ILHA DOS PIRATAS
Os Piratas da Ilha do Tesouro Escondido:
Em um mar tempestuoso, onde as ondas se erguiam como montanhas e o céu era cortado por relâmpagos, navegava o navio "Corsário Negro", comandado pelo infame Capitão Barba de Fogo. Este pirata, conhecido por sua barba vermelha como o próprio fogo e seus olhos tão negros quanto a noite mais escura, tinha um único objetivo: encontrar o tesouro da Ilha do Tesouro Escondido, uma lenda sussurrada apenas nas tavernas mais sombrias dos sete mares.
A tripulação do Corsário Negro era formada por homens duros como o próprio mar, cada um com uma história de sangue e traição. Havia Jack, o Ligeiro, o melhor artilheiro com uma pistola, e Maria, a Destemida, a única mulher na tripulação, cuja habilidade com a espada era lendária. Todos estavam unidos pelo desejo de riquezas e pela lealdade a Barba de Fogo.
Uma noite, com as estrelas ocultas por nuvens carregadas, o vigia gritou do alto do mastro:
— Terra à vista! Parece a forma da Ilha do Tesouro Escondido!
O entusiasmo percorreu o navio como um raio. Barba de Fogo, com seu mapa desgastado pelo tempo, confirmou que aquela era, de fato, a ilha que procuravam. Mas, a alegria foi breve, pois logo perceberam que a ilha estava protegida por uma muralha de rochas afiadas e correntes traiçoeiras.
— Preparar os botes! — ordenou Barba de Fogo. — Vamos encontrar uma abertura nesta maldição de pedra.
Após horas de navegação cuidadosa e várias tentativas frustradas, encontraram uma pequena passagem, estreita o suficiente para apenas um bote. Com Maria e Jack liderando, desembarcaram em uma praia deserta, a vegetação densa e misteriosa.
Seguindo o mapa, encontraram uma caverna cuja entrada era disfarçada por vinhas. Adentrando a escuridão, com apenas tochas para iluminar o caminho, chegaram a uma câmara onde o tesouro estava guardado. Ouro, joias e artefatos de valor incalculável brilhavam sob a luz das tochas.
Mas a alegria virou pavor quando o chão começou a tremer. Uma armadilha antiga, um mecanismo de defesa da ilha, foi ativada. Rochas caíam do teto, e a única saída parecia se fechar.
— Corram! — gritou Barba de Fogo, enquanto agarravam o que podiam do tesouro.
Com bravura e um pouco de sorte, conseguiram escapar da caverna, mas não sem perdas. Alguns membros da tripulação foram deixados para trás, engolidos pela terra.
De volta ao navio, com o tesouro a bordo, Barba de Fogo olhou para o horizonte, sabendo que a lenda do tesouro agora pertencia a eles, mas a um custo alto. A viagem de volta foi silenciosa, marcada por tristeza e reflexão sobre o preço da ambição.
E assim, o "Corsário Negro" desapareceu nas brumas do mar, deixando para trás apenas histórias, algumas de glória, outras de tragédia. Em um oceano distante, onde o mar sussurra segredos antigos, existe uma ilha conhecida apenas pelos mais corajosos ou mais tolos: a Ilha do Eco Eterno. Diz a lenda que esta ilha foi criada pelos deuses como um lugar de provação e sabedoria.
Por: Igidio Garra®