando caráter e resiliência onde antes havia apenas potencial. Quando as tempestades da vida se abatem sobre nós, seja na forma de crises econômicas, guerras, desastres naturais ou pandemias, é nos momentos mais sombrios que a força da luz humana brilha com mais intensidade. 

Os tempos difíceis exigem sacrifícios, decisões difíceis e uma coragem que não se manifesta em dias de paz e prosperidade. É nesses períodos que vemos histórias de heroísmo e liderança emergirem, não apenas dos líderes mundiais, mas também de pessoas comuns que se tornam faróis de esperança e solidariedade. Eles mostram que a força não está apenas na musculatura física, mas na determinação do espírito, na capacidade de suportar os infortúnios e de continuar lutando quando tudo parece perdido. 

Homens fortes, neste contexto, não se definem apenas pela ausência de medo, mas pela habilidade de enfrentá-lo e usá-lo como combustível para a mudanças. Eles são aqueles que, em meio ao caos, constroem pontes de empatia e cooperação, que encontram soluções onde outros veem apenas problemas, que se erguem para ajudar os caídos, mesmo quando eles mesmos estão feridos. A história está repleta de exemplos desses homens e mulheres que, em épocas de escuridão, se tornaram pilares de luz. 

Eles não são perfeitos; carregam suas próprias dores e dúvidas, mas encontram a força para continuar, para inspirar e para transformar. A resistência que eles mostram não é apenas por si mesmos, mas por uma comunidade, por um futuro melhor que eles vislumbram mesmo em meio às cinzas do presente. Portanto, em tempos difíceis, homens fortes não são apenas aqueles que sobrevivem, mas aqueles que constroem, que lideram com compaixão, que transformam a dor em propósito. 

Eles nos lembram que a verdadeira força humana é coletiva, que a coragem é contagiosa e que, juntos, podemos superar qualquer tempestade. Em tempos difíceis, homens fortes são o testemunho de que, mesmo nas horas mais sombrias, há sempre um amanhecer esperando por aqueles que têm a coragem de lutar por ele. (Igidio Garra) 

A Canção da Pampa Gaúcha!

No coração do Rio Grande do Sul, onde o céu se estende como uma manta azul infinita e o horizonte parece não ter fim, há um lugar onde o tempo tem o ritmo das estações e o vento sopra histórias ancestrais. Esse lugar é a Pampa gaúcha, uma terra de contrastes, de tradições e de uma paisagem que fala ao coração de quem a conhece. Ao amanhecer, o sol desponta sobre o campo, pintando de ouro os pastos onde o gado pastava desde tempos imemoriais. O ar fresco traz o cheiro da terra molhada pela chuva da noite anterior, misturando-se ao aroma do café que começa na cozinha e para o mate em uma cuia de prata, água aquecida pelo fogo de um braseiro improvisado. 

É o início de mais um dia na pampa, onde os gaúchos, com suas bombachas e chapéus de aba larga, botas e esporas, saem a cavalo para cuidar das lidas do campo. A vida aqui é simples, mas cheia de significados. Cada cavalgada é uma celebração da liberdade, cada chimarrão compartilhado é um laço de amizade e cada fogo de chão é um convite ao companheirismo. As histórias contadas ao redor do fogo são como as estrelas no céu da pampa, numerosas e brilhantes, cada uma com seu próprio brilho e mistério. Histórias de coragem, de amor, de perdas e de encontros, todas tecidas no tecido da tradição gaúcha. 

A pampa não é apenas uma extensão de terra; é um sentimento, um modo de viver. Aqui, o trabalho é duro, mas há uma beleza na simplicidade das tarefas diárias, na arte de laçar um novilho, na habilidade de domar um cavalo ou na paciência de esperar pelo crescimento das pastagens. A música da pampa é a do vento nas coxilhas, a do chocalho do gado ao longe, a dos violões, acordeões e pandeiros nas noites de fandango. Mas a pampa também é testemunha de mudanças. As estâncias antigas dão lugar a novas formas de agricultura, a tecnologia se insinua nas tradições, e a cultura gaúcha se adapta, preservando seu núcleo enquanto se abre ao mundo. 

Ainda assim, o coração da pampa permanece o mesmo generoso, acolhedor, sempre pronto para uma boa história ou para compartilhar um mate. No fim do dia, quando o sol se põe, pintando o céu com cores de fogo e violeta, e o silêncio do campo toma conta, há um sentimento de paz que só a pampa oferece. É aqui que o gaúcho entende o que significa pertencer a um lugar, sentir-se parte de algo maior, algo que transcende o tempo e que ecoa através das gerações. 

A pampa gaúcha, com seu vasto céu, suas coxilhas e seus campos, não é apenas um cenário; é uma canção, uma história viva que continua sendo escrita por aqueles que amam e respeitam esta terra. E assim, dia após dia, a pampa continua a cantar sua canção, uma melodia de vida, tradição e liberdade, ecoando para sempre nos corações dos gaúchos até os confins da eternidade. (Igidio Garra®)

Grandeza na Simplicidade dos Pequenos Atos!

Num mundo onde a ostentação e o exibicionismo muitas vezes dominam as interações humanas, é fácil perder de vista o que realmente importa. A verdadeira essência do valor humano não reside em grandes feitos ou em demonstrações de riqueza e poder, mas sim na simplicidade dos atos cotidianos. A simplicidade de um sorriso genuíno, de uma palavra de conforto, de um gesto de ajuda sem alarde, esses são os verdadeiros tesouros da humanidade. São esses pequenos atos que tecem o tecido da nossa sociedade, criando uma rede de apoio e carinho que sustenta-nos nas horas de necessidade. Pense em alguém que tu admiras. 

Muitas vezes, essa pessoa não é necessariamente aquela que possui mais, ou que alcançou os maiores sucessos profissionais, mas sim aquela que sempre tem um ouvido atento, um ombro amigo, ou um prato de comida para quem passa necessidade. Esses são os atos que marcam a alma, que revelam o caráter e a nobreza de espírito. A simplicidade também se manifesta na humildade, na disposição de aprender e no reconhecimento de que todos temos algo a oferecer e algo a aprender. A grandeza não está em ser o mais sábio, mas em ser aquele que sabe ouvir e aprender com os outros mais sábios. 

Em um contexto onde a tecnologia e a modernidade nos empurram para uma vida de correria e superficialidade, voltar-se para a simplicidade dos atos é um ato de resistência. É uma afirmação de que, apesar das complexidades do mundo moderno, os valores humanos fundamentais como bondade, generosidade, e empatia continuam a ser a fundação sobre a qual devemos construir nossas vidas. Portanto, o verdadeiro valor das pessoas não é medido por conquistas materiais ou por quantos seguidores têm nas redes sociais, mas pela autenticidade e pela gentileza que permeiam seus atos diários. 

É na simplicidade desses gestos que encontramos a mais pura expressão da humanidade, onde cada ação, por menor que seja, pode mudar o mundo de alguém. É nesse espírito que devemos viver, sempre lembrando que a grandeza está nos detalhes, naquele olhar, naquela mão estendida, naquele momento de genuína conexão humana. (Igidio Garra®)

Receptividade: A Arte de Abrir Portas e Corações!

Em uma manhã fresca de outono, enquanto as folhas douradas caíam lentamente sobre as calçadas de uma pequena cidade no interior do Brasil, eu observava a vida cotidiana se desenrolar. Havia algo especial naquele dia, uma sensação de que a comunidade estava mais unida, mais acolhedora. A receptividade parecia fluir no ar como o perfume das flores recém desabrochadas. Receptividade, essa palavra tão simples, mas de significado profundo. É a arte de abrir não apenas as portas de nossas casas, mas também os corações. 

É o ato de dar boas-vindas ao outro, seja ele quem for, com um sorriso genuíno e um olhar de compreensão. Naquela manhã, vi Dona Maria, a padeira da esquina, oferecendo um pãozinho fresco a um desconhecido que parecia perdido. Com um sorriso, ela não só oferecia alimento, mas também um sentido de pertencimento. A receptividade é como um abraço invisível que envolve a alma. Em um mundo onde muitas vezes nos sentimos isolados pela tecnologia ou pelas nossas próprias preocupações, a capacidade de acolher é um bálsamo para a solidão. Pensei em João, o garoto novo da escola, que chegou tímido e inseguro. 

Mas, graças à receptividade dos colegas, ele encontrou um lugar onde se sentir à vontade, onde sua voz podia ser ouvida. No entanto, receptividade não é apenas sobre o primeiro encontro ou sobre a primeira impressão. É um processo contínuo, uma prática diária de abrir espaço para o outro. É ouvir sem julgar, é entender sem querer mudar. É, acima de tudo, uma expressão de empatia. Quando caminhava eu pela praça, vi o velho Sr. Antônio, sempre sentado no mesmo banco, conversando com jovens e idosos, trocando histórias e risadas. 

Ele não tinha muito a oferecer em termos materiais, mas a sua capacidade de ouvir, de realmente se interessar pelo bem estar das pessoas ao seu redor, era um tesouro inestimável. Mas, como em toda arte, a receptividade tem seus desafios. Exige paciência, compreensão e, muitas vezes, coragem para enfrentar o desconhecido. Em um mundo onde o preconceito ainda encontra terreno fértil, ser receptivo é um ato de resistência. É dizer "não" à exclusão e "sim" à diversidade. É reconhecer que cada pessoa traz consigo uma história única, uma cor diferente ao mosaico da vida, sem impor nada. 

Ao final daquele dia, enquanto o sol se punha pintando o céu de tons alaranjados, eu refleti sobre o que havia presenciado e aprendido. Na receptividade, percebi, é mais do que um gesto; é uma filosofia de vida. É a chave que destranca portas e corações, permitindo que a humanidade se encontre, se reconheça e, por fim, celebre a convivência em uma sociedade que muitas vezes se esquece do valor do outro. A receptividade é, sem dúvida, um farol de esperança, mostrando que, apesar de tudo, ainda há espaço para a gentileza e companheirismo. (Igidio Garra®)

Falta de Esperança

A falta de esperança é um sentimento que pode se insinuar silenciosamente na alma, como uma névoa que se espalha ao amanhecer, obscurecendo a visão do que poderia ser um novo dia luminoso. É um peso que não apenas afeta o coração, mas também a mente, distorcendo a percepção da realidade até que tudo pareça envolto em uma escuridão sem fim. Quando a esperança desvanece, o mundo perde suas cores vibrantes, transformando-se numa paisagem em tons de cinza. As metas e sonhos que antes nos impulsionavam parecem distantes, inalcançáveis, como estrelas que se apagaram no vasto céu noturno. 

Cada dia se torna uma luta contra a inércia, onde cada passo em frente exige um esforço sobre-humano, e a pergunta "por que continuar?" ecoa com uma ressonância dolorosa. Essa ausência de esperança pode surgir de vários cantos da vida: da perda de um ente querido, do fracasso repetido, da injustiça social, ou simplesmente da sensação de que o mundo está girando em uma direção que não podemos, ou não queremos, seguir. Em meio à crise, à doença, ou ao desemprego, a esperança pode parecer um luxo que não podemos mais nos permitir. No entanto, a falta de esperança não é um estado final; é um ponto de partida para uma jornada de redescoberta. 

É aqui que reside a dualidade da condição humana: mesmo nos momentos mais sombrios, há uma chama que teima em não se apagar completamente. A luta contra a desesperança é, em si, uma manifestação da vontade de viver, de buscar novamente o sentido e a luz. A história humana é repleta de exemplos de renascimento após a desilusão. Comunidades inteiras que se ergueram após tragédias, indivíduos que encontraram força onde pensavam não haver mais nenhuma. A esperança não é algo que se encontra no exterior; ela é cultivada dentro de nós, mesmo que a semente pareça seca e morta no solo árido da nossa alma. 

Portanto, a falta de esperança serve como um lembrete pungente da nossa humanidade, da nossa capacidade de sentir profundamente e também de nos curar. É um chamado para olharmos dentro de nós mesmos, para buscarmos conexões, para reavaliarmos o que realmente importa. E, acima de tudo, é um convite para acender novamente aquela chama, reconhecendo que, mesmo que a esperança se vá, ela pode e deve retornar, porque, no fim das contas, a capacidade de esperar é uma das mais profundas expressões do ser humano. (Igidio Garra®) 

Determinação: A Força Impulsionadora para o Sucesso!

A determinação é uma das qualidades humanas mais poderosas e transformadoras. Ela é a chama que mantém acesa a esperança e a perseverança, mesmo diante dos maiores desafios e adversidades. Quando falamos em determinação, estamos falando sobre a capacidade de manter o foco nos objetivos, independentemente das dificuldades que possam surgir pelo caminho. Essa força interior não se manifesta apenas nas grandes conquistas ou nos momentos de glória, mas principalmente nos pequenos atos diários.

É a determinação que faz alguém acordar cedo para estudar, mesmo depois de uma noite de sono ruim, que leva um empreendedor a tentar novamente após uma falência, ou que faz um atleta continuar treinando quando todos os outros já desistiram. Determinação é sinônimo de resiliência. Ela ensina a cair e a levantar-se mais forte, a aprender com os erros e a não se deixar abater pelas derrotas. É essa qualidade que diferencia os perdedores dos realizadores, aqueles que têm visão de futuro e aqueles que transformam essa visão em realidade.

Além disso, a determinação é contagiosa. Quando vemos alguém demonstrar essa qualidade em sua jornada, seja no esporte, na arte, na ciência ou na vida pessoal e profissional, somos inspirados a buscar a nossa própria força interior. Ela cria uma corrente de motivação e apoio mútuo, onde cada passo dado por um é um empurrão para o outro. No entanto, a determinação não é apenas sobre força bruta ou teimosia. Ela envolve estratégia, paciência e, muitas vezes, adaptabilidade. Determinação significa saber quando e como ajustar o curso, aprender novas habilidades ou buscar alternativas e ajuda quando necessário, sem perder de vista o objetivo final. 

Em um mundo cheio de distrações e desafios, a determinação é o que nos mantém no caminho certo. Ela é a bússola que nos guia através das tempestades da vida, lembrando-nos de que cada esforço conta, cada pequeno passo é um avanço e que, no final, é a persistência que constrói o legado. Portanto, valorizar e cultivar a determinação é essencial. Ela é o combustível para alcançar não apenas o sucesso, mas também para viver uma vida plena de positividade, onde cada desafio superado, é uma prova de nossa capacidade de crescer, aprender e transformar. (Igidio Garra®)

Os Valores da Obediência!

A obediência é um valor frequentemente subestimado, mas que desempenha um papel crucial em várias esferas da vida social, pessoal e profissional. Em primeiro lugar, a obediência promove a ordem e a harmonia. Em ambientes como escolas, empresas e até mesmo em casa, seguir regras e orientações estabelecidas cria um ambiente mais previsível e seguro, onde todos sabem o que é esperado de si e dos outros. 

Além disso, a obediência é fundamental para o aprendizado. Quando crianças e estudantes obedecem às instruções de professores e pais, eles se abrem para novas experiências e conhecimentos. Esse respeito à autoridade educativa é a base para o desenvolvimento de habilidades e valores que perduram por toda a vida. Outro aspecto importante é o respeito às leis e normas sociais. A obediência às leis garante a justiça e a proteção dos direitos individuais e coletivos.

Sem ela, a sociedade corre o risco de cair no caos, onde os mais fortes ou mais audazes podem se sobressair indevidamente. No contexto do trabalho, a obediência às diretrizes da empresa ou equipe pode levar a uma maior eficiência e sucesso coletivo. Quando todos seguem um plano ou estratégia estabelecida, o trabalho em equipe se torna mais eficaz, resultando em melhores resultados para todos os envolvidos. 

No entanto, é essencial equilibrar a obediência com o senso crítico. A obediência cega pode levar a abusos de poder ou à perpetuação de injustiças. Portanto, deve-se obedecer não apenas por obrigação, mas também com entendimento e consciência, questionando quando necessário para garantir que os valores mais elevados de ética, justiça e humanidade sejam preservados. 

Em resumo, a obediência, quando praticada com discernimento e sabedoria, promove a ordem, a aprendizagem, a segurança e o bem-estar social. É um valor que, se bem compreendido e aplicado, pode trazer benefícios significativos para indivíduos e comunidades no âmbito da sociedade em que vivemos. (Igidio Garra®) 

Crônica "Do Ser Positivo"

Numa manhã de segunda-feira, o céu estava cinza, o trânsito de Porto Alegre, estava caótico como sempre, e eu estava atrasado para o trabalho. Meu café da manhã tinha sido um fiasco, e o humor não estava dos melhores. Mas, ao entrar no metrô, algo inesperado aconteceu. Uma senhora idosa, com um sorriso que parecia desafiar a nevoa do dia, sentou-se ao meu lado. Ela puxou conversa, e logo percebi que era uma dessas pessoas que carregam o sol dentro de si. 

Contou-me sobre seu dia a dia, sobre as pequenas alegrias que havia encontrado até então: o cheiro do pão fresco na padaria, o bom-dia caloroso do porteiro do prédio, o som da chuva que ela achava tão relaxante. "Ser positivo", ela disse, "não é ignorar os problemas ou fingir que tudo é perfeito. É escolher ver o lado bom mesmo quando o céu parece cair." Essa frase ficou ecoando na minha mente durante todo o dia. E percebi que ser positivo é, na verdade, uma arte. É olhar para o trânsito e ver uma oportunidade para ouvir um podcast interessante ou para refletir sobre a vida. 

É enxergar na demora do metrô uma chance de ler aquele livro que estava na mochila há meses. Ser positivo é também entender que dias ruins são inevitáveis, mas que cada um deles traz uma lição ou uma oportunidade disfarçada. É reconhecer que não podemos controlar tudo ao nosso redor, mas temos pleno controle sobre nossa reação a essas situações. A senhora do metrô me ensinou que ser positivo é um ato de resistência, de resiliência. 

É decidir, diariamente, construir pontes de otimismo mesmo em meio a tempestades. É ver, no colega de trabalho que sempre reclama, uma pessoa que talvez esteja precisando de um pouco de compreensão, de um sorriso, de uma palavra amiga. No fim do dia, ao voltar para casa, o céu já não estava mais tão cinza. E eu não estava mais atrasado, estava apenas vivendo o meu tempo. 

Aprendi que ser positivo não é um estado constante, mas uma escolha constante. Uma escolha de ver a beleza no caos, de encontrar paz em meio ao turbilhão, de ser uma fonte de luz quando tudo ao redor parece escuro. E assim, com essa nova perspectiva, prometi a mim mesmo que seria um pouco mais como aquela senhora do metrô: um farol de positividade, não porque a vida é perfeita, mas porque cada momento, mesmo o mais difícil, tem algo de bom a oferecer e ensinar. (Igidio Garra®). 

O Asno e a Sabedoria (metáfora)

Havia um asno no campo verde. Que todos chamavam de burro sem ver. Mas, oh, que engano! Que grande erro! O asno não é burro, quem é burro é quem o chama assim, sem perceber. Ele anda lento, para não se cansar, pois é sábio e sereno, observa o mundo com olhos seletos. Enquanto os humanos correm em muitas direções. O asno reflete, medita e se protege dos seus defeitos. 

Quando o sol brilha, ele encontra a sombra, quando chove ele sabe onde tem abrigo, Não é burrice, é pura inteligência, quem o subestima, é quem não consegue o entender. O asno não precisa provar seu valor. Ele vive em paz, sem se importar com a opinião alheia. Burro é quem não vê a simplicidade da vida que o asno leva com toda a sua maestria. Então, da próxima vez que tu vires um asno, pense duas vezes antes de julgar, como burro. Pois quem realmente é burro, quem não o entende é quem não vê a sabedoria que o asno carrega, sem precisar se explicar.

E assim o asno seguia, com seu passo firme e tranquilo, atravessando os dias como quem conhece o ritmo secreto do tempo. Não se apressava para agradar, nem se curvava aos gritos de quem exigia mais. Enquanto os homens se afogavam em ambições, correndo atrás de glórias que escorriam como areia entre os dedos, o asno mastigava a erva fresca, satisfeito com o que o campo lhe oferecia. Sua riqueza não estava em acumular, mas em saber o suficiente: o bastante para viver, o necessário para estar em paz.

Certa vez, um viajante apressado cruzou o campo, carregado de malas e planos. Viu o asno sob a sombra de um carvalho, os olhos meio fechados, como se sonhasse acordado. "Criatura preguiçosa!", exclamou o homem, rindo com desdém. "Por que não corre, não trabalha, não busca algo maior?" O asno ergueu o focinho, deu-lhe um olhar sereno e voltou a pastar, como se a pergunta não merecesse resposta. O viajante, irritado com o silêncio, seguiu seu caminho, tropeçando nas próprias pressas, enquanto o asno, imperturbável, continuou sua dança lenta com a vida.

Dias depois, conta-se que o mesmo viajante voltou ao campo, agora exausto, as malas rasgadas, o rosto marcado pelo peso de tantas corridas vãs. Sentou-se sob o mesmo carvalho, onde o asno ainda estava, fiel à sua sombra. O homem, então, observou melhor. Viu como o asno escolhia o capim com cuidado, como seus olhos captavam o voo de uma borboleta, como seu corpo parecia em harmonia com o vento que soprava suave. E, pela primeira vez, o viajante se perguntou: "E se o burro não for ele, mas eu? Eu, que corro sem saber para onde, que busco sem saber o quê?"

O asno não precisava de palavras para ensinar. Sua lição era sua própria existência: a sabedoria de quem não se deixa prender pelas correntes do orgulho ou da pressa. Ele não competia, não se comparava, não se justificava. E, no entanto, ali estava, inteiro, em paz, enquanto o mundo ao seu redor se perdia em suas próprias armadilhas.

E assim, o campo verde seguia sendo o palco do asno, um mestre disfarçado de simplicidade. Quem passava por ele podia escolher: rir e chamá-lo de burro, ou parar, olhar com atenção e descobrir que, na verdade, o asno era um espelho. Um espelho que refletia, com paciência infinita, a verdade que poucos ousavam enxergar: a de que a vida, em sua essência, pede apenas que saibamos ser, sem nos perdermos em que os outros acham que devemos ser. 

Diversão em Tempos de Simplicidade!

Era uma tarde de domingo em uma pequena cidade do interior do Brasil. O sol brilhava no céu, mas o calor não era o suficiente para manter as crianças dentro de casa. Em um quintal cheio de árvores frutíferas e um terreno de terra batida, um grupo de amigos se reunia para uma diversão que não dependia de telas ou eletrônicos. Lá estavam eles, os jovens da vizinhança, com suas ideias simples e criativas. 

O jogo da vez era "esconde-esconde", mas não o esconde-esconde qualquer. Este era o "esconde-esconde das sombras", onde o objetivo era se esconder de tal forma que até a sombra do jogador ficasse fora de vista. As risadas ecoavam pelo quintal enquanto cada um procurava o esconderijo perfeito, entre os galhos das árvores ou atrás do velho tanque de lavar roupa. A diversão não parava por aí. 

Quando o sol começava a se esconder, dando lugar ao crepúsculo, o quintal se transformava em um campo de batalha para o "pique-pega". As crianças corriam de um lado para o outro, tentando escapar das mãos do "pegador", cuja missão era capturar todos antes que a noite chegasse completamente. Cada toque, cada grito de "peguei!" era seguido de uma explosão de alegria e, às vezes, de um leve resmungo do capturado. 

O tempo passava de maneira diferente ali. Não havia relógios digitais ou notificações de celular para interromper o fluxo da diversão. O único sinal de que o tempo corria era a mudança do tom do céu, de azul para laranja, e depois para um azul escuro estrelado. Era quando as mães começavam a chamar, a voz ecoando pela vizinhança, trazendo os filhos de volta para casa para o jantar. Naquele quintal, a diversão era feita de momentos simples, de brincadeiras que passavam de geração em geração, sem precisar de muito além da imaginação e da companhia uns dos outros. 

Aqui, a diversão não era medida por likes ou compartilhamentos, mas pelo cansaço das pernas, pelas risadas que ainda ecoavam na memória e pelo descanso merecido após um dia de pura alegria. E assim, enquanto as estrelas começavam a piscar no céu, as crianças voltavam para suas casas, já planejando a próxima aventura para o dia seguinte. Porque na simplicidade da infância, a verdadeira diversão é encontrar prazer na companhia, no movimento, na invenção de um mundo onde o maior prêmio é o próprio momento de brincar. (Igidio Garra®)

A Força da União!

A união é um conceito fundamental que transcende culturas, gerações e fronteiras, promovendo a coesão social e o desenvolvimento coletivo. Em um mundo cada vez mais interconectado, mas também polarizado, a união se apresenta como uma ferramenta poderosa para enfrentar desafios comuns, desde crises econômicas e ambientais até conflitos sociais. 

A união é uma força vital para a construção de sociedades mais justas, prósperas e pacíficas. Exige esforços contínuos em educação, no ensino, no diálogo e políticas inclusivas para superar os desafios que ameaçam a coesão social. Em última análise, a união é um investimento de futuro, onde a soma das partes cria algo muito maior e mais forte do que o indivíduo isolado poderia alcançar.

A união, como força motriz da humanidade, não é apenas um ideal abstrato, mas uma prática que ganha vida nas ações do dia a dia. Em pequenas comunidades ou em grandes nações, ela se manifesta quando pessoas se juntam por um propósito comum, seja na reconstrução de uma cidade devastada por desastres naturais, na luta por direitos igualitários ou na criação de soluções inovadoras para problemas globais. É no compartilhamento de ideias, na empatia pelo outro e na disposição de ouvir que a união encontra seu alicerce mais sólido.

Contudo, a união não é isenta de desafios. Em um mundo onde as diferenças culturais, políticas e ideológicas muitas vezes ganham destaque, o caminho para a coesão exige paciência e compromisso. O diálogo, nesse contexto, torna-se uma ponte indispensável. Ele permite que vozes divergentes sejam ouvidas e que soluções sejam construídas coletivamente, sem a necessidade de apagar as particularidades de cada indivíduo ou grupo. A verdadeira união não busca uniformidade, mas harmonia na diversidade.

Um exemplo disso pode ser visto nas iniciativas globais para combater as mudanças climáticas. Povos de diferentes continentes, com realidades econômicas e sociais distintas, têm se reunido em busca de um objetivo maior: preservar o planeta para as gerações futuras. Essas colaborações mostram que, apesar das barreiras linguísticas ou geopolíticas, a união é capaz de transcender o que nos separa, criando pontes onde antes havia abismos.

No entanto, para que a união floresça, é preciso cultivá-la desde a base. A educação desempenha um papel crucial nesse processo, ao ensinar às novas gerações o valor da cooperação, do respeito mútuo e da solidariedade. Escolas, famílias e comunidades são os primeiros espaços onde se aprende que o "nós" é mais forte que o "eu". Quando esses valores são reforçados por políticas públicas inclusivas, que garantem acesso igualitário a oportunidades, a sociedade como um todo se fortalece.

Por fim, a união é um convite à ação. Ela nos lembra que, mesmo diante de um mundo complexo e cheio de contradições, cada pequeno gesto conta. Seja na vizinhança, no ambiente de trabalho ou em fóruns globais, unir forças é o que nos permite sonhar com um futuro melhor e, mais importante, torná-lo realidade. Porque, no final das contas, é juntos que construímos não apenas sociedades, mas histórias de esperança e transformação.

Asas da Liberdade: A Jornada pelo Céu!

Voar é uma das experiências mais transcendentais e libertadoras que a humanidade pode desejar ou experimentar. Desde tempos imemoriais, a capacidade de se elevar acima do solo, de planar entre as nuvens e de contemplar o mundo de uma perspectiva aérea tem sido um sonho recorrente em mitos, lendas e aspirações humanas. Para muitas espécies de aves, voar é uma questão de sobrevivência, uma habilidade que lhes permite escapar de predadores, encontrar alimento e migrar para climas mais favoráveis. 

Para os humanos, voar representa muito mais: é um símbolo de liberdade, de transcendência do ordinário, de desafiar as limitações físicas impostas pela gravidade e pelo nosso próprio corpo. O ato de voar começou a se materializar com a invenção dos balões de ar quente, seguidos pelos planadores e, eventualmente, pelos aviões. Cada etapa do desenvolvimento da aviação marcou um passo monumental na nossa história. A sensação de decolar, de sentir o peso do corpo se tornar leve à medida que a terra se afasta, é indescritível. 

O coração palpita com a emoção do desconhecido, com a vastidão do céu que se abre em todas as direções. Voar também inspira criatividade e introspecção. Quando estamos no ar, seja em um avião, em um parapente ou até mesmo em um sonho, nosso horizonte se expande literalmente e metaforicamente. Vemos o mundo de uma nova maneira, onde as fronteiras físicas e mentais se tornam menos definidas. 

As paisagens vistas de cima revelam padrões e belezas que não são percebidas do chão; florestas se transformam em tapetes verdes, cidades em labirintos de luz e movimento. Além disso, voar tem um componente emocional profundo. Ele pode evocar sentimentos de maravilha, de medo, de alegria ou de paz. A sensação de estar suspenso entre o céu e a terra pode trazer uma sensação de unidade com o universo ou, ao contrário, uma aguda consciência da nossa pequenez diante da imensidão do cosmos. 

Em última análise, voar nos lembra que, apesar de todas as nossas limitações, a humanidade tem a capacidade de sonhar, de inovar e de ultrapassar os limites que a natureza nos impôs. Cada voo é uma celebração dessa capacidade, uma homenagem ao espírito humano que busca incessantemente o céu, literal e figurativamente. (Igidio Garra®) 

Iluminando Caminhos: O Triunfo do Amor, da Alegria e da Esperança!

Na tapeçaria da vida, há três fios dourados que, quando entrelaçados, tecem a mais bela das histórias humanas: a luz do amor, da alegria e da esperança. Essas três forças são como faróis que guiam nossos corações através das noites mais escuras, iluminando o caminho para um amanhã cheio de possibilidades. O Amor, essa luz incandescente, é o fundamento de tudo. Ele não conhece limites, não discrimina, não mede esforços. É o amor que nos faz ver a beleza no outro, que nos impulsiona a cuidar, a proteger e a perdoar. 

Quando o amor habita em nós, ele brilha, não apenas para aquecer os corações daqueles que o recebem, mas também para iluminar nosso próprio caminho. Ele é a força motriz por trás de atos de bondade, de sacrifício e de carinho que transformam vidas. A Alegria, por sua vez, é o reflexo dessa luz amorosa. Ela é contagiante, uma dança espontânea da alma que celebra cada momento de vida. 

A alegria surge nos menores gestos: no riso de uma criança, no abraço sincero de um amigo, na paz de um pôr do sol compartilhado. Ela nos lembra que, apesar das dificuldades, há sempre algo no mundo que vale a pena celebrar. A alegria é a resposta da alma à beleza da existência, um testemunho de que, mesmo nos dias mais cinzentos, a felicidade pode ser encontrada ou criada. 

A Esperança é a terceira luz, uma chama que nunca vacila, mesmo quando as tempestades da vida tentam apagá-la. Ela é o olhar fixo no horizonte, a crença inabalável de que o amanhã pode ser melhor. A esperança é o que nos faz levantar depois de cada queda, o que nos faz continuar a sonhar, a lutar e a criar. Ela é o combustível da resiliência, a certeza de que cada esforço tem um propósito, cada dor tem um fim, e cada noite escura dá lugar a um novo amanhecer. Juntas, essas três luzes - o amor, a alegria e a esperança que  formam um farol poderoso que guia não só nossos passos, mas também nossas almas. 

Elas nos lembram que, independentemente das circunstâncias, há sempre uma razão para seguir em frente, para amar mais, para rir mais e para nunca desistir da esperança. Em um mundo que muitas vezes parece dominado pela escuridão, essas luzes são o sinal de que o bem, a beleza e a possibilidade de um futuro melhor ainda estão ao nosso alcance. Portanto, que possamos carregar essas luzes dentro de nós, partilhando-as com o mundo, iluminando caminhos e corações, tecendo juntos uma trama de existência que é, acima de tudo, luminosa, amorosa e cheia de esperança. (Igidio Garra®)

Técnicas de Debate Saudável!

O Caminho para a Compreensão ou o Campo de Batalha das Ideias, polêmica é um terreno onde muitas vezes se confundem opiniões com verdades absolutas. É importante lembrar que discutir temas polêmicos não significa necessariamente promover o ódio, mas sim abrir espaço para o diálogo e o entendimento. No entanto, é essencial fazê-lo com respeito e empatia, reconhecendo a humanidade em cada perspectiva, mesmo quando discordamos. 

Polêmicas podem servir como catalisadores para mudanças comportamentais positivas, desde que sejam abordadas com responsabilidade e sem desumanizar aqueles que pensam diferente. Posts encontrados no X sugerem que polêmica muitas vezes é associada a temas como homofobia, machismo, racismo, e até mesmo questões de educação e respeito a escolhas pessoais o que nem sempre condiz com determinados em assuntos abordados em tantas pautas debatidas escritas as vezes contestadas e em outros casos que nos quais também há concordâncias. 

O terreno da polêmica, por sua própria natureza, é escorregadio. É um espaço onde ideias colidem, às vezes com faíscas de genialidade, outras com o rujaras de destruição. Mas, como sugere a crônica, a polêmica não precisa ser apenas um campo de batalha. Ela pode ser um caminho para a compreensão, desde que pavimentado com cuidado, reflexão e, acima de tudo, com a disposição de enxergar o outro não como inimigo, mas como alguém cuja perspectiva, por mais distante que pareça, carrega uma história, um contexto, uma humanidade.

A polêmica ganha vida em temas que tocam fundo nas emoções e nas identidades das pessoas. No X, por exemplo, debates acalorados sobre questões como homofobia, machismo, racismo, educação ou escolhas pessoais revelam tanto as tensões de uma sociedade em transformação quanto o desejo de afirmar valores. Alguns posts mostram indignação diante de injustiças; outros, resistência a mudanças que desafiam normas antigas. Há quem veja nesses embates uma ameaça à harmonia social, enquanto outros enxergam neles o próprio motor do progresso, a faísca que ilumina desigualdades e provoca reflexão.

Mas o que transforma uma polêmica em diálogo, em vez de guerra? A resposta está na forma como escolhemos nos engajar. Quando a discussão é conduzida com respeito, com perguntas em vez de acusações, com escuta em vez de interrupções, ela deixa de ser apenas confronto e se torna um espaço de aprendizado. É reconhecer que, mesmo em discordâncias profundas, há pontos de conexão possíveis. Por exemplo, quem defende tradições pode compartilhar com quem luta por inclusão um desejo comum: o bem-estar coletivo. Identificar esses pontos é o primeiro passo para construir pontes.

Ainda assim, o caminho não é fácil. Polêmicas sobre temas sensíveis, como os citados, muitas vezes despertam reações viscerais porque tocam em valores fundamentais ou em experiências pessoais de dor. Um comentário mal interpretado no X, uma frase tirada de contexto, pode escalar rapidamente para um embate onde ninguém mais ouve. Por isso, a responsabilidade é enorme. Quem entra no debate carrega o peso de suas palavras, que podem ferir ou curar, dividir ou unir.

A polêmica, então, é como um fogo: pode queimar tudo ao redor ou aquecer e iluminar. Cabe a nós decidir como usá-la. Quando abordada com empatia e abertura, ela não apenas expõe diferenças, mas também revela possibilidades. Pode inspirar mudanças — uma lei mais justa, uma atitude mais inclusiva, uma sociedade que aprende a conviver com suas próprias contradições. E, no fim, talvez o maior desafio seja este: transformar o campo de batalha das ideias em um jardim onde, mesmo entre espinhos, florescem novas formas de compreensão.

Ah! à Reciprocidade!

Nas relações humanas, a reciprocidade é como uma dança silenciosa, mas profundamente significativa. É o movimento natural onde um gesto de bondade encontra outro, criando um ciclo de generosidade que transcende palavras e ações. Imagine um jardim, onde cada flor é um ato de gentileza. Quando tu plantas uma semente de amizade, de ajuda ou de amor, está convidando a vida ao redor para florescer junto contigo. 

A reciprocidade não é apenas sobre retribuir o que foi dado, mas sobre entender que cada ação positiva que lançamos ao mundo tem o potencial de voltar de formas inesperadas, como uma brisa refrescante num dia quente. No coração das comunidades, sejam elas de famílias, amigos ou até mesmo estranhos em um momento de necessidade, redes sociais a reciprocidade é o que constrói pontes. Ela nos lembra que não estamos sozinhos nesta jornada. 

Quando oferecemos nosso tempo, nosso ouvido atento ou nosso ombro para alguém se apoiar, estamos, de maneira sutil, tecendo um laço de confiança e respeito mútuo. Mas a verdadeira essência da reciprocidade está no ato desinteressado, naquele gesto que é feito não na expectativa de receber algo em troca, mas pela simples alegria de dar. E quando menos esperamos, a vida nos surpreende, devolvendo esse amor e cuidado de formas que nunca poderíamos ter imaginado. 

Portanto, vamos viver a reciprocidade não como uma obrigação, mas como uma celebração da amizade. Que cada um de nós se inspire a ser a mão que ajuda, o ouvido que escuta, o coração que entende. Pois na dança da vida, a reciprocidade é o ritmo que nos une, nos eleva e nos faz, juntos, mais fortes, mais belos e humanos. (Igidio Garra®) 

Lei e Moralidade: Um Equilíbrio Necessário!

Lei e Moralidade: Um Equilíbrio Necessário A relação entre lei e moralidade é complexa e frequentemente debatida. A lei é um conjunto de regras formalmente estabelecidas e impostas por um sistema legislativo, enquanto a moralidade refere-se aos princípios éticos que guiam o comportamento individual e coletivo baseados em valores culturais e pessoais. Há vezes em que a lei e a moralidade estão alinhadas, refletindo os valores éticos da sociedade. No entanto, também existem situações em que elas podem entrar em conflito. 

Por exemplo, uma lei pode ser considerada imoral por uma parte significativa da população, ou uma ação pode ser moralmente correta, mas ilegal segundo a legislação vigente. A história nos mostra que leis podem mudar à medida que a moralidade social evolui. Leis que eram aceitas no passado podem ser revistas hoje como injustas ou imorais, como aquelas que apoiavam a discriminação racial ou de gênero. 

Da mesma forma, ações que foram consideradas moralmente questionáveis podem, com o tempo, ser legalizadas se a opinião pública mudar. Portanto, é essencial que a sociedade continue a refletir sobre como equilibrar a legalidade com a moralidade, garantindo que as leis não apenas regulem o comportamento, mas também reflitam os valores éticos e humanitários que desejamos promover. A justiça não se limita à letra da lei, mas também deve incorporar um sentido de justiça moral com absoluta equidade. (Igidio Garra®)

A Essência da Bravura: Coragem, Resiliência e Altruísmo

A bravura é uma qualidade humana admirável, frequentemente associada à coragem, determinação e a capacidade de enfrentar desafios com resiliência. Ela é o que nos impulsiona a agir mesmo quando o medo ou a incerteza tentam nos paralisar. A bravura não se manifesta apenas em atos heroicos, como salvar vidas em situações de perigo iminente. Ela também se revela em pequenos gestos diários: a coragem de falar a verdade em meio a pressões sociais, a decisão de tentar novamente após um fracasso, ou a força de enfrentar doenças e adversidades pessoais com dignidade. 

Um dos aspectos mais interessantes da bravura é que ela pode ser tanto individual quanto coletiva. Indivíduos bravos inspiram comunidades inteiras, como vimos em movimentos sociais ao longo da história, onde pessoas comuns se uniram para lutar por justiça e igualdade. A bravura coletiva pode transformar sociedades, derrubar opressões e criar um mundo mais justo. No entanto, a bravura não é ausência de medo; ela é a capacidade de agir apesar do medo. 

É o reconhecimento das nossas vulnerabilidades, mas também a convicção de que podemos superá-las ou coexistir com elas de maneira produtiva. Estudiosos como Brené Brown destacam que a vulnerabilidade é intrínseca à coragem, pois para sermos bravos, precisamos enfrentar a possibilidade de falhar ou sermos rejeitados. Literatura e cinema frequentemente retratam heróis cuja bravura é testada e reforçada através de provações. 

Desde os antigos mitos gregos até os blockbusters modernos, vemos personagens que, através de suas jornadas, nos ensinam que a bravura pode ser aprendida, cultivada e que todos têm a capacidade de ser heroico em seus próprios contextos. Por fim, a bravura também envolve um componente de empatia e compaixão. Ser corajoso não significa apenas enfrentar os próprios medos, mas também estar disposto a ajudar os outros, a defender os fracos e a lutar por uma causa maior do que si mesmo. 

Esse tipo de bravura, que une ação com altruísmo, é talvez o mais nobre de todos. Em um mundo que frequentemente parece cheio de desafios intransponíveis, a bravura nos lembra que temos dentro de nós a chama da resiliência, da esperança e da força para fazer a diferença, seja nas grandes batalhas ou nas pequenas vitórias do dia a dia. (Igidio Garra®) 

A Essência da Mentira: Manipulação, Proteção e o Paradoxo da Confiança

A essência da mentira é uma teia complexa de intenções, percepções e consequências que se entrelaça com a natureza humana de maneira profunda. A mentira, em sua forma mais básica, é uma distorção ou omissão deliberada da verdade, uma ferramenta usada para moldar a realidade para atender a necessidades ou desejos específicos. Primeiramente, a mentira pode surgir de um impulso de autoproteção. 

Pessoas mentem para evitar consequências negativas, como punição ou desaprovação social. Isso pode variar desde pequenas desculpas para evitar constrangimento até fabricações elaboradas para escapar de situações difíceis. A mentira como mecanismo de defesa revela uma vulnerabilidade humana: o medo de ser julgado ou rejeitado. Por outro lado, a mentira também pode ser uma forma de manipulação, usada para influenciar o comportamento ou as decisões de outros. 

Políticos, empresários, e até mesmo amigos podem recorrer à mentira para obter vantagem, influenciar opiniões ou manipular resultados. Aqui, a essência da mentira é o poder; o poder de controlar narrativas, de moldar percepções e, em última análise, de controlar pessoas. A mentira também tem um componente social. Existe uma espécie de "mentira social" que serve para manter a harmonia, como elogios exagerados ou a omissão de verdades desagradáveis. 

Estas pequenas mentiras são frequentemente vistas como "inofensivas" ou até mesmo necessárias para o bom convívio, mas elas colocam uma questão ética sobre a autenticidade nas relações humanas. No entanto, a essência da mentira também traz consigo um paradoxo. Enquanto a mentira pode ser usada para construir uma realidade mais palatável ou favorável, ela inevitavelmente constrói uma base frágil de confiança. 

A descoberta de mentiras pode destruir relações, minar credibilidade e criar ciclos de desconfiança que são difíceis de quebrar. Assim, a mentira carrega um custo emocional e social que pode ser muito elevado. A filosofia e a moralidade também exploram a essência da mentira. Alguns argumentam que a verdade é um valor absoluto, enquanto outros defendem que, em certas situações, a mentira pode ser justificada ou até mesmo moralmente exigida (como mentir para salvar uma vida). 

Este debate revela a complexidade da mentira como um fenômeno ético e humano. Por fim, a essência da mentira está profundamente enraizada na natureza humana, refletindo nossas fraquezas, nosso desejo de controle, e nossa capacidade de criar e destruir confiança. A mentira é tanto um instrumento de sobrevivência quanto um obstáculo para a autenticidade e a conexão genuína. Compreender sua essência é, portanto, um passo crucial para navegar pelas complexidades da comunicação humana e das relações interpessoais.  (Igidio Garra®)

O Preço das Escolhas Errôneas: Impactos e Lições Aprendidas 

As consequências das escolhas erradas são um tema recorrente na vida humana, refletindo-se em narrativas pessoais, obras literárias, e até em estudos de caso empresariais. Fazer uma escolha errada pode levar a uma série de desdobramentos, que variam em impacto e duração, mas que inevitavelmente moldam nosso caminho e nosso caráter. Em primeiro lugar, escolhas erradas podem resultar em perdas imediatas. 

Financeiramente, uma decisão de investimento mal feita pode levar à perda de capital, comprometendo a estabilidade econômica de uma pessoa ou organização. Em nível pessoal, escolhas como o envolvimento em comportamentos de risco podem acarretar danos à saúde, relações destruídas ou até mesmo a privação da liberdade. Além das perdas tangíveis, há as consequências emocionais e psicológicas. O arrependimento é uma companhia frequente das escolhas erradas, trazendo consigo sentimentos de culpa, vergonha ou frustração. 

Essas emoções podem impactar a autoestima, levar à depressão ou a um ciclo de decisões ainda mais prejudiciais, conforme a pessoa tenta compensar ou escapar dos resultados de suas ações passadas. Socialmente, as escolhas erradas podem alterar a percepção dos outros sobre nós. Perder a confiança de amigos, colegas ou a comunidade pode ser uma consequência difícil de reverter, impactando não só o presente, mas também oportunidades futuras. A reputação, uma vez manchada, exige tempo e esforço para ser restaurada. 

o âmbito profissional, decisões erradas podem resultar em demissões, fracassos de projetos ou até o colapso de empresas. A história está repleta de exemplos de corporações que sucumbiram devido a escolhas estratégicas equivocadas. Esses cenários não só afetam os decisores, mas também todos os envolvidos, desde funcionários até acionistas e consumidores. No entanto, é importante reconhecer que os erros também têm um potencial educativo. Aprender com as escolhas erradas pode ser um catalisador para o crescimento pessoal e profissional. 

A sabedoria geralmente vem da experiência, e muitas vezes essas experiências são decorrentes de erros. A capacidade de refletir sobre o que deu errado, entender as causas e ajustar futuras decisões é uma habilidade valiosa. Por fim, enquanto as consequências de escolhas erradas podem ser duras, elas também nos oferecem uma oportunidade para a resiliência, a humildade e o desenvolvimento de um discernimento mais aguçado e pertinente. A vida é um contínuo aprendizado, e cada erro, por mais doloroso que seja, pode ser um passo em direção a escolhas mais informadas e conscientes no futuro. (Igidio Garra®)

A Harmonia entre Convivência e Aprendizado

A convivência e o aprendizado são dois pilares fundamentais na construção de uma sociedade harmoniosa e capitalista. Quando falamos de convivência, estamos nos referindo à arte de viver juntos, de compartilhar espaços, ideias e experiências com outros indivíduos. Este processo, embora possa ser desafiador, é repleto de oportunidades para o crescimento pessoal e coletivo. 

A convivência nos ensina a tolerância, a empatia e a compreensão. Interagir diariamente com pessoas de diferentes backgrounds culturais, sociais e econômicos nos obriga a sair da nossa zona de conforto, questionar nossos preconceitos e conceitos, ampliar nossa visão de mundo. Cada encontro é uma lição em potencial; cada desacordo, uma oportunidade para aprender negociação e respeito pelas diferenças e divergências. Paralelamente, o aprendizado é uma jornada contínua que não se limita às salas de aula. 

Ele se desdobra em cada interação, em cada diálogo e na observação atenta do comportamento alheio. Aprender com os outros significa absorver conhecimentos que vão além das matérias tradicionais: é aprender sobre si mesmo, sobre a resiliência, sobre como reagir diante de adversidades e como celebrar sucessos coletivos. A sinergia entre convivência e aprendizado é evidente. Enquanto a convivência nos coloca em situações em que o aprendizado é inevitável, o aprendizado nos dá ferramentas para melhorar nossa convivência. 

Por exemplo, ao aprender a ouvir ativamente, podemos entender melhor as necessidades e sentimentos dos outros, o que melhora a qualidade de nossas relações. Em um mundo cada vez mais interconectado, a capacidade de conviver e aprender de forma harmoniosa é mais relevante do que nunca. Comunidades, empresas e famílias que fomentam um ambiente de aprendizado mútuo e respeito tendem a ser mais produtivas, criativas e sustentáveis. Portanto, investir em uma educação que não só transmita conhecimento, todavia, também ensine a conviver, é essencial. 

Programas escolares, políticas públicas e iniciativas empresariais deveriam visar não apenas o desenvolvimento intelectual, mas também o desenvolvimento de habilidades socioemocionais que permitam uma melhor convivência. Em resumo, convivência e aprendizado são processos interdependentes que, quando bem cultivados, podem transformar não apenas indivíduos, mas sociedades inteiras, promovendo um mundo mais compreensivo, justo e colaborativo. (Igidio Garra®)

O Mundo Conectado

Era uma manhã de sábado comum, ou pelo menos assim eu pensava. Sentei-me no meu sofá, com um café fumegante na mão, pronto para mergulhar no jornal físico, aquele ritual quase sagrado de desligar do mundo digital por alguns instantes. Mas, vejam só, a ironia: o jornal estava mais digital do que eu poderia imaginar. As manchetes falavam de redes sociais, de influenciadores digitais, de um mundo que mal reconhecia o papel sobre o qual estavam impressas. Hoje, o mundo está conectado como nunca antes, mas será que estamos realmente mais juntos? 

O celular, esse aparelhinho que cabe na palma da mão, prometeu nos aproximar, mas muitas vezes nos afasta mais do que qualquer distância física poderia. Vejo casais no metrô, cada um em seu próprio universo digital, compartilhando selfies de momentos que nem mesmo vivem juntos. Vejo amigos em restaurantes, mas os olhos estão mais fixos na tela do que nas expressões uns dos outros. A internet, essa teia invisível, nos deu acesso a um universo de informações, a oportunidades de trabalho, a amigos em lugares onde nunca pisamos. 

Mas, ao mesmo tempo, nos transformou em seres que vivem para o próximo like, para o próximo tweet, para a próxima notificação que interrompe a nossa rotina, ou o que resta dela. Lembro-me de quando o "conectar" significava olhar nos olhos, apertar as mãos, sentir o calor humano. Agora, "conectar" é um clique, um swipe. Onde foi parar a arte de conversar, de ouvir e ser ouvido sem a pressa de uma resposta imediata? Mas, não me interpretem mal. Adoro a praticidade, a facilidade de encontrar pessoas com interesses comuns a milhas de distância, a possibilidade de aprender algo novo a qualquer hora do dia ou da noite. 

No entanto, sinto que perdemos algo no caminho, um pedaço da nossa humanidade que não se traduz em bits e bytes. Na minha pequena crônica, vejo o mundo conectado como um paradoxo. Somos mais acessíveis, mas menos acessíveis. Mais informados, mas muitas vezes desinformados. Mais conectados, mas, paradoxalmente, mais sozinhos.

Então, ao beber meu café, decido hoje fazer algo diferente: vou desligar o celular, vou conversar com o vizinho que mal conheço, vou ouvir o som das folhas do jornal ao virar a página, e talvez, só talvez, eu reconecte com o mundo de uma maneira que nenhuma rede social poderia oferecer. E assim, em um mundo que se conecta cada vez mais com o virtual, eu escolho, por um momento, reconectar com o real. (Igidio Garra®)

Crônica do Patriotismo

Era uma manhã ensolarada no sul do Brasil, onde o verde das florestas se misturava ao azul do céu, como se a própria natureza estivesse em festa. Eu caminhava pela praça central da pequena cidade, onde o cheiro de café fresco competia com o doce aroma das flores de ipê amarelo. No centro da praça, a bandeira nacional tremulava ao vento, um símbolo de união e orgulho que sempre me fazia parar por um momento de reflexão. 

O patriotismo, pensei, não é apenas sobre a bandeira ou o hino, mas sobre o sentimento profundo que cada brasileiro carrega dentro de si. Vi crianças brincando, correndo ao redor da estátua de um herói nacional, suas risadas ecoando como um hino informal ao amor pelo país. Elas não estavam conscientes do peso histórico daquele momento, mas talvez, no fundo, sentissem o orgulho de pertencer a uma nação tão diversa e vibrante. 

Um senhor, de chapéu de palha e olhar sereno, sentou-se no banco próximo a mim, observando a cena com um sorriso nostálgico. "Patriotismo", ele disse, como se lendo meus pensamentos, "é lembrar de onde viemos e sonhar com onde podemos ir." Ele continuou falando sobre como havia lutado na Amazônia, não apenas contra as dificuldades da natureza, mas também pela preservação de nossa cultura e ambiente. Passei então por um grupo de jovens artistas, pintando murais coloridos nas paredes da escola local. 

Eles falavam de arte como resistência, de como cada pincelada era um ato de amor ao Brasil, uma forma de reafirmar nossa identidade em tempos de globalização. "Nossa pátria é nossa tela," disse uma delas, com olhos brilhantes de paixão. O patriotismo, percebi, não é uma celebração única ou um evento marcado no calendário. É um tecido invisível, mas resistente, que conecta as histórias, as lutas e os sonhos de milhões de brasileiros. É o sentimento que nos faz chorar ao ouvir o Hino Nacional ou "Aquarela do Brasil", até mesmo "Eu Te amo Meu Brasil"! que nos impulsiona a trabalhar pela melhoria do nosso país e que nos faz ver, em cada cidadão, um pouco do Brasil. 

Ao sair da praça, senti que o patriotismo verdadeiro não está nos discursos inflamados ou nas paradas civico-militares, mas no dia a dia, nas pequenas ações de respeito, conservação e amor ao próximo. É ser patriota em cada gesto, cada escolha, cada ato de cidadania. E assim, com o sol começando a descer, deixei a praça, carregando comigo a certeza de que o Brasil é construído, dia após dia, pelo patriotismo silencioso de seu povo. (Igidio Garra®)

A Dança

Em um país tropical, abençoado por Deus e marcado por fervorosas publicações de bar, a política brasileira é como um samba enredo: cheio de voltas, surpresas e uma dose generosa de improviso. Aqui, o povo vai das ruas às redes sociais com a mesma energia, seja para reclamação, aplaudir ou criar memes que traduzam o espírito de um país que nunca perde a capacidade de rir da própria sorte. 

Os personagens de nossa política são como atores de uma novela interminável. Uns parecem vilões caricatos, outros heróis de causas que, uma vez ou outra, se revelam mais oportunistas que idealistas. No entanto, em meio a essas figuras, há também aquelas que são difíceis de categorizar, os que ora dançam conforme a música, ora desafinam na melodia, adaptando suas posturas conforme o vento político sopra. São os camaleões da política, especialistas em sobreviver em qualquer cenário, mudando de partido com a mesma facilidade com que mudam de discurso. 

Um dia são ferrenhos defensores de uma ideologia; no outro, já se alinham a quem está no poder, argumentando que é pelo bem do povo. São mestres na arte do "meio-termo" que, para eles, significa estar sempre do lado que oferece mais vantagens. A história se repete como um looping infinito. Os discursos começam cheios de promessas, esperanças e palavras bonitas. Há quem jure pela moralidade e quem bata no peito pela defesa do povo. Mas, assim que a cortina se abre e os palácios de Brasília recebem seus novos inquilinos, o roteiro parece mudar. 

Propostas se arrastam, reformas ficam pelo caminho, e escândalos brotam como se fossem parte do solo fértil dessa terra. E o povo? Agora, o povo segue em sua própria dança. Indignado num dia, conformado no outro, mas sempre com uma ponta de expectativa de que algo possa mudar. De quatro em quatro anos, o cenário se transforma em um espetáculo de cores e slogans, com candidatos que se esforçam para conquistar a plateia. Alguns mais experientes, outros estreantes, todos prometendo ser a renovação que o Brasil tanto busca. 

Mas política no Brasil é mais que um jogo de promessas: é também um reflexo das contradições do próprio país. É uma luta entre a modernidade e o atraso, entre a empatia e o egoísmo, entre o coletivo e o individual. É um palco onde o futuro disputa espaço com o peso de um passado A verdade é que, no fundo, a política brasileira é uma crônica viva do que somos: apaixonados, contraditórios e incansáveis. Por mais caótica que parece, ela segue, como o samba, com seu ritmo próprio, deixando no ar a eterna pergunta: será que um dia a próprio ritmo vai mudar? 

A política brasileira, como um reflexo de nossa identidade cultural, é cheia de nuances, improvisos e repetições. É um espaço onde sonhos e desilusões se encontram, moldando nossa história. Essa dualidade de caos e resiliência é fascinante, mas também desafiadora. Como um samba que nunca termina, ela nos convida a dançar mesmo quando o compasso parece desfavorável. 

Talvez a grande questão não seja apenas se o ritmo vai mudar, mas se estamos prontos para conduzir essa mudança sem perder a essência do que somos. Afinal, será que há esperança de harmonização? E enquanto essa resposta não chega, seguimos observando, participando e, de vez em quando, improvisando passos nessa grande dança que é o Brasil. (Igidio Garra®)

Uma Pausa que Faz a Diferença

Na vastidão da língua portuguesa, entre os sinais de pontuação que moldam e dão ritmo ao nosso discurso, há um pequeno, mas poderoso, símbolo: a vírgula. Esta modesta pausa pode ser comparada a um suspiro no meio de uma frase, um momento de reflexão que permite ao leitor organizar os pensamentos, entender melhor a intenção do escritor e, acima de tudo, apreciar a beleza e a complexidade da nossa língua. Imagine um dia ensolarado na praia de Copacabana, onde as ondas do mar encontram a areia com um ritmo constante. 

A vírgula seria o intervalo entre uma onda e outra, onde o mar respira antes de continuar seu movimento incessante. Ela é o que separa ideias, mas também as conecta, dando-lhes um sentido mais claro e uma fluidez que, sem ela, seria perdida. Na escola, aprendemos que a vírgula é usada para separar elementos em uma lista, para marcar uma pausa que não é tão forte quanto um ponto, para introduzir uma oração subordinada, entre outras funções. Mas, a vírgula vai além dessas regras gramaticais; ela é um instrumento de estilo, uma ferramenta que os escritores usam para criar suspense, para dar ênfase ou para dar um tom poético ao texto. 

Há histórias engraçadas e até trágicas sobre o uso errado da vírgula. Uma vírgula mal colocada pode mudar completamente o sentido de uma frase. Por exemplo, "Não vamos, José" é completamente diferente de "Não vamos José". No primeiro caso, a vírgula sugere uma recusa à ação de ir; no segundo, é uma declaração de que alguém chamado José não irá. Esta diferença pode levar a mal-entendidos, risadas ou, em contextos mais sérios, a decisões erradas. A vírgula também é um reflexo da nossa humanidade. Ela nos faz pensar antes de continuar, nos dá tempo para respirar, para considerar o que vem a seguir. 

Em um mundo onde tudo é rápido, onde as mensagens são enviadas e recebidas em questão de segundos, a vírgula nos lembra da importância da pausa, do silêncio entre as palavras, da necessidade de compreender antes de prosseguir. No entanto, a vírgula pode ser traiçoeira. Muitos escritores, na ânsia de clareza ou por medo de entediar, exageram em seu uso, criando textos fragmentados e cansativos. 

Outros, mais minimalistas, a utilizam com parcimônia, criando um fluxo de pensamento que pode ser tão difícil de seguir quanto um rio sem margens. Portanto, a vírgula é como um amigo silencioso na jornada das palavras. Ela não fala, mas sua presença ou ausência muda tudo. É um lembrete constante de que, na comunicação, o que não se diz pode ser tão importante quanto o que se diz. E assim, em cada frase, cada parágrafo, cada texto, a vírgula nos ensina a arte da paciência, da precisão e da beleza do ritmo na linguagem.

Aprendemos que ela não é apenas um sinal de pontuação; é um símbolo da nossa necessidade de refletir, de respirar entre as ideias, de dar tempo ao tempo. Agora, ao fechar esta crônica, convido você a levar consigo essa nova apreciação pela vírgula. Que ela não seja mais apenas um ponto na página, mas um lembrete de pausar, de considerar, de valorizar o silêncio entre as palavras. Talvez, da próxima vez que você escrever, você pense duas vezes antes de colocar uma vírgula, ou de omiti-la, entendendo que cada uma dessas decisões é, em si, uma pequena obra de arte. 

Este epílogo não é um fim, mas um começo. Um começo de uma nova forma de enxergar e usar a língua. Que cada vírgula que você encontrar ou colocar daqui para frente seja uma oportunidade para criar, para pausar, para entender melhor o mundo e a si mesmo. Obrigado por compartilhar comigo este tempo, esta pausa. Que a vírgula continue a ser seu companheiro silencioso, mas eloquente, em todas as suas futuras leituras e escritos.  

E assim, com a suavidade de uma vírgula bem colocada, abrimos espaço para continuar esta reflexão, não como quem encerra um capítulo, mas como quem vira a página para um novo parágrafo. A vírgula, esse pequeno traço que dança entre as palavras, nos ensina que a vida, assim como a escrita, é feita de pausas intencionais. Ela nos convida a não correr desenfreadamente pelas ideias, mas a saboreá-las, a deixá-las respirar, a permitir que se revelem em camadas mais profundas.

Pense por um momento nas conversas que temos, sejam elas escritas ou faladas. Quantas vezes uma pausa, um instante de silêncio, transformou o rumo de uma frase, de uma história, de um entendimento? A vírgula é a guardiã desses momentos. Ela sussurra: "Espere, há mais a considerar." E, ao obedecermos, descobrimos nuances que, sem ela, poderiam passar despercebidas. É como se a vírgula fosse uma lente, ampliando o que há de mais sutil e, ao mesmo tempo, mais essencial na comunicação.

Mas a vírgula também tem seu lado travesso. Quantas vezes ela já não foi pivô de mal-entendidos hilários ou de debates acalorados sobre onde deveria ou não estar? Quem nunca riu de uma frase como "Vamos comer, vovó" que, sem a vírgula, vira um convite canibalesco? Essa dualidade a seriedade de sua função e a leveza de suas possibilidades faz da vírgula um símbolo da própria humanidade. Somos, afinal, criaturas que oscilam entre o profundo e o absurdo, entre o planejado e o inesperado.

Ao prosseguir nesta jornada, convido-te a enxergar a vírgula não apenas nas páginas de um livro ou nas linhas de um e-mail, mas no ritmo da vida. Ela está na pausa que fazemos antes de responder a uma pergunta difícil, no intervalo entre uma decisão e sua execução, no espaço que reservamos para ouvir o outro. Cada uma dessas vírgulas da existência nos dá a chance de escolher com mais cuidado, de sentir com mais clareza, de viver com mais presença.

E se, porventura, você se pegar hesitando diante de uma vírgula ao escrever — questionando se ela é necessária ou se está no lugar certo —, sorria. Esse momento de dúvida é, ele mesmo, uma homenagem ao poder da linguagem. É a prova de que você está dançando com as palavras, consciente de que cada pequeno sinal importa. Que essa dança continue, que suas vírgulas sejam sempre intencionais, poéticas, humanas.

Assim, não digo adeus à vírgula, nem a você, que me acompanhou até aqui. Digo apenas: até a próxima pausa, até o próximo suspiro entre as ideias. Que a vírgula siga sendo sua aliada, sua musa, seu lembrete de que, entre o caos e a clareza, há sempre espaço para uma pequena curva que muda tudo.

E assim chegamos ao fim desta nossa jornada pela arte da vírgula, uma viagem que começou com uma simples pausa e terminou com uma compreensão mais profunda do poder da linguagem, aqui reunidas são um testemunho de como algo tão minúsculo pode carregar tanto peso, tanto significado. Ao longo deste texto, exploramos não apenas as regras gramaticais, mas também a poesia, a ironia, e até mesmo a comédia que a vírgula pode trazer ao nosso dia a dia.  

Crônica da Liberdade

A liberdade é como o vento, que dança entre os galhos das árvores e acaricia o rosto sem pedir permissão. Ela não tem forma fixa, nem destino único. Por vezes, é brisa suave; noutras, tempestade avassaladora. Mas, acima de tudo, ela é essência – invisível, porém vital. Havia em uma pequena vila, no coração de um vale cercado por montanhas, uma mulher chamada Alícia. Desde criança, Alícia ouvia as sugestões do vento e dizia compreender sua língua. "Ele fala de terras distantes e mares intermináveis", dizia com os olhos brilhando. 

Enquanto seus amigos corriam para dentro de casa ao menor sinal de chuva, ela permanecia sob o céu, sentindo cada gota que caía como uma promessa de algo maior. Naquela vila, havia regras – muitas delas. Não se podia subir nas árvores, pois era perigoso. Não se podia cantar alto à noite, pois perturbava o silêncio. Não se poderia sequer sonhar alto demais, pois sonhos grandes demais só traziam decepção. 

Alícia, porém, nunca foi boa em seguir regras. Para ela, cada interdição era um convite para descobrir o porquê. Quando lhe disse para não subir nas árvores, ela escalou o mais alto carvalho e descobriu um ninho de águias. Quando disseram para não cantar à noite, ela entoou uma melodia tão doce que até as estrelas pareciam piscar mais forte. A liberdade, veja Alícia, não era uma coisa dada. Era algo conquistado – às vezes, à força, às vezes, com paciência. 

Uma noite, o vento soprou mais forte que o habitual, trazendo uma sugestão estranha. Ele não falava de terras ou mares, mas de correntes. Correntes invisíveis que prendiam não os corpos, mas as almas. Correntes feitas de medos, de crenças antigas, de conformismo. Foi então que Alícia decidiu partir. Não por desprezo à sua vila, mas porque sabia que a liberdade nunca poderia florescer num solo onde o medo era cultivado. 

Antes de partir, deixou uma mensagem gravada na madeira de uma velha ponte: *"A liberdade começa no coração de quem ousa sonhar, mas só se concretiza nas mãos de quem tem coragem de agir."* Os anos passaram, e as pegadas de Alícia, embora apagadas pelo tempo, encontradas gravadas nas memórias de todos para sempre.  (Igidio Garra®)

O Último Reflexo

Na vastidão esquecida da cidade de vidro, onde os edifícios cintilavam como prismas sob a luz pálida de um sol enfraquecido, Léo caminhava. Cada passo reverberava no silêncio, como se a cidade tivesse sido esculpida para amplificar até o mais sutil movimento de vida. Ele sabia que era a último. Ou assim acreditava. Aquele mundo, antes fervilhante de vozes, agora era um palácio espectral de ecos e memórias. Nas superfícies dos espelhos que revestiam as ruas e edifícios, as imagens refletidas pareciam ter vida própria. Não era incomum que um reflexo piscasse segundos após Léo já ter desviado o olhar. Mas, naquela tarde, algo mudou. Ao passar por uma vitrine de cristal rachado, viu, por um instante, outra figura ao seu lado. 

Era ele, mas não era exatamente fidedigno a figura refletida sorria de forma enigmática, enquanto Léo permanecia petrificado. O sorriso não era amistoso, nem cruel, era um como convite. Léo sentiu a pulsação de um chamado invisível, uma atração que parecia emanar de algum lugar muito além daquele reflexo. "Quem és Tu?", murmurou, sabendo que falar em voz alta era quase um sacrilégio naquele santuário de silêncio. A resposta não veio em palavras, mas em sensações. O reflexo tocou a superfície do vidro e, por um instante, a rachadura brilhou com uma luz dourada, como se fosse um portal para outra realidade. 

Léo hesitou, mas sua mão, como que movida por uma vontade alheia, ergueu-se para tocar o mesmo ponto. Ao fazê-lo, sentiu um frio penetrante e, ao mesmo tempo, um calor reconfortante que o envolveu por inteiro. Quando abriu os olhos, não estava mais na cidade de vidro. Agora, estava em um campo infinito de reflexos. Cada espelho contava uma história, mostrava um mundo diferente, uma possibilidade que jamais se concretizou. Algumas imagens eram belas e serenas; outras, caóticas e aterrorizantes. Léo viu a si mesmo em centenas de versões: como um guerreiro, um cientista, um simples camponês, e até mesmo como uma entidade sem forma, composta apenas de luzes. "Por que estou aqui?", perguntou, desta vez em pensamento, mas sabendo que seria ouvido. 

A resposta veio como um coro de muitas vozes, cada uma com um tom diferente, mas harmonioso. "Tu és o último reflexo. A decisão final cabe à Ti". - "Decisão sobre o quê?" Uma das superfícies brilhou mais intensamente, mostrando um mundo vazio, onde o silêncio reinava absoluto. "O fim ou o recomeço. A destruição ou a recriação. Tu carregas a centelha do novo início." Léo sentiu o peso da responsabilidade esmagando seu peito. Olhou ao redor, buscando nos outros reflexos alguma resposta ou apoio. Porém, todas as outras versões dele apenas observavam, impassíveis, como se soubessem que nenhuma palavra poderia aliviar o fardo que agora carregava. "E se eu não escolher?" inquiriu. 

As vozes se calaram. Apenas o vento, ou algo que parecia ser, sussurrou uma última frase: "Então, tudo se apagará." Léo fechou os olhos e deixou a decisão tomar forma em seu coração. Quando abriu novamente, o campo de espelhos havia desaparecido, e ela estava de volta à cidade de vidro. Mas algo estava diferente. O sol, antes pálido, agora brilhava com uma intensidade renovada, e o silêncio foi quebrado pelo som de uma brisa suave, om centenas de pássaros gorjeando, carregando consigo a promessa de vida. Ele sabia que havia escolhido algo melhor. O mundo ainda estava um tanto vazio, mas não por muito tempo. Dentro dele, a centelha pulsava, aguardando o momento certo para explodir na recriação. O último reflexo havia se tornado o seu primeiro mostrando o quanto somos capazes de recomeçar...  (Igidio Garra®) 

Enigma da Vida

A vida é um enigma envolto em mistérios, uma tapeçaria tecida com fios de alegria e tristeza, de conquistas e fracassos. Cada manhã traz consigo a promessa de um novo começo, uma nova chance de escrever nossa história, de colorir nossas experiências com tons de esperança, amor e coragem. Caminhamos por este mundo, às vezes com passos firmes e decididos, outras vezes com hesitação e medo. 

A vida nos ensina que não há certezas, apenas possibilidades. Aprendemos a valorizar o inesperado, a encontrar beleza no caos, a dançar na chuva quando o sol não aparece. Cada encontro, cada despedida, cada sorriso e cada lágrima, todos formam parte da nossa jornada. A vida nos desafia a sermos melhores, a crescer, a amar sem medo. É um eterno aprendizado onde os erros são professores e as vitórias, inspirações. 

No fim, a vida é uma crônica que cada um de nós escreve, com suas próprias palavras, seus próprios momentos. E talvez, o segredo esteja em viver cada página com intensidade, com verdade, sabendo que cada capítulo, por mais difícil que seja, nos leva a um novo dia, uma nova oportunidade de ser feliz, de viver plenamente. Espero que estas palavras te inspirem a refletir sobre a sua própria jornada.

E assim, a crônica da vida segue seu curso, como um rio que serpenteia entre margens de luz e sombra, sem nunca se deter. Cada dia é uma frase nova, às vezes curta e direta, outras longa e cheia de rodeios, mas sempre carregada de significado. A vida, em sua essência, é essa escrita contínua, um rascunho que não permite revisões, mas que nos dá a liberdade de improvisar, de criar beleza mesmo nos trechos mais tortuosos.

Há momentos em que a pena parece leve, guiada por uma brisa de inspiração. São os instantes de conexão profunda um olhar compartilhado com um estranho que vira amigo, o calor de um abraço que diz mais do que palavras, a conquista de um sonho que parecia distante. Nessas horas, a vida se veste de poesia, e sentimos que cada batida do coração é um verso perfeito, alinhado com o ritmo do universo.

Mas há também os capítulos pesados, aqueles em que a tinta escorre como lágrimas, embaçando as linhas. Perdas que cortam como facas, dúvidas que pesam como âncoras, silêncios que ecoam mais alto que gritos. Nessas páginas, a vida nos testa. Ela nos pergunta: "E agora, como você continuará a escrever?" É nesses momentos que descobrimos nossa resiliência, nossa capacidade de encontrar sentido mesmo quando tudo parece desmoronar. Aprendemos que o caos, assim como a ordem, faz parte da trama, e que até as cicatrizes contam histórias de superação.

A beleza da vida está em sua imperfeição. Não é uma crônica polida, com começo, meio e fim bem definidos. É um mosaico de fragmentos, um quebra-cabeça que nunca se completa totalmente, mas, que, ainda assim, forma um desenho único. Cada escolha que fazemos desde as grandes decisões até os pequenos gestos diários é um traço nesse desenho. Escolher perdoar, arriscar, recomeçar, ou simplesmente te levantares da cama em um dia difícil, tudo isso é parte da arte de escolher, viver.

E talvez o maior ensinamento da vida seja este: ela não exige que sejamos perfeitos, apenas que sejamos presentes. Que mergulhemos de cabeça em cada momento, que sintamos o peso e a leveza de estar aqui. Que riamos até perder o fôlego, que choremos até esvaziar o peito, que amemos com a ousadia de quem sabe que o tempo é finito. Porque, no final, o que fica não é o número de páginas que escrevemos, mas a intensidade com que as vivemos.

Então, que você continue sua crônica com coragem, com verdade, com a certeza de que cada palavra, cada instante importa. Que Tu encontres alegria nas entrelinhas, força nos pontos finais, e esperança nos parágrafos ainda em branco. E que, ao olhar para trás, enxergues, não apenas uma história, mas uma obra-prima, escrita com o coração aberto e a alma inteira.

Crônica da Felicidade em Pedaços

A felicidade, essa coisa, tão falada, tão desejada, mas tão pouco entendida. Caminhamos pelas ruas de nossa vida, em busca dela como se fosse um tesouro escondido em algum lugar remoto, quando na verdade, ela está bem ali, nas pequenas coisas, nos momentos que escorregam pela nossa percepção. Eu vi a felicidade pela primeira vez numa manhã de outono, com o sol ainda tímido no céu. 

Era uma senhora de idade, sentada no banco da praça, com um sorriso que parecia carregar o peso de mil lembranças felizes. Ela alimentava os pombos, e cada migalha de pão que lançava ao ar parecia ser um pedaço de sua própria felicidade compartilhada. Não havia nada de extraordinário, apenas a simplicidade de um momento, mas ali, naquela praça, a felicidade era palpável. Felicidade não é um estado constante, um lugar onde chegamos para nunca mais sair.

Ela é como as ondas do mar, vem e vai, e se não estivermos atentos, podemos até mesmo não perceber sua presença. Está no cheiro do café fresco pela manhã, na risada de uma criança, no abraço apertado de um amigo, no silêncio de ler um livro bom. Mas, ah, como somos humanos em nossa busca incessante por mais, por algo maior, esquecendo que a felicidade muitas vezes reside nos pequenos detalhes, não na grandeza. O mundo nos vende a ideia de que precisamos de muito para ser felizes: dinheiro, sucesso, reconhecimento. 

E, no entanto, quantos de nós já não encontramos felicidade no simples ato de estar presente, de verdadeiramente viver o agora? Há quem diga que a felicidade é uma escolha, e talvez seja mesmo. Escolher ver o sol por entre as nuvens, escolher a gratidão em vez da insatisfação, escolher ser feliz com o que se tem, em vez de lamentar pelo que falta. Mas não se engane, não é uma escolha fácil. Requer prática, paciência, e acima de tudo, uma boa dose de auto perdão quando não conseguimos ser felizes o tempo todo. 

Então, aqui está minha reflexão: a felicidade não é algo a ser conquistado, mas a ser descoberto e redescoberto diariamente. Ela está nos pedaços de nossa vida, nos momentos que escolhemos viver com intensidade, com amor, com presença. E quando a noite chega e você se deita, se puder dizer que encontrou felicidade em algo, mesmo que seja apenas um sorriso, um agradecimento, ou um momento de paz, então, meu caro, você entendeu um pouco mais sobre o que significa ser verdadeiramente feliz.  (Igidio Garra®)

Crônica da Positividade: 

Em um dia comum, de céu cinza e chuva fina, a cidade parecia mergulhada em um torpor coletivo. Pessoas caminhavam apressadas, com olhares baixos, como se o peso do mundo estivesse em seus ombros. Mas, no meio dessa rotina, havia Maria, uma mulher de sorriso fácil e olhos que brilhavam como se guardassem segredos de felicidade. Maria não era rica, nem tinha uma vida sem desafios. Trabalhava como bibliotecária em uma pequena biblioteca de bairro, onde os livros acumulavam poeira e as visitas eram escassas. 

No entanto, ela via cada dia como uma nova oportunidade. Para ela, a positividade não era uma escolha; era uma necessidade vital, como o ar que respirava. Cada manhã, Maria acordava com um ritual simples mas poderoso: agradecia pelo novo dia. Não importava se o café estava amargo ou se o ônibus atrasava; ela encontrava algo pelo qual ser grata. "O sol pode estar escondido, mas ele está lá, trazendo vida para a terra", dizia a si mesma enquanto olhava pela janela. Na biblioteca, Maria transformava o ambiente. 

As crianças, que antes viam a leitura como uma obrigação, agora se encantavam com histórias de mundos mágicos e personagens valentes. Ela compartilhava risos, ensinava a beleza das palavras e, mais importante, mostrava que a vida é um livro cheio de páginas em branco esperando para ser escrito. Uma vez, um jovem entrou na biblioteca, carregando a tristeza como um manto pesado. Maria, com seu jeito acolhedor, perguntou o que o trazia ali. Ele respondeu que procurava um motivo para continuar. 

Com um sorriso, ela lhe entregou um livro antigo, "O Pequeno Príncipe", dizendo: "Às vezes, precisamos olhar o mundo pelos olhos de uma criança para ver a beleza que está ao nosso redor." Aquela tarde, o jovem leu, e algo nele mudou. A gratidão e a esperança começaram a crescer onde antes havia desespero. Ele voltou várias vezes, não só para ler, mas para conversar com Maria, que se tornou uma amiga e um farol de positividade. 

A crônica de Maria não é sobre grandes feitos ou triunfos mundiais. É sobre os pequenos atos de bondade, a escolha diária de ver o copo meio cheio, a decisão de ser luz em dias nublados. No fim, a positividade de Maria não era só dela; era um presente compartilhado com todos que cruzavam seu caminho, mostrando que, mesmo nas circunstâncias mais sombrias, a esperança e a alegria podem ser cultivadas como flores no concreto.  (Igidio Garra®)

A Música

A música é parte do dia a dia de muitos, sendo capaz de transmitir diferentes sentimentos e lembranças. Mas já parou para imaginar por que sentimos tudo isso ao escutar uma música? O que acontece com o nosso corpo durante esse processo? A música atinge várias áreas do cérebro e, ao chegar no tímpano, o som se agita para dentro ou para fora, dependendo de suas características amplitude, altura e volume. 

O cérebro decodifica as informações e representa uma imagem mental do físico, feita por uma cadeia de eventos mentais. As partes do cérebro que cuidam das emoções não são apenas ativadas, mas também entram em sincronia. Até mesmo o sistema motor é ativado nesse processo! 

Os "hits", músicas com grande reconhecimento, apresentam batidas e melodias fáceis de assimilar, além de uma grande quantidade de repetições, o que faz com que fique grudada em nossa mente e, por isso, são tão bem-sucedidas. 

Ouvintes de música apresentam uma taxa maior de saúde mental, índices menores de ansiedade e depressão e uma boa função cognitiva. Além de ouvir música, o ato de tocar um instrumento também é extremamente benéfico, aumentando a massa de matéria cinzenta em alguns lugares do cérebro.  (Igidio Garra®)

Fundamentos da Vida

Viver é fundamentalmente ir aceitando, pouco a pouco, dia a dia, semana a semana, mês a mês e ano a ano, que tudo está certo do jeito que está. Principalmente o que não pode ser mudado. E muito pouco sim, pode ser mudado, a não ser, essencialmente, nós mesmos. Nos dois últimos séculos, algo que se tornou uma grande virtude as quais são ACEITAR; entender, compreender e acolher quem amamos. 

E até quem não amamos, o que é relativamente mais fácil. Se algum grupo faz algo que você condena, fique quieto(a), não fale, não repreenda, não censure. Deixe-os viver. Tente entender que são assim mesmo e que a diversidade é o que melhor caracteriza a raça humana. Mas a dificuldade maior está em aceitar quem amamos; em aceitar que, quem amamos não é ou está do jeito que gostaríamos que fosse ou estivesse. 

Sempre que rejeitamos qualquer postura de quem gostamos, criamos uma barreira, algo que impede a nós, e também ao outro, de avançar. Por isso, sempre que puder, aceite as decisões de quem ama e ou goste, apoie, torça para que se dê bem no caminho escolhido. Se o outro está tropeçando na vida devido às escolhas, esteja sempre ali para esclarecer, pacientemente. Mas não para condenar. 

É da natureza humana aprender com o erro. E a maioria de nós só aprendemos depois de muito apanhar da vida. Agora, se o outro está se dando relativamente bem na vida, mesmo com escolhas que condenamos, então tu estás fazendo um desfavor a ele e pior a si mesmo. Entenda que não é porque nós não gostamos ou não nos identificamos com uma escolha que ela, a pessoa não servirá aos outros. 

Contentamo-nos em entender que ela não serve apenas para nós mesmos. Os outros são infinitamente diferentes de nós, portanto, para que haja uma comparação justa entre nossas escolhas sejamos cometidos e prudentes. E que todas essas coisas nos fortalecem tanto quanto nos sentirmos aceitos, apoiados e seguirmos com a sensação de que estamos no caminho certo, porque as pessoas que amamos e gostamos assim acreditam e demonstram sempre.

Recitais

Que estejamos presentes em memórias alheias. Que alguém já distante lembre do nosso sorriso e se sinta acolhido. Que o nosso bem faça bem ao outro. Que sejamos a saudade batendo no peito de uma velha amizade. Que sejamos o amor que alguém nunca esqueceu. Que sejamos um alguém que sorriu na rua e o desconhecido encantou se. Que sejamos, hoje e sempre, uma coisa boa que mora dentro de cada um que passou por nós. (Camila Costa)

"E ao fim do meu dia, eu vou querer estar contigo. E vou querer te dizer as palavras que guardo muito secretamente e não cedo a ninguém, olhar para ti mais uma vez e perguntar se a realidade é tão bonita assim. Ao fim do meu dia, eu vou te abraçar antes de dormir e sentir que não importa a vida que me espera lá fora, eu estou feliz aqui com você." (Camila Costa) 

"As estrelas nunca se alinharão, e os semáforos da vida nunca estarão todos verdes ao mesmo tempo. O universo não conspira contra si, mas também não se esforça por lhe facilitar as coisas. As condições nunca são perfeitas. O "mais cedo ou mais tarde" é uma doença que o levará a nunca realizar os seus sonhos. As listas de prós e contras têm quase o mesmo efeito. Se algo é importante para si e quer "mais cedo ou mais tarde" realizá-lo, faça-o. Terá tempo para corrigir os erros ao longo do caminho" (Tim Ferriss).

Virtudes

Viver exige a virtude da sabedoria, sim. Sabedoria de refletir, ponderar o que realmente importa na nossa vida. A arte de saber viver é a arte de saber escolher. Viver exige esforço para encontrar o equilíbrio. O famoso caminho do meio. O caminho que permita que você seja uma boa pessoa antes de tudo, para ti mesmo. Que tenha tempo para seu corpo, mente, espírito. Para que, estando bem consigo, possa conviver melhor com o outro. Viver exige sabedoria constante para a travessia.

Viver exige a virtude da sabedoria, sim. Sabedoria de refletir, ponderar o que realmente importa na nossa vida. A arte de saber viver é a arte de saber escolher. Viver exige esforço para encontrar o equilíbrio. O famoso caminho do meio. O caminho que permita que você seja uma boa pessoa antes de tudo, para ti mesmo. Que tenha tempo para seu corpo, mente, espírito. Para que, estando bem consigo, possa conviver melhor com o outro. 

Viver exige sabedoria constante para a travessia. E essa travessia não é linear, mas um fluxo de aprendizados, quedas e recomeços. Exige coragem para abraçar as incertezas e paciência para acolher os próprios limites. Viver é, afinal, um exercício diário de se reinventar, mantendo acesa a chama daquilo que nos faz humanos: a capacidade de amar, de criar e de encontrar sentido, mesmo nas tempestades. 

De percepção, de cuidado, de esforço, de sutileza, para que tua jornada te mostre o necessário para provocar as mudanças de que o teu derredor precisa. No seu mundo, no seu microcosmo, que é onde realmente a transformação precisa acontecer. O exercitar frequente dessa virtude responde à questão que me fiz. Não, eu não preciso fazer tudo e nem tu. Se o que buscamos é o caminho do meio, teremos que dizer nãos. E tudo bem. Como ouvi certa vez: a arte de saber viver é a arte de saber escolher. Tem que fazer sentido para nós e para outrem. Sempre.  

Escolhas

Escolher, necessariamente, requer abrir mão de alguma coisa, na expectativa de ganhar outra. Não temos como saber qual é a melhor opção. Não há um manual que nos garanta o que dará certo ou não no futuro. Essa incerteza, por vezes, é motivo de angústia e ansiedade. Uma forma de minimizar esse mal estar que sentimos é culpando o outro ou o destino. Ou se defendendo através de uma frase corriqueira como: Eu não tive escolha

Mas, será que isso realmente é verdade? Na dúvida, muitas vezes preferimos deixar que o outro decida por nós, ou escolhemos pelo o que for mais conveniente. O resultado pode acabar sendo muito diferente daquele que gostaríamos, gerando frustração. Porém, todavia não percebemos o quanto responsável fomos por isso, quase tudo se resume a escolhas. A verdade é que, por mais desafiador que possa parecer optar por esta ou aquela proposta, precisamos dar saltos de fé, ainda que baseados em nossa intuição e em nosso coração. 

Inclusive, eu acredito que são esses os principais ingredientes para a mistura das boas escolhas, aliados ao autoconhecimento e à coragem para assumir novos desafios. Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. 

Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.  (Igidio Garra®)

Autodescobertas

A jornada da autodescoberta realmente é um processo contínuo, cheio de momentos introspectivos e ajustes ao longo do caminho. Cada experiência e reflexão contribui para um entendimento mais profundo de quem somos e do que queremos ser. É um caminho que exige paciência, abertura e, muitas vezes, coragem para enfrentar verdades incómodas sobre nós mesmos. Como você tem encontrado esses momentos de reflexão na sua própria jornada. 

Nunca desista daquilo que tu queres, mesmo que a vida te ponha obstáculos, ao tropeçares levante e siga em frente, porém, lembre-se, o caminho nós o fazemos caminhando, todas aquelas pessoas, que são lindas de paz, Lindas de Espírito. Lindas em Simpatia, Lindas por Sabedoria, Lindas em Inteligência, Lindas em Generosidade, Lindas por saberem perdoar, Lindas por reconhecerem que erraram, Lindas Por corrigirem-se e que tu, continue sendo sempre, essa pessoa linda! 

A jornada da autodescoberta realmente é um processo contínuo, cheio de momentos introspectivos e ajustes ao longo do caminho. Cada experiência e reflexão contribui para um entendimento mais profundo de quem somos e do que queremos ser. É um caminho que exige paciência, abertura e, muitas vezes, coragem para enfrentar verdades incômodas sobre nós mesmos. Como você tem encontrado esses momentos de reflexão na sua própria jornada?

Nunca desista daquilo que tu queres, mesmo que a vida te ponha obstáculos. Ao tropeçares, levanta e segue em frente, porém, lembre-se: o caminho nós o fazemos caminhando, todas aquelas pessoas, que são lindas de paz, lindas de espírito, lindas em simpatia, lindas por sabedoria, lindas em inteligência, lindas em generosidade, lindas por saberem perdoar, lindas por reconhecerem que erraram, lindas por corrigirem-se. E que tu continues sendo sempre essa pessoa linda! O passado é lição para refletir, não para repetir.

E assim, nessa caminhada, aprendemos que a beleza de ser quem somos está na humildade de nos reconstruirmos a cada dia. É no silêncio das noites pensativas, nos sorrisos compartilhados, nas lágrimas que ensinam, que encontramos os pedaços de nós mesmos. A autodescoberta não é um destino final, mas um convite eterno para dançar com a vida, abraçando suas mudanças e surpresas. Que sigamos, então, com o coração aberto, sabendo que cada passo, mesmo os mais incertos, nos leva a uma versão mais verdadeira de nós, o passado é lição para refletir, não para repetir. Obrigado por caminhar com essa luz que inspira!

Real ou Virtual... 

Será que somos autômatos... ou pessoas, O que é virtual? Na verdade, não existe virtualidade e sim uma forma diferente, moderna e avançada de relacionamento a distância, impessoal, fria e nem sempre com boas intenções. No entanto, cabe afirmar aqui que toda a generalização compactua para que sejamos injustos, e injustiça leva-nos e pensar irrealidade e ou virtualidade, quando somos reais e não um teclado de computador, uma WebCam. 

Sim, utilizamos um meio frio de comunicação quase que instantânea, porém jamais virtual. Mesmo porque sem o homem não subsistiria a comunicação por qualquer forma, pois nos dada foi, essa capacidade de expressar sentimentos através de palavras que viraram frases, onde livros surgiram impressos retratando as mais diversas e até curiosas situações sejam elas reais, fictícias e ou mesmo virtuais... ou não... 

Afinal, o que é real e o que é virtual? Se, estou aqui e falo convosco e num outro ponto do país ou de outro continente, onde está a virtualidade disso? Então tudo é real, só mudou a forma, de missivas para e-mails, agora de forma direta via redes sociais e por aplicativos de mensagens, mas real.  (Igidio Garra®)

Transcrição do texto de Catarina Rochamonte 

A esquerda brasileira foi vastamente derrotada nas eleições municipais de 6 de outubro de 2024. Essa derrota já era esperada, pois vinha sendo construída abertamente pelo presidente da República e seu partido. Lula, autocrata do PT, domina de cabo a rabo a esquerda brasileira; podendo-se dizer que o rabo é constituído por minúsculos partidos de extrema-esquerda que acham ainda insuficiente o apoio de Lula ao ditador da Venezuela, muito discreta sua afeição ao tirano russo invasor da Ucrânia e tímida sua agressividade contra Israel. 

O referido fracasso político-eleitoral no âmbito municipal indica para breve um novo e mais grave fracasso: Lula provavelmente não será reeleito e a tendência é que uma aliança democrática mais à direita eleja um novo presidente da República em 2026. Não que a esquerda vá morrer o que não seria nada saudável para uma democracia mas a torcida da esquerda democrática deve ser para que a esquerda lulo-petista se afogue no charco da sua própria irrelevância. Antes de seguir na exposição da construção do fracasso anunciado da esquerda brasileira, convém uma rápida exposição como que um gancho da história da esquerda e do fracasso histórico do marxismo. 

A promessa do paraíso e o inferno do poder A Revolução Francesa de 1789 inaugurou duas amplas correntes políticas que, em recorrentes enfrentamentos mais ou menos agudos, passaram a dominar o cenário político internacional: "la gauche" (esquerda) e "la droite" (direita). A esquerda é, portanto, anterior e bem mais ampla que o marxismo. Todavia, vendendo-se como ciência em uma época galvanizada pelo cientificismo, o marxismo avassalou a esquerda mundial desde o início do século 20 e, com a Revolução de 1917, na Rússia, avançou internacionalmente por meio de expansão imperialista da sua feição leninista-stalinista lá implantada ou por replicadas revoluções. 

Em todo esse avanço, que chegou a dominar metade do mundo, o marxismo se sustentou na promessa de construção do paraíso na terra; tendo embora o cuidado de afirmar a necessidade de uma fase transitória infernal chamada de ditadura do proletariado. Tal ditadura – que nunca foi do proletariado, mas do partido marxista ocasionalmente no poder –, não conseguindo construir o prometido paraíso proletário, tratou de garantir o paraíso de poder dos dirigentes. Autoritário desde sua elaboração teórica e desde suas primeiras ações na Liga Comunista e na Primeira Internacional Comunista – como denunciado pelo anarquista Bakunin, colega de Marx na Primeira Internacional, o marxismo, quando vitorioso, quando colocado em prática, degenerou até a perversidade tirânica do leninismo-stalinismo. 

A social-democracia deve-se, no entanto, registrar que marxistas destacados repudiaram tais práticas autoritárias; como foi o caso do alemão Eduard Bernstein, que fez a primeira revisão do marxismo, e de Rosa Luxemburgo, que desde o início da implantação do regime leninista na Rússia o denunciou como sendo não uma ditadura do proletariado, mas uma ditadura sobre o proletariado. Cabe também registrar que a Segunda Internacional (Internacional Socialista) de origem marxista, que teve Engels entre seus fundadores abandonara, a partir da revisão de Bernstein tanto o autoritarismo da fase de transição quanto a promessa do fim paradisíaco, deixando de lado o fanatismo revolucionário para defender os interesses dos trabalhadores no âmbito da democracia e do reformismo. 

"O fim é nada, o caminho é tudo"; essa frase, encontrada na obra de Monteiro Lobato, resume bem o ideário da esquerda reformista social-democrata. Creio que deva ser sempre relembrada, especialmente pelos inescrupulosos maquiavélicos que dizem que o fim justifica os meios. Instrumentalização e cooptação: identitarismo O marxismo, portanto, não é toda a esquerda; mas parte da esquerda ainda não se libertou de suas raízes mais autoritárias. 

O PT, além das raízes autoritárias, mistura sua ideologia mofada e nefasta com pura conveniência para manutenção do poder. É por essa última conveniência e não por ideologia, que o PT se abriu à nova esquerda identitária. Como bem explica Antonio Risério no prefácio do seu livro Identitarismo, depois da instrumentalização petista de antigos e novos movimentos sociais veio "a cooptação dos novos movimentos identitárias, hoje vistosamente entrincheirados nos gabinetes ministeriais de Brasília "Segundo Risério, as conquistas que esses movimentos lograram a partir da pactuação lulista vieram principalmente do campo do direito penal: "o endurecimento penal foi o osso compensatório que o lulismo atirou aos movimentos identitários." 

A pactuação lulo-petista com os movimentos identitários reflete, pois, segundo a forte expressão do referido antropólogo e ensaísta, "o autoritarismo partidocrata em busca obsessiva de hegemonia num pseudo gramscianismo pervertido". Esse pacto soube combinar a sanha punitivista da militância identitária com o discurso em nome do oprimido; e tudo isso coincidiu com a emergência das redes sociais… A cooptação/instrumentalização de grupos minoritários passou, ainda, pela famigerada política de cotas rácico-sexuais. instrumentalização e cooptação: identitarismo. 

O marxismo, portanto, não é toda a esquerda; mas parte da esquerda ainda não se libertou de suas raízes mais autoritárias. O PT, além das raízes autoritárias, mistura sua ideologia mofada e nefasta com pura conveniência para manutenção do poder. É por essa última conveniência e não por ideologia, que o PT se abriu à nova esquerda identitária. Como bem explica Antonio Risério no prefácio do seu livro Identitarismo. 

Depois da instrumentalização petista de antigos e novos movimentos sociais veio "a cooptação dos novos movimentos identitáristas, hoje vistosamente entrincheirados nos gabinetes ministeriais de Brasília" Segundo Risério, as conquistas que esses movimentos lograram a partir da pactuação lulista vieram principalmente do campo do direito penal: "o endurecimento penal foi o osso compensatório que o lulismo atirou aos movimentos identitários." 

A pactuação lulo-petista com os movimentos identitários reflete, pois, segundo a forte expressão do referido antropólogo e ensaísta, "o autoritarismo partidocrata em busca obsessiva de hegemonia num pseudogramscianismo pervertido". Esse pacto soube combinar a sanha punitivista da militância identitária com o discurso em nome do oprimido; e tudo isso coincidiu com a emergência das redes sociais… A cooptação/instrumentalização de grupos minoritários passou, ainda, pela famigerada política de cotas rácico-sexuais.

A Glória do Pavão 

Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros; e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. 

De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. Considerei, então, que o amor, como o pavão, não se explica pela soma de suas partes, mas pela magia de sua ilusão. 

Teu olhar, minha amada, é o prisma onde minha alma se quebra em mil cores, cada uma dançando ao sabor de um instante. Não há substância que eu possa tocar, nenhum peso que eu possa medir, apenas a leveza de um sentimento que se forma e se desfaz como orvalho ao amanhecer. E, ainda assim, é tudo.

Pensei que talvez o mundo inteiro seja assim, feito de aparências que nos salvam. A árvore não é apenas madeira, mas o sussurro do vento em suas folhas. O rio não é só água, mas o reflexo do céu que ele carrega. E nós, oh, nós não somos apenas carne e osso, mas o que ousamos sonhar um do outro. Teu sorriso, um raio de luz; minha saudade, uma sombra que se alonga. Juntos, fazemos um espetáculo sem fim.

E se o pavão, com suas bolhas d'água, engana o olho para ser rei, também eu, com meu coração desarmado, me engano em ti para ser eterno. Porque o amor, minha amada, não precisa de pigmentos para ser verdade. Basta que eu acredite no arco-íris que tu és, e que tu, em segredo, acredites no que vês em mim. Assim, seguimos, plumas ao vento, magnificamente simples, gloriosamente frágeis, até que a luz se apague e reste apenas o mistério do que fomos.

Amor Mágico

O amor tem este poder mágico de fazer o tempo correr ao contrário. O que envelhece não é o tempo. É a rotina, o enfado, a incapacidade de se comover ante o sorriso de uma mulher ou de um homem. Mas será incapacidade mesmo? Ou não será uma outra coisa: que a sociedade inteira ensina aos seus velhos que velho que ama é velho sem-vergonha, que o tempo do amor já passou, que agora é tempo de esperar a morte, que o preço de serem amados por seus filhos e netos é a renúncia aos seus sonhos de amor, prevalecem!  

Considerei, então, que o amor não aceita essas regras mesquinhas, essas cercas que a sociedade ergue para confinar o coração. O amor, minha amada, é um rebelde que ri das convenções, que dança sobre o calendário e desafia o relógio. Velho sem-vergonha? Que seja! Pois há mais vida num olhar apaixonado aos oitenta do que num peito resignado aos trinta. O amor não pergunta a idade, não consulta certidões, não se curva ao que "deve ser". Ele simplesmente é, como o sol que não pede licença para nascer.

Pensei que talvez o erro esteja em chamar de incapacidade o que é, na verdade, medo. Medo de julgar, medo de rir, medo de parecer ridículo aos olhos de um mundo que esqueceu como se encanta. Mas o amor, ah, ele é o antídoto. Ele pega esse medo pelas mãos e o leva para passear, descalço, na grama molhada. Ele faz o velho sentir o pulso da juventude, não porque apaga as rugas, mas porque reacende o brilho nos olhos. E o que é a juventude, senão a coragem de sentir?

E assim, minha amada, considerei que o preço cobrado pela sociedade — essa renúncia aos sonhos de amor — é alto demais, injusto demais. Por que trocar o êxtase de um toque, o calor de um abraço, pela frieza de um papel que nos reduz a "avô" ou "avó"? Não, o amor não se aposenta. Ele não se curva à espera da morte. Ele faz do coração um palco onde o tempo é apenas um espectador, e não o diretor. E nós, velhos ou jovens, somos atores, improvisando versos com os olhos, escrevendo histórias com os gestos, até que a cortina caia. Mas enquanto houver um olhar que nos espelhe, minha amada, o amor nos fará imortais.

Transcrição

Era um mundo preto e branco. Todo o planeta consistia apenas em branco, preto, cinza e suas respectivas tonalidades. As pessoas caminhavam sob um céu ônix durante o dia e sob um manto carvão a noite. A humanidade consistia em 5 raças: branco, preto, cinza, granizo e chumbo. 

Mas, em uma estranha manhã, o céu amanheceu azul. As flores carvão tornaram-se vermelhas, amarelas, verdes cintilantes. Em todo o planeta, mares cinzas ganharam tonalidades de verde e azul. E as planícies desbotadas reverberavam cores múltiplas. Naquele dia, as pessoas entraram em pânico. 

Anunciaram o fim do mundo. Prantearam, fizeram cortes em si mesmas, imploraram misericórdia. No entanto, sem qualquer explicação, o fenômeno durou apenas um dia. Na manhã seguinte, quando o céu voltou a ser cinza ônix, as pessoas agradeceram por terem sobrevivido àquele dia apocalíptico. (Juliano Martins)

A Força da Amizade

Estamos distantes e, ao mesmo tempo, tão perto. A amizade que nos une pode vencer todas as distâncias. Ela, sim, é mais forte que o tempo. Ela, sim, poderia atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida. Sim. Como ela é forte, pois essa amizade nada nem ninguém destruirá. Que perdure enquanto as nossas almas existirem. Que nem a distância, nem o tempo e nem mesmo os nossos erros terminem a nossa amizade. Nada é mais valioso do que ela. 

A amizade é doce, firme e leal. Ela se fortalece com o tempo e se torna duradoura! Quantas vezes você me ouve, me anima, me faz seguir em frente, participa das minhas alegrias e trata meus assuntos, como se fossem seus? Me dá conselhos que eu respeito, porque sei que são sinceros. Às vezes concordamos, em outras discordamos. Você faz parte do meu mundo! Você é alguém em quem confio e que tem todo o meu afeto e a minha amizade. 

Pode ser que um dia tudo acabe... Mas, com a amizade construiremos tudo novamente, Cada vez de forma diferente. Sendo único e inesquecível cada momento que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre. Há duas formas para viver a sua vida: Uma é acreditar que não existe milagre. A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre. Sonhe com o que quiseres. 

Vá para onde queiras ir. Seja o que o tu quer ser, porque tu possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz, pois nunca desistiu.  (Igidio Garra®)

Transcrição

O que penso hoje pode não ser o que pensarei amanhã; dinâmica, aderente, parasita, impostora; arena de leões, que disputam o representar. Confundiram tudo; representam como atores e não como representantes. Política é um altar que se deveria chegar pra dar voz a verdade e não um palco para atuar com a ficção. Acreditarei na política quando pararem de dividir a sociedade em raças, credo, classe econômica, classe intelectual, classe sindical... Quanto mais dividido melhor a quem é menor... A política diminui o povo pra tentar alcançar seu controle, porque tem medo do seu tamanho e de sua força. Não tenho medo do dia que o povo acordará sozinho, sem o canto da sereia mandar-lhe pintar a cara, mas a cara pintar-lhe a vergonha no coração. (Jean Carlos Sestrem)

Transcrição

Eu sou um anticomunista. Conhecíamos o canalha, o mentiroso, o vampiro de Düsseldorf. Todos os pulhas de todos os tempos e de todos os idiomas, mas, ainda assim homens. O comunismo inventou alguém que não é homem. Para o comunista, o qiue nós chamamos de dignidade é um preceito burguês. Para o comunista o pequeno burguês é um idiota absoluto justamente porque tem escrúpulos. (Nelson Rodrigues)

Quincas Borba o Filósofo 

Quincas Borba é um filósofo de tipos, o inventor de uma doutrina que ele chama de Humanitismo, que leva o positivismo lógico aos seus extremos. Tendo proposto isso, Borba se declara "o maior homem da Terra", mas embora ele confiantemente negue a morte, logo depois ele morre. Seu amigo Rubião, que tolera as excentricidades de Borba, é o único beneficiário da considerável fortuna de Borba, com apenas uma condição: ele deve cuidar do amado cachorro de Borba, ele próprio chamado Quincas Borba. 

O cachorro é uma coisa doce; Rubião nem tanto, deixando o pobre bichinho sozinho enquanto ele aproveita a vida da alta sociedade no Rio de Janeiro. Entre outras coisas, Rubião tenta poderosamente seduzir a bela jovem esposa de seu consultor financeiro. Sofia não é nenhuma Emma Bovary, e embora ela esteja bem ciente de que Rubião a deseja, ela parece mais interessada em um alpinista social de cabeça vazia mais próximo de sua idade. 

Ela também está bem ciente de seus poderes: "Depois de amarrar o espartilho, ainda de pé diante do espelho, ela amorosamente arrumou os seios para exibir seu magnífico decote", atributos que Machado, apaixonado por alusões, compara a uma passagem do historiador grego Heródoto. Rubião absorveu completamente apenas uma lição de Quincas Borba: não há o suficiente para todos, tornando necessário que uma tribo mate outra para comer, uma lição que Rubião destila em "um anel de sinete inscrito com o lema: AO VENCEDOR, AS BATATAS!" Infelizmente, as batatas são evasivas, e a única figura admirável no romance de Machado é o cachorro, que "ama ser amado. 

Ele fica feliz em acreditar que é". Ele provavelmente não é, mas, como os outros personagens infelizes da sátira de Machado, ele fica feliz em perseguir seu próprio rabo. Ah, meu caro Rubião, isto de política pode ser comparado à paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo; não falta nada, nem o discípulo que nega, nem o discípulo que vende. Coroa de espinhos, bofetadas, madeiro, e afinal morre-se na cruz das ideias, pregado pelos cravos da inveja, da calúnia e da ingratidão. ((Machado de Assis, Obra - Quincas Borba (1891)).

DESAPEGO: 

Tem momentos das nossas vidas que não temos outra escolha a não ser se desapegar daquelas pessoas que passamos quase a vida toda admirando e gostando. Quando percebemos que essas pessoas já não está tão ligada a nós como antes não temos outra alternativa a não ser se desapegar ou sofrer calado, por algum tempo sofremos com esperanças de que um dia essa pessoa volte para nossas vidas, isso é meio improvável mais pode vir a acontecer, mais se acontecer não será como antes, disso pode ter certeza. 

Todos os sentimentos mudam com o tempo, Tu ainda pode gostar muito dela, mais ela não irá retribuir o sentimento como você deseja, então a melhor maneira de superar é se desapegar. Na verdade tens duas opções, a primeira é se desapegar essa seria a correta, mais pra algumas pessoas não tão fácil como se parece, a segunda opção é continuar correndo atrás de quem se gosta, correr o risco dela se cansar de você e um belo dia aparecer de mão dada com outra pessoa. 

Tanto a primeira opção quanto a segunda são difíceis porque as duas envolve sentimentos, querendo ou não, irá sofrer com ambas das opções, mais então qual é a decisão certo a tomar. Dizem que o tempo cura tudo, sim as vezes até cura mais demora muito tempo pra isso acontecer. Quanto tempo vale apena sofrer por alguém que já não faz mais parte da sua vida?. Alguns dizem que a melhor coisa a se fazer é achar um novo alguém. 

Mais será certo ficar com alguém pra esquecer um velho amor? Tu estarás usando essa pessoa pra esquecer a outra? O que fazer, qual é o certo e o errado, dizem que não existe felicidade sem dor, por um lado eu concordo. Alguém já foi feliz sem sofrer um pouco se quer, alguém teria essa resposta?  (Igidio Garra®)

Aos meus amigos: 

Para aquelas pessoas que fazem meu coração sorrir... Para aqueles que sempre esteve junto até mesmo quando eu não estava disposto... Para a pessoa que eu esperava que me chutasse quando caí, e que foi uma das primeiras que me ajudou a levantar... Para as pessoas que fizeram a diferença em minha vida... 

Para as pessoas que quando olho para trás, sinto muitas saudades... Para as pessoas que me aconselharam quando me senti sozinho, e me ajudaram a entender que não importa em quantos pedaços meu coração tenha se partido, pois o mundo não irá parar para que eu o conserte... Para as pessoas que me deram uma força quando eu não estava muito animada. Para as pessoas que amei... Para as pessoas que abracei e me abraçaram... 

Para as pessoas que encontro apenas em meus sonhos... Para as pessoas que encontro todos os dias e não tenho a chance de dizer tudo o que sinto olhando nos olhos... Para mim... O que importa não é O QUE eu tenho na vida, mas QUEM eu tenho na vida... Por isso... Guardo todas as pessoas importantes da minha vida em uma caixinha, que denomino como coração...  (Igidio Garra®)

BORBOLETAS: 

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande. As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. 

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o tempo, tu vais percebendo que para ser feliz com outra pessoa, tu precisas em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que Tu amas (ou acha que ama) e que não quer nada com ti, definitivamente, não é o homem ou a mulher de tua vida. 

Tu aprendes a gostar de ti ê, a cuidar-se, e principalmente a gostar de quem te gosta. O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do um jardim para que elas venham à ti . No final das contas, tu vais achar não quem estavas a procurar, mas quem estava procurando por ti! Nem todas as flores têm a mesma sorte, umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte. 

Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre. A vida não pode ser economizada para amanhã. Acontece sempre no presente. Por mais independente que a pessoa seja, ela sempre vai precisar do ar pra viver. Sonhe com a vida, mas não perca a vida por um sonho, viva intensamente.  (Igidio Garra®)  

O Tempo

Passado, presente e futuro devem coexistir harmonicamente na mente humana. Quando um deles é priorizado e os demais são totalmente esquecidos surge alguma espécie de desequilíbrio, ou, no mínimo, a hipótese de que algo não está correto, não está bem. Viva cada dia de uma vez, não deixe de viver bem o hoje em prol de um futuro que pode nem chegar, se está infeliz no presente, busque motivos para se contentar com o que tem nele, não viva sonhando com o que terá num tempo incerto que ainda nem chegou e, quiçá nem chegará. Vivemos tempos loucos, onde dar valor às pessoas é essencial. 

E assim, entre reflexões e incertezas, percebemos que o tempo não é apenas uma linha reta que nos puxa do ontem para o amanhã. Ele é, na verdade, um mosaico, um entrelaçar de momentos que carregamos no peito. O passado nos ensina, o futuro nos instiga, mas é no presente que realmente existimos. Dar valor às pessoas, como se cada encontro fosse um pequeno milagre, é o que ancora nossa alma nesses dias tão fugazes.

Às vezes, nos pegamos olhando para trás, buscando respostas em velhas memórias, ou mirando o horizonte, tentando decifrar o que virá. Mas e o hoje? O hoje é o café quente na xícara, o sorriso trocado com um estranho, a conversa despretensiosa que aquece o coração. É a música que toca ao fundo enquanto escrevemos nossa história, página por página, sem pressa de chegar ao fim.

Viver bem o presente não significa ignorar os sonhos ou apagar as lições do passado. É, antes, entender que cada dia traz uma chance de recomeçar, de ajustar as velas do nosso barco e seguir navegando, mesmo quando o mar está revolto. Porque, no fundo, o que nos mantém inteiros não é a certeza do amanhã, mas a coragem de viver plenamente o agora, com suas imperfeições, suas dores e suas pequenas alegrias.

E assim, entre um dia e outro, vamos aprendendo que a vida não é sobre controlar o tempo, mas sobre dançar com ele. Abraçar quem está ao nosso lado, ouvir com atenção, perdoar com leveza. Porque, no fim das contas, o que realmente importa é o que fazemos com o tempo que nos é dado  e como escolhemos preenchê-lo com amor, sentido e verdade. A incerteza nos ronda e a gente começa ou volta a refletir muito sobre a vida, nossas prioridades e em como "tocamos nosso barco".  

Momento

Existem momentos na vida que é necessário excluir pessoas, apagar lembranças, jogar fora o que machuca, abandonar o que nos faz mal, se libertar de coisas que nos prendem. Olhar para frente e enxergar a imensidão de caminhos ao nosso redor, ao invés de insistir sempre no mesmo erro e na mesma dor. Aprenda a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem também gosta de você! 

Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem o seu respeito. Quanto ao resto, bom... ninguém nunca precisou de restos para ser feliz. Cuide apenas daquilo que for verdadeiro... o que não for, deixe passar. Em um momento como esse, nos preocupamos muito mais com as pessoas ao nosso redor e principalmente por quem amamos. Isso nos fez refletir sobre a importância dos momentos especiais.  

Nossa vida é essa coleção de momentos bons e ruins. Mas são aqueles momentos felizes que perduram mais. Momentos com pessoas especiais, que nos fazem recordar de algo que foi bom, engraçado ou emocionante e que sempre nos são usados como referência… mas isso acaba passando batido. O mundo como está nos dias de hoje cada vez mais e nos faz dar valor a tudo. Conceitos como respeito ao próximo e solidariedade brotam de tantas pessoas diferentes no universo, que realmente dá para ter a esperança de um planeta melhor. 

Dar valor às pessoas é de fato um movimento lindo, que resgata com força essa busca por momentos especiais que citamos. Afinal, quem não quer ser feliz. Celebrar a vida é saudável e ousamos dizer que essencial em tempos como esses. Deixar de lado tudo o que não agrega e trazer a atenção para o amor e a esperança que tudo pode melhorar sim, se aprendermos e dermos valor ao que temos e podemos proporcionar ao próximo.  (Igidio Garra®)


Força da Amizade

A força da nossa amizade vence todas as diferenças... Aliás... para que diferenças se somos amigos? Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos. Se temos defeitos... não nos importamos... Trocamos segredos... e respeitamos as divergências... Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo... Nos amparamos... nos defendemos... sem pedir... fazemos porque nos sentimos felizes em fazer... Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos. Nos mostramos amigos de verdade, quando dizemos o que temos a dizer... Nos aceitamos , sem querer mudanças... Estamos sempre presente, não só nos momentos de alegria, compartilhando prazeres, mas principalmente nos momentos mais difíceis. Cada um tem de mim exatamente o que cativou, e cada um é responsável pelo que cativou, não suporto falsidade e mentira, a verdade pode machucar, mas é sempre mais digna. Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida e viver com intensidade. Perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve e a vida é muito para ser insignificante. Eu faço e abuso da felicidade e não desisto dos meus sonhos. O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos.  O importante da amizade não é conhecer o amigo; e sim saber o que há dentro dele!... Cada amigo novo que ganhamos na vida, nos aperfeiçoa e enriquece, não pelo que nos dá, mas pelo quanto descobrimos de nós mesmos. Ser amigo não é coisa de um dia. São gestos, palavras, sentimentos que se solidificam no tempo e não se apagam jamais. O amigo revela, desvenda, conforta. É uma porta sempre aberta em qualquer situação. O amigo na hora certa, é sol ao meio-dia, estrela na escuridão. O amigo é bússola e rota no oceano, porto seguro da tripulação. O amigo é o milagre do calor humano que Deus opera no coração. (Igidio Garra®)  

Viver é um Barato

O grande barato da vida é olhar pra trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o Aqui e Agora! Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o bolo sola, o pneu fura, chove demais. Mas... pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Às vezes se espera demais das pessoas... Normal! A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou... 

Normal! Todos nós devemos transformar tudo em uma boa experiência. O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento! Apesar que me lembro de uma frase que dizia: Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade. Mais tudo bem. Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. 

Não adianta lutar contra isso. Acredito que ou nos conformamos com a falta de algumas coisas, ou nos esforçamos para realizar todas as nossas loucuras... se eu fosse você... ficaria com a última. Mas seja forte o suficiente para enfrentar os obstáculos. Paciente para saber esperar o resultado! É capaz de reconhecer, no final de tudo, seu esforço e ver que ele não foi em vão. No final de cada jornada (a vida é cheia delas) olhe pra trás e enxergue uma vida maravilhosa, cheia de alegrias, viagens, sorrisos, amores, paixões, beijos, abraços, amigos, realizações e conquistas.

Tenha inúmeros bons momentos dos quais relembrar; veja o pôr do sol e o seu nascer; tenha também momentos difíceis (eles nos ensinam a crescer). Tenha noites de insônia, daquelas que acabam virando momentos refletores da nossa vida. Tenha noites de poucas horas de sono, por causa daquela tão esperada balada. Ao olhar pra trás veja que cometeu loucuras em certos momentos, mas que também agiu com consciência em outros. A vida precisa de um pouco de equilíbrio. Chore quando for preciso desabafar aquela agonia incontrolável. Se sinta cansado, exausto de tanto pular, gritar, dançar e cantar... E que no fim da noite você pense: VALEU A PENA!   (Igidio Garra®)

Satisfação e Expectativas 

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui para satisfazer as delas. Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar desse alguém. As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a somar objetivos comuns, alegrias e vida. Se temos de esperar, que seja para colher a semente boa que lançamos hoje no solo da vida. Se for para semear, então que seja para produzir milhões de sorrisos, de solidariedade e amizade. Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça. Digo o que penso, com esperança. Penso no que faço, com fé. Faço o que devo fazer, com amor. Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende. Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou insistir em lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.  (Igidio Garra®)

Existem Fórmulas Certas?

Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente. Não sei fazer nada pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesmo, mas com certeza não serei o mesmo pra sempre. Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter... calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a tua vida com a dos outros. Tu não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida, antes de chegarem ao destino final.   (Igidio Garra®)

Longevidade da Águia

A águia é uma ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver cerca de 70 anos, porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos, suas unhas estão compridas e flexíveis, e já não conseguem mais agarrar as presas, das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo, se curva.

Apontando contra o peito estão as asas envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, voar aos 40 anos já é bem difícil. Nesta situação, a águia só tem duas alternativas: deixar ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Este processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá reconhecer-se, em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um lugar onde, para retornar, ela necessite dar um voo firme e pleno. 

Ao encontrar este lugar, a Águia começa a bater o bico contra a parede até arrancá-lo, enfrentando corajosamente a dor que esta atitude acarreta. Espera nascer outro bico, com o qual irá arrancar suas velhas unhas. Com as novas unhas começa a arrancar as velhas penas. Após cinco meses, "renascida", sai para o famoso voo de renovação, para viver então mais trinta anos. Muitas vezes, em nossas vidas, temos que nos resguardar por um tempo e começar um processo de renovação. 

Devemos nos desprender das (más) lembranças (maus costumes) e outras situações que nos causam dissabores, para que não continuem a voar. Somente quando livres do passado, podemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz. Um voo de vitória. Destrua o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo e retire as penas de suas asas dos maus costumes e alcance um lindo voo para uma vida nova!  (Igidio Garra®)

Viver Importa!

É engraçado como pessoas entram na sua vida para sempre ficar, que tu ao menos conhecia antes agora é uma das razões para que tu possa viver, e por mais que alguém negue será para sempre. E mesmo que seja virtual, os nossos corações estão unidos aos laços do amor, se você confiar eu confio, apenas vamos nos dar a mão e sorrir alegremente para cara do outro, porque a forma que tu rir-se, me faz feliz pelo resto do dia. E quem sabe daqui a alguns anos, nós possamos nos abraçar como realmente eu sonho todos os dias. 

Se sentes o mesmo, eu não sei, mas só por tua existência eu já sou conformado, porque és a pessoa mais linda que eu conheço, mas não só por fora, principalmente por dentro, seus sentimentos são os mais verdadeiros e bonitos que existem. Apenas segure a minha mão e sorria, porque eu estou do seu lado, para sempre. A vida é arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. 

É preciso encontrar as coisas certas da vida, para que ela tenha o sentido que se deseja. Assim, a escolha de uma profissão também é a arte do encontro, porque a vida só adquire vida, quando a gente empresta a nossa vida, para o resto da vida. Mesmo que o hoje te dê um não, lembre-se de que há um amanhã melhor. A certeza de que os nossos caminhos devemos traçar ao lado de quem nos ama, com amor, paz, confiança e felicidade, é a base para se recomeçar. 

Um recomeço, pra pensar no que fazer agora, acreditando em si mesmo, na busca do que será prioridade daqui pra frente. PLANOS? Pra que os fizemos, já que o amanhã é mistério? A qualquer momento pode ser tempo de revisar os conceitos e ações e concluir que tudo aquilo que você viveu marcou, porém, não foi suficiente pra que continuasse. As lembranças passadas ficam, tudo que vivemos era pra ser vivido, o destino é como um livro do qual nós somos os autores, ele não vem pronto, antes de nascermos ele está em branco, ao nascermos introduzimos as primeiras passagens, um começo. 

Com o tempo, através das escolhas vamos escrevendo-o página por página, rabiscadas, rasgadas ou marcadas, onde encontramos obstáculos onde indicarão a melhor hora pra recomeçar, nos últimos dias de vida concluiremos, e no final deixamos nossas histórias marcadas no coração daqueles, que sempre farão parte de nossa história, onde quer que estejam. Vivemos sempre em busca... Buscamos a tudo, a todo o tempo! O amor perdido, a riqueza almejada, o respeito necessário... E o que procuramos verdadeiramente? Não sei! Porém, nesta corrida frenética e constante pela conquista, nos cegamos para o real. Para as coisas que realmente 

Fazem a diferença em nossas vidas. Sábio é o homem que valoriza o comum, o habitual. Pois é do pequeno que se chega ao grande. Tudo o que há de grandioso não se concretizaria sem o pequeno! Penso, que a verdadeira busca necessária. É a busca pelo aprendizado; Somente através dele poderemos valorizar o que realmente importa para nossas vidas. Porém, não há busca sem sofrimento, nem felicidade sem dor. É preciso sentir a dor para gratificar-se pelo alívio. Faça como o sábio... Olhe para dentro de si e descubra que a felicidade é um estado de espírito. 

Sinta-se feliz. E verás a real beleza da vida! A realidade da vida é que um dia todos mudam e nem sempre aquele que se diz "eu sou melhor" vai ser assim pra sempre, tudo vai mudar, tudo vai trocar de lugar, quando menos esperarmos, podemos perder as pessoas mais importantes das nossas vidas, sem se quer poder ter dito "Adeus", seus pensamentos vão mudar, você vai se apaixonar, se irritar, odiar, decepcionar-se mais é o significado da vida, "VIVER", a vida se resume a isso viver, pensar em problemas para que? Problemas não passam de problemas! 

Dê valor a quem te ama... "Cada pessoa que passa pela nossa vida passa sozinha, não nos deixa só, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso. A vida é curta, quebre regras, perdoe rapidamente, não reclame, não critique, seja amável, agradeça sempre, beije lentamente, ame de verdade, ria descontrolavelmente, e nunca pare de sorrir, por mais estranho que seja o motivo. E lembre-se que não há prazer sem riscos. A vida pode não ser a festa que esperávamos, mas uma vez que estamos aqui, temos que comemorar cada dia e agradecer! Aprecie sem moderação...  (Igidio Garra®)

Poder da Consciência

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes. Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento. 

Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros. Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. 

Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos. E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. 

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença! E o tempo passa... Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa. Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?! Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso. Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para a frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para dentro e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós.  (Igidio Garra®)