CONCEITO LITERAL:
Poema: É um texto literário composto de versos, estrofes e, por vezes, rimas. Está inserido no universo literário e lírico.
Poesia: É uma manifestação artística mais ampla, que pode envolver pinturas, esculturas e literatura, é o pensamento poético contemplam a beleza por si mesma.
O Poema, tanto quanto à Poesia percebem, comentam, valorizam, são sensíveis ao incomum e também ao inusitado revestido de comum, elas desgarram-se da linearidade prosaica e promove a paz entre conceitos antes inconciliáveis, desprovidas de qualquer erudição, são expressão pura e simples da emoção, sem regras, catártica. 

POEMAS e POESIAS

Sentidos dos Sentimentos®

A inteligência sem amor, te faz perverso
A justiça sem amor, te faz implacável
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita
O êxito sem amor, te faz arrogante
A riqueza sem amor, te faz avaro
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso
A beleza sem amor, te faz ridículo
A autoridade sem amor, te faz tirano
O trabalho sem amor, te faz escravo
A simplicidade sem amor, te deprecia
A oração sem amor, te faz introvertido
A lei sem amor, te escraviza
A política sem amor, te deixa egoísta
A fé sem amor te deixa fanático
A cruz sem amor se converte em tortura
A vida sem amor... não tem sentido

(Igidio Garra®)

O Orfeu

Nos acordes suaves de tua lira,
Ressoa o pranto em versos doloridos,
És luz que canta e na treva se inspira,
Ecoando amores jamais esquecidos.

No mundo dos mortos, foste esperança,
Com tua melodia a noite abriste,
Mas viu-se o destino em vil cobrança,
E Eurídice ao vento enfim partiste.

Seus passos perdidos na sombra fria,
O véu do adeus selado em teu olhar,
Vagaste o mundo, sem mais alegria.

Mas tua canção ainda a soar,
Eterna promessa que o tempo guia,
Nos sonhos do vento a te eternizar.

Ode à Boa Tarde

Numa, tarde radiante, que o sol abraça com fervor, Teu brilho espalha vida, teu calor é puro amor! As nuvens dançam leves, num céu de azul sem fim, E o vento sussurra sonhos, trazendo paz a mim.

Boa tarde, sinfonia de risos e canções,          Que enche os corações com doces emoções! A felicidade brota, qual flor em pleno chão, E a alegria pulsa forte no aperto de mão.

Que a prosperidade venha, em ondas de esplendor, Trazendo frutos ricos, colheita de valor! Que cada passo dado seja leve a brilhar, E a tarde nos convide sempre, sonhar e amar.

Nesta, tarde generosa, de luz e gratidão,        Te saúdo com a alma, com toda a exaltação! Que sejas eternamente um hino à beleza e paz, Um presente divinal que o tempo nos traz!

Tango Alma Correntina

Nas margens do rio, a alma se derrama, Correntina dança, o vento a guiar,                Tango que pulsa, em fogo e chama,                Um grito do peito que não sabe parar.

Os passos ecoam na terra molhada,              A saudade tece seu triste bordão,                  A vida é um tango, paixão desenhada,          No compasso sonoro do acordeão.

Sob o céu aberto, a noite é rainha,                O abraço apertado faz o tempo parar,          A alma correntina, nunca sai da linha.

Se entrega ao destino, sem nunca cansar.      No giro da dança, o mundo se alinha,          Tango eterno, dança do rio ao luar.

O Silêncio que Fala!

Nas palavras, o ruído se ergue audaz,        Mas o silêncio corta, sutil e sagaz.              Não é o grito que doma o vento,                      É a pausa, do quieto argumento.

Entre linhas tortas de um falatório,                  O vazio guarda seu repertório.                      Um olhar, um gesto, um respirar,            Dizem mais que o verbo, derramar.

Quando a voz insiste em se impor,                  O silêncio veste-se de esplendor.                    Rei sem coroa, senhor da razão,                Fala baixo ao coração.

Quebre o som, deixe-o descansar,                No silêncio há verdade a se revelar.            Pois na ausência do que se diz em vão,        A alma escuta sua própria canção.

Espelho dos Sonhos

No espelho claro onde os sonhos dançam, Reflete a alma um céu de mil desejos, Segredos presos em sutis lampejos,            Que o tempo tece em suas  tramas mansas.

A luz se curva em formas que avançam, Pintando vidas, ecos, arabescos,                    Um mundo preso em vidros tão honestos, Que mostram tudo que as mãos alcançam.

Ó espelho fiel, guardião da mente,      Revelas-me o que o peito não consente,    Um mar de anseios preso em teu cristal.

E nesse reflexo, a alma se ilumina,            Entre o real e o que a noite imagina,      Sonho e verdade dançam por ideal.        (Igidio Garra®)

O Despertar do Povo

Um grito preso no ar,                                      A força que move o chão,                    Dormindo em cada mão.                                No descanso sonhar.

Se os olhos se abrissem, enfim,                      O mundo tremeria, sim,                                Pois o poder, é imenso,                                Nasce no peito, intenso.

Ah, se o povo acordasse,                                  A corrente se quebrasse,                                  E a voz, antes calada,                              Torna-se, chama libertada!

A Leveza do Olhar Infantil!

Nos olhos puros de uma criança vejo,          Um mundo leve, livre de amargor,              Um brilho simples, cheio de esplendor,      Que dança em paz, sem peso ou desejos.

Seu olhar voa como um leve ensejo, Desenha sonhos com sutil fervor,          Ignora o tempo, o medo, a dor,                        E encontra o todo instante sobejo.

Ó alma ingênua, que não sabe o fim,        Que faz do nada um reino à explorar,            E do silêncio um canto tão embalar!

Teu olhar, criança, é luz sem confim,            Um sopro doce a me ensinar,                      Que a vida é leve somos é gentil.

Soneto À Sensibilidade

Oh, sensibilidade, flor do ser,                        Que desabrochas no mais puro afeto,        Tua essência, um bálsamo perfeito,            Nos guias pelo caminho do viver.

Com teu toque, o coração pode ver,          Muito além do que os olhos detectam;        Nos momentos que a alma se conecta,        És tu quem faz o amor prosperar.

Tua presença cada gesto, em cada olhar, Transforma o mundo em algo mais belo,        E nos faz sentir que não estamos só.

Sensibilidade, mestra do sentir,                    Nos ensinas a amar, a compadecer,                E fazes da vida um eterno florir.

(Igidio Garra®)

Quem sabe um dia,

Quem sabe um seremos,

Quem sabe um viveremos,

Quem sabe um morreremos!

Quem é o que,

Quem é macho,

Quem é fêmea,

Quem é humano, apenas!

Sabe amar,

Sabe de mim e de si.

Sabe de nós,

Sabe ser um!

Um dia,

Um mês,

Um ano,

Uma vida!

Sentir primeiro, pensar depois,

Perdoar primeiro, julgar depois,

Amar primeiro, educar depois.

Esquecer primeiro, aprender depois,

Libertar primeiro, ensinar depois,

Alimentar primeiro, cantar depois.

Possuir primeiro, contemplar depois,

Agir primeiro, julgar depois,

Navegar primeiro, aportar depois.

Viver primeiro, morrer depois!                    (Mario Quintana)

Ode à Liberdade

Ó Liberdade, chama ardente e pura,          Que danças livre nos ventos do mundo,        Teu sopro rompe a noite mais escura,          Teu canto ecoa, vasto e profundo.

Nas asas tuas, o homem se ergue,                Das correntes quebradas ao chão,              Teu brilho a alma cega não submerge,       Pois vives livre no coração.

És o grito preso que se solta,                           A mão que o jugo ousou partir,                    Na luta feroz, na chama revolta,                Fazes o peito em glória se abrir.

Dos campos verdes aos mares abertos,     Das cidades em clamor e fervor,              Teus passos marcam os rumos incertos, Guiando o sonho com teu esplendor.

Ó musa eterna, nunca silenciada,                  Por mãos tiranas ou vil prisão,                      Tua voz é a força renovada,                        Que pulsa viva em cada nação.


Que os homens cantem teu nome em louvor, Que os céus te guardem em seu manto azul, Pois és, Liberdade, o maior amor,                  A luz que brilha no mais denso tul.

Evidências de Paixão

Nos olhos, brilho que não se explica,            Um fogo que dança, chama que fica.          No toque, prova o tempo não apaga,            A pele arrepia, o coração afaga.

São rastros deixados em cada palavra,      Um tom que se curva, uma alma que brilha. No riso, o eco de um segredo guardado,      No desejo ainda mais inflamado.

As mãos que tremem ao se encontrar,         O silêncio que fala sem se calar.                  No peito, o pulsar que não quer cessar, Evidências vivas de um louco amar.

São marcas no corpo, na mente, no ar,      Um laço que o destino não sabe explicar. Paixão que se escreve sem precisão,              E se lê nas batidas do coração.

Outono

Outono, estação de reflexão,                Quando a Natureza se prepara para dormir, E nós, humanos, nos voltamos para dentro, Para aquecer nosso espírito.

As folhas caem, como lágrimas do céu, Lembrando-me que tudo é passageiro,      Que a beleza é efêmera,                              Mas também que há beleza na mudança.

Então, abraço o outono com todo o meu ser, Agradeço pela sua beleza única,                    E me preparo para o que está por vir.    [Igidio Garra®]

Quimera do Ser!"

No espelho da mente, um rosto se parte, Leão rugindo em peito de arte,                Cabra que pensa, serpente que guia,          Eu ou o outro que em mim se alia.

Fragmentos dançam, colados no vazio,      Um corpo quente, um sopro frio,                  De onde vem o fio que me costura,              Sou um, sou muitos, ou pura fissura!   

A alma pergunta, o eco responde,            Onde começa o eu, onde se esconde,          Se partes me formam, distintas e vivas,      Que nome dar às minhas deriva. 

Filosofia tece o nó que me prende,              Um ser quimérico, que mal compreende,    Sou mito vivo, colcha de retalhos,              Raiz sem tronco, frutos nos galhos.

E se o eu for só sombra que invento, Mosaico preso num breve momento Quimera, eu sigo, sem fim ou começo,        Um grito mudo no próprio avesso. 

O poema reflete a tensão entre unidade e multiplicidade, um tema caro à filosofia quando se pensa na identidade,                    A quimera, com suas partes díspares.

O (leão, cabra, serpente), Como metáfora Para questionar o que nos define:           somos uma essência coesa,                          Ou uma soma de fragmentos!

Benditos sejam...

Benditos sejam os que chegam em nossa vida em silêncio, com passos leves para não acordar nossas dores, não despertar nossos fantasmas, não ressuscitar nossos medos.

Benditos sejam os que se dirigem a nós com leveza, com gentileza, falando o idioma da paz pra não assustar nossa alma.

Benditos sejam os que tocam nosso coração com carinho, nos olham com respeito e nos aceitam inteiros com todos os erros e imperfeições.

Benditos sejam os que podendo ser qualquer coisa em nossa vida, escolhem ser doação.

Benditos sejam esses seres iluminados que nos chegam como anjo, como flor ou passarinho.

Bendito sejam os que dão asas aos nossos sonhos e tendo a liberdade de ir escolhem ficar em nós, ninho.

(Igidio Garra®)

Pensar não Dói

Pensar não dói, embora o mundo diga,      Que as ideias trazem dor e sofrimento,          É no pensar que encontramos o brilho,        Da verdade que nos dá entendimento.

Nos labirintos da mente, achamos paz,        Ao questionar, ao duvidar, ao sonhar,      Cada pensamento é um passo além,          Das influências que nos quer dominar.

A mente livre, sem medo de voar,          Explora mundos além do que se vê,                E em cada dúvida, há uma lição aprender.

Pensar é vida, é crescer, é curar,                      É abrir portas para a eternidade,                    E descobrir que pensar não dói, é viver.

(Igidio Garra®)

O Estigma da Traição

No peito, a marca fria se formou,                Um eco vil que o tempo não desfaz,              A confiança, outrora tão audaz,                  Num golpe rasteiro se quebrou.

O olhar que jura amor se desviou,        Palavras doces viram feroz falaz,                    E o coração, perdido em sua paz,                  No lodo da traição coração afundou.

Oh, peso cruel que a alma vai carregar, Estigma preso em cada pulsar triste,          Um fio roto que não mais se tece.

Por mais que o tempo tente apaziguar,          A sombra vive onde o engano existe,              E a cicatriz, silente, permanece.                (Igidio Garra®)

Saudades
Saudade é um vazio no peito,                          Um sentimento que não tem fim,                    É a ausência de um abraço apertado,          De um sorriso, de um olhar sem fim.

É lembrar do cheiro da infância,                  Das ruas onde brincávamos soltos,            Dos dias em que o tempo parava,                  E o coração era só um mar de encantos.

Saudade é como fel, Mas é doce como mel, É a lembrança de nunca esquecer,                A certeza de que amamos sem medir,
É o eco de uma risada distante,  

O calor de um beijo que já foi dado,                É o desejo de voltar no tempo,                        A saudade é um amor eternizado,
Mas saudade também é esperança.

De reencontros, de novos momentos,              É a certeza de que um dia, quem sabe,        O coração volta a ser só contentamentos,      É legado de muita esperança inocente.

(Igidio Garra®)

A Dança da Força e da Leveza

Na força da alma, há um brilho sereno,      Um poder que vem do mais profundo d'álma. Força não é só o grito, o braço erguido, Mas a calma que persiste no âmago do ser.

Leveza, como uma folha ao vento,              Que dança sem peso, em rítmico contínuo. Não é ausência, mas a arte de carregar, Com um sorriso, com o coração a flutuar.

Quando a força se une à leveza sutil,      Nasce um equilíbrio, uma nova realidade. Onde o peso do mundo se torna um aceno, E a vida, um voo, uma dança etérea.

Força para enfrentar, leveza para viver,      No coração do guerreiro, lugar para andar. Que a tua jornada de coragem e de paz.

Com a força de um vendaval,                    Vem a calmaria da bonança,                   Brisa da leveza das asas voar.                  (Igidio Garra®)

Véus do Mistério

Nas brumas suaves, onde o sol se esconde, Teço com a névoa uma rota de poesia,    Onde a alma vagueia, livre, sem medida,        E o coração canta sua melodia.

São véus de mistério que o ar embala,          E naquela bruma, o tempo se detém,      Para que a mente possa, em paz, divagar, Em busca de um amor, um éden a surgir.

Assim, na névoa, eu me perco e me acho, Encontro no mistério um novo alvorecer,        E na bruma, o meu ser, pode enfim florir. (Igidio Garra®)

Aliança da Bondade

Na vastidão do mundo e seu furor,          Surge a bondade, como um raio brando, Que ilumina corações sem demando,              E traz paz ao espírito doentio.

Com gestos simples, sem precisar de favor, Ela cura a alma e o olhar tristonho,                E como o sol, no amanhecer, sonho,            Nos guia ao bem sem pedir recompensa.

Bondade é o laço que nos une, então,        Em cada ato, em cada olhar sereno,      Vemos o mundo com mais compaixão.

Que em nossos dias, com bondade plena, Floresça amor, semeando a esperança,      Pois a bondade é a nossa aliança.            (Igidio Garra®)

Noite de Luar
Que noite encantadora, Radiante sem igual,  Repetindo calaria do mar, O luar no céu.   
Em harmonia impar, iluminando seu redor.

É como se o mundo estivesse banhado,      Em uma luz mágica e serena a nos embalar.
O luar canta uma canção de esperança, 

E paz, enchendo nossos corações de alegria.
Inspirando sonhos e conectando-nos,            À beleza celestial comemorar. (Igidio Garra®)

Verão Encantado

No calor do verão, o sol a brilhar,          Pintando o céu com tons de azul e ouro,        As ondas do mar em doce murmúrio, Convidam ao prazer, ao amor, ao riso.

As tardes longas que se estendem lentas, Nos campos verdes, flores a desabrochar,    A brisa suave traz alívio e encanto,              Nos dias de verão, tudo é um encantar.

À noite, estrelas brilham no firmamento,        E a lua cheia, majestosa, esplêndida,          Reflete no mar um caminho de prata.

O verão é tempo de alegria e vida,              De amores nascidos sob o sol ardente,        De momentos a alma guarda para sempre. (Igidio Garra®)

A Ilusão do Agora

No tempo que se esvai como areia,                O imediatismo reina soberano,                        E a paciência, outrora companheira serena, Hoje é vista como um bem de outro plano.

Tudo agora, sem esperar amanhã,                  A vida em flashes, sem tempo a perder,        O instante é tudo, o futuro não há,            Num mundo onde só se quer viver.

Mas será que nessa corrida insana, Perdemos o sabor do tempo lento?                O prazer de um momento bem planejado.

De um olhar sereno, de um pensamento?      O imediatismo traz sua ilusão,                    Mas a verdade é que o tempo é um dom. (Igidio Garra®)

Sol da Tarde

Quando o sol no céu se põe a brilhar, Boa tarde, ó dia tão sereno, A luz dourada vem nos abraçar, E o mundo parece mais ameno.

Em cada canto, a paz se instala, O vento sopra, suave, a acalmar, As sombras se estendem, nos revela Que o dia vai findar, sem pressa, ao mar.

Nas tardes de verão, o calor cede, Dando espaço a um frescor singular, E o céu se tinge em tons de vermelho e azul.

Boa tarde, momento de beleza, De reflexão, de amor e de certeza, Que cada dia traz seu próprio azul. Autor: Igidio Garra®

Viajante

Sou, Um humano, na terra,                          Sou apenas um viajante no tempo,            Com uma passagem por aqui,                          O futuro não sei, no entanto. 

Espero continuar a jornada sem destino, mas no rumo certo do coração nesta cruzada, até o ponto final, seja ele,            Qual for, mas de algo tenho certeza,            No derradeiro dia, estarei com o Criador! 

Eu sou um humano, na Terra.                      Aqui, no vasto palco do nosso planeta,         Eu existo entre bilhões de outros,              Cada um com suas próprias histórias, Feiutas de sonhos e desafios. 

A Terra, com sua diversidade de paisagens, De culturas e línguas, serve como pano,  Para minha jornada, cada dia,                          É uma nova oportunidade para aprender.

 Crescer e conectar-me como outros seres, Explorando mistério a beleza da existência,    Sou parte de uma tapeçaria complexa.

Onde cada fio é essencial,            contribuindo para o tecido da humanidade, Que tem cada um no seu espaço e tempo. (Igidio Garra®)

Soneto à Humanidade

No vasto palco do mundo, a humanidade Ergue-se em busca de luz e de razão,        Com sonhos altos e nobreza na mão, Caminha entre a sombra e a claridade    

Em cada ser, um universo se esconde,          De paixões, medos, amor e esperança, Unidos por uma frágil aliança,                    Que em cada gesto, a vida se redonde.

Nos olhos, vejo o brilho do futuro,              Nos corações, a chama da verdade,          Que, mesmo meio ao caos e ao desatino.

Nos guia para um lar de paz e puro.
Humanidade, espelho de nossa essência, Nos leva a ser mais que simples existência.(Igidio Garra®)

Soneto às Flores

Nem todas as flores possuem a mesma sorte, umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte.

Colha o dia como se fosse um fruto maduro que amanhã estará podre.

A vida não pode ser economizada para depois. Ela acontece sempre no presente.

Por mais que sejas independente, ela sempre vai precisar do ar pra viver.        (Igidio Garra®)

Soneto da Vida

Na vastidão do ser, a vida flui,                  Como um rio que corre sem parar,             De cada ser ela faz parte, é gui,                      E sem ela, o mundo não pode vibrar.

Nascemos do amor, de um sopro divino, Crescemos com o tempo, em cada estação, A vida é um mistério, um desígnio fino,        Que nos leva a buscar a perfeição.

Há dor, há alegria, em cada dia,                  Em cada passo, um novo aprendizado,          A vida é um sonho, uma fantasia,                Que nos ensina a sermos amado.

E quando chega o fim, o que resta aqui?        É o amor que deixamos, em memória.    (Igidio Garra®).

Ciclos da Natureza

Os ciclos da natureza, eternos e sábios, Tecem o tempo em padrões que se repetem, Do inverno ao verão, em ritmos precisos,     A terra dança ao compasso dos elementos.

Primeiro, o inverno, com seu manto branco, adormece a vida, em um sono profundo, Mas sob a neve, sementes estão ancoradas, Esperando o sol brotar em um novo mundo.

Chega a primavera, a esperança renasce,    Os brotos emergem, o verde se espalha,      E a vida celebra sua volta, em festa e galha.

O verão, com seu calor, traz a maturidade, Frutos maduros, campos dourados ao vento, É tempo abundância, de colheita e doçura, Antes que o outono traga o tom mais lento.

O outono pinta o mundo em tons e ouro,    Faz cair as folhas, prepara o solo do sono, Cada ciclo ensina, em seu próprio tempo, Que após o fim, há um novo começo.

Assim, a natureza, em seu ciclo infinito,      Nos lembra que tudo muda, tudo retorna, Em um eterno movimento, um terno convite, A celebrar a vida, em cada fase que adorna. (Igidio Garra®)

Ode a paz

Ó Paz, sublime essência, do céu descida, Divina luz que embala o coração,            Como o silêncio que segue a tempestade, Trazes alento ao mundo em agitação.

De teus braços, a guerra se afasta,                E o ódio se desfaz como névoa ao sol,      Nos teus domínios, a concórdia desabrocha, E o amor humano encontra seu papel.

Paz, és a canção que o mundo anseia,        Um hino de esperança em cada lar,            Nos olhos pequenos, a promessa de futuro, Onde respeito e o entendimento prevalecer.

Que teus passos ecoem por todas as terras, Que teu manto cubra todas as nações,      Pois a humanidade encontra seu refúgio,      E  a alma, porto seguro em tantas emoções.

Ó Paz, que tua presença seja constante, Como o ar que respiramos, como o céu azul, Que possamos, construir um mundo ciente,  Justiça e a harmonia sejam reais e naturais.

A ti, Paz, elevamos esta simples Ode,            Com a esperança de um amanhã sem dor, Que possamos viver, em tua sombra serena, Unidos, em um eterno abraço de amor. Igidio Garra®

Soneto À Convivência

Em trama de vidas, a convivência se faz,      Um tecido de laços, de risos e de dor,          Onde cada alma encontra seu espaço,         E a jornada humana mais bela, com amor.

É na troca de olhares, no toque das mãos, Que o sentido da vida ganha cor e sabor, Conviver é aprender a entender, a perdoar, E cada gesto, construir novo alvor.

Há desafios, sim, em cada convívio, ao léu, Mas sim há crescimento, amizade e paz,        Espelho onde vemos nossas próprias falhas.

E assim, juntos, somos fortes, mais plenos,    Num mundo de respeito e de graça,          Pois o amor sempre prevalece. (Igidio Garra!

Se ...®

Se for para entregar, que seja o amor;
Se for para esquentar, que seja o sol;
Se for para enganar, que seja o estômago;
Se for para chorar, que seja de alegria;
Se for para mentir, que seja a idade;
Se for para roubar, que se roube um beijo;
Se for para perder, que seja o medo;
Se for para cair, que seja na gargalhada;
Se existir guerra, que seja de travesseiros;
Se existir fome, que seja de caridade;
Se for para ser feliz, que seja o tempo todo!!    Igidio Garra®

Prazer de Viver

Em cada aurora, brilha um novo alento,
Sorrisos nascem como flor no prado,
No vento leve, há um sopro encantado,
Que embala os sonhos num suave intento.

Nas horas brandas, vejo o sol atento,
Tingindo a vida em tom dourado e amado,
O tempo segue, firme e desenhado,
Tecendo dias de um viver sedento.

O prazer pulsa na essência da estrada,
No riso puro, na alma inspirada,
No gesto simples de quem faz o bem.

E assim caminha, eterno e fecundo,
Quem vê na vida um tesouro profundo,
Quem sabe amá-la sem temer ninguém.

Domingo de Páscoa

A aurora veste-se em tons de luz,
Sinos ressoam, ecoam no ar,
O mundo celebra, a fé conduz,
É dia de renascer, de amar.

No horizonte, o céu abre em cores,
Promessa viva de redenção,
Os campos florescem em mil odores,
Retrato fiel da criação.

As vozes sobem em cânticos plenos,
E os corações pulsam de alegria,
A pedra que antes guardava os medos,
Rola, trazendo nova vida e harmonia.

Domingo santo, manhã bendita,
O Cristo vive, a esperança aflora,
Na comunhão, a paz é escrita,
E no abraço, a vida se restaura agora.

Esperança em Noite Serena

Em noite calma, a luz suave dança,              Pintando sonhos na brisa serena.                    A esperança, flor que não se cansa,            Floresce pura, em alma amena.

O céu repousa em véus de confiança,            No abraço eterno da paz que encena          A dor que antes turvava a lembrança,          Hoje é memória, leve e tão pequena.

Descanso perene, doce e profundo,                Sussurra à mente, apazigua o regaço,          E faz do instante eterno um só segundo. 

Que a noite envolva o viver imperfeito,        E, na promessa do novo oriundo,                    Renove em nós o espírito eleito. 

Ressignificar Um Ato por Amor!

Um gesto preso em cinza e desventura,      Por mãos do tempo quase já desfeito,          Renova o brilho em chama que se apura,      No peito amante encontra seu efeito.

O que era dor, em amor transforma,            Um erro antigo vira leito, corrigido,              A alma, em paz, refaz sua estrutura,              Com fios de ternura bem-tecido.

No olhar que acolhe, o mundo se redime,      A falta ganha um novo e doce tom,              E o coração, que antes se reprime.

Se ergue em luz, quebrando o velho dom.  Por amor, o ato roto, sim sublime,                  E o ontem morre em graça e redenção.

"O Silêncio Divino"

Às vezes basta o peito emudeceu,                Parar o passo, o tempo, a inquietude,            E ouvir o silêncio que desceu do céu,              Um sopro santo de plena solitude.

Não é o som que o mundo nos deu,            Mas paz que brota da divina altitude,            Um véu que cobre a dor que formou,           E acalma a alma em sua juventude.

No quieto, Deus sussurra sem alarde,          Um eco mudo que o coração invade,            Num mar sereno onde o ser se lança.

E assim, no nada, tudo se reparte,                  O silêncio é voz, é luz, é arte,                        Que fala ao homem em sua virtude.

A Simplicidade de Ser Feliz

Não é preciso o ouro do sol,                          Nem o brilho fugaz da lua cheia,                    A felicidade dança no chão,                          Num passo leve, alardeia.

É o vento que acaricia a face,                          O riso solto de uma criança,                            Um café quente na manhã que nasce,          A paz que brota na esperança.

Não pede muito, não exige tanto,                  Vive no instante, no olhar sincero,                  Em silêncio doce de um encanto,                    No abraço quente, parceiro.

Ser feliz é simples, sempre arte,                      Um coração aberto a sentir,                            A beleza mora em cada parte,                        Do pouco que basta pra existir.

Tributo aos Presos Políticos no Brasil

Nas celas frias, onde o sol não entra,          Jazem vozes que o poder calou,                    Almas firmes, que o jugo não afrouxa,          Presas por um crime que não formou.

O ferro corta, mas não desassombra,          A luta vive em cada coração,                          São filhos do Brasil, de luz e sombra,            Que erguem sonhos contra a opressão.

Silêncio imposto, mas o eco cresce,              Nas grades, o ideal não se desfaz,                A história guarda o que o tempo esquece.

Heróis sem nome, em luta pertinaz,                Seu sangue escreve um hino de justiça,        Por um Brasil que clama por paz.

Noite de Amar!

A noite cai suave sobre nós,                            Um manto de silêncio e de mistério,              E o coração, em seu pulsar sincero,                Se entrega ao fogo que o amor formou.

Teu olhar é estrela que se formou,                  No céu anilado, um doce território,                E nele encontro o meu cenário,                      A paz que o mundo nunca me entregou.

Óh! noite de amar, que nos enlaça,                Teu véu de sombras a nossa graça,                E o tempo para em teu sagrado chão.

A pele fala o que a voz não diz,                      E somos um, na chama que se quis,              Eterno instante em nossa imensidão.

No Dia da Poesia!

Hoje é o dia da palavra que dança, 14 de março, a poesia avança, Versos que voam, livres no ar, Um canto ao belo, um jeito de amar.

A rima sussurra, o coração escuta,          Entre linhas tortas, a alma se ajunta,              É festa do sonho, da voz que se ergue, Poesia é vida, é o que nos submerge.

Que o dia inspire, que o verbo floresça,      No traço do poeta, a luz se conheça,          Um brinde às musas, ao dom de criar, Poesia é o sopro que não vai se calar.          By Igidio Garra

Ode à Noite Serena!

Ó noite gentil, de véu estrelado,
Teu manto escuro abraça o cansado,
Silêncio doce, em paz me convida,
A repousar a alma tão sentida.

A brisa dança, leve e tranquila,
Entre as folhas, a canção se aninha,
Harmonia rege o céu profundo,
Um lar de sonhos neste vasto mundo.

Lua prateada, guardiã do sossego,
Teu brilho guia-me ao leito cego,
As sombras cantam um hino suave,
E o coração, em paz, se desaprove.

Ó repouso santo, dá-me teu abraço,
Dissolve o dia em teu calmo espaço,
Que a noite reine, plena e verdadeira,
Trazendo ao peito a calma primeira.

O Vento

Num mundo com tantas doenças. O povo com pouca crença.

Eu venho pedir cantando em sentimento e versos
Eu venho pedir ao vento dar uma volta no universo

Pedi ao vento que leve lembrança pra minha terra
Pedi ao vento que leve paz, aonde tem guerra
Pedi ao vento que leve fartura onde tem miséria
Pedi ao vento que leve um beijo nos lábios dela

O Vento foi
O Vento vem
Será que o vento já me atendeu?
Só resta agora você me entender
Que esse vento é o nosso Deus!

Pedi ao vento que salve os jovens perdidos nas drogas
Pedi ao vento que espalhe no céu o perfume das rosas
Pedi ao vento que toda a nação seja gloriosa
Pedi ao vento proteção aos filhos da mãe amorosa

O Vento foi
O Vento vem
Será que o vento já me atendeu?
Só resta agora você me entender
Que esse vento é o nosso Deus!

Pedi ao vento pra acalmar as ondas dos sete mares
Pedi ao vento que leve harmonia a todos os lares
Pedi ao vento que leve embora a impureza dos ares
Pedi ao vento em orações que fiz nos altares

O Vento foi
O Vento vem
Será que o vento já me atendeu?
Só resta agora você me entender
Que esse vento é o nosso Deus!

Pedi ao vento pra nos conduzir na estrada da vida
Pedi ao vento que encontre a criança desaparecida
Pedi ao vento que dê ao doente conforto e guarida
Pedi ao vento que a minha prece seja ouvida

O Vento foi
O Vento vem
Será que o vento já me atendeu?
Só resta agora você me entender
Que esse vento é o nosso Deus!

Composição: Edson Gaúcho.

Sob o Luar dos Sonhos
Boa noite, onde o céu se abre em luz, Estrelas dançam num silêncio santo            O luar, suave, em véu de prata e encanto, Traça os sonhos que a alma reproduz.

No universo, o breu gentil conduz,                  A mente voa em seu sutil quebranto,              E cada brilho é um sussurro, um canto,    Que à paz do sono o coração seduz.

Fecho os olhos, e o mundo se desfaz,          As horas fogem, leves, sem rumor,              Na tela etérea, o sonho é minha paz.

Sob o manto estelar, o tempo é flor,              E o luar, guardião da imensa faz,                Me leva ao reino onde o ser é amor. 

Dia da Mulher!

Teu choro é rio que a terra abraça,            Teu riso, um hino que o céu acolhe,      Mulher, teu coração, que mundo molhe,  Transborda em dores que a alma graça.

Teu grito é fogo que o medo esmaça,        Teu olhar guarda o que a vida tolhe,              E nas mãos calejadas, que o sonho apolhe,A luta pulsa, viva, sem desgraça. 

Ó mãe ferida, irmã que se ergue,                Teu peito sangra e ainda floresce,              Teu passo é luz que a treva vergue.

Nos olhos teus, o pranto enobrece,                E o amor, que o tempo não submerge,        Faz do teu dia o coração que cresce. 

Boa tarde, de Serenidade!

A tarde cai com leve e manso tom,                O sol se espreguiça em dourado brilho,        O vento sussurra um doce estribilho,              E a paz se aninha em cada coração.

Os pássaros cantam em lento som,                A sombra dança no chão tranquilo,              O tempo para, num instante filho,                  E o mundo veste um calmo camisom.

No céu, as nuvens vagam sem pressa,          A alma repousa em suave promessa,            O silêncio abraça o ser em seu regaço.

A tarde é um rio de quieto traço,                  Um instante preso na eterna peça,              De sossego e luz em doce espaço.

"Leveza dos Sonhos":

Na leveza dos sonhos, encontro paz,          Onde a alma se ergue, livre de qualquer dor, Em voos de fantasia, sem fim, sem raz, Flutua o espírito, em busca de amor.

Nuvens de algodão, onde o tempo cessa,    Lá estão os desejos, em cores vibrantes,      E cada sonho, uma estrela que resplandeça, Guia-me em noites de pensamentos suaves.

A leveza dos sonhos, um bálsamo sereno, Transforma o caos em um doce silêncio,      Nos braços do sonho, a mente se eleva.

E a alma, em sua pureza,                                Se renova e se entrega,                                  Às maravilhas da noite,                                  Em sua leveza breve.

O Doce Jeito de Ser Mulher e Doida

No caos doce, a mulher se revela,              Com riso solto e alma desgovernada,            A sanidade é por ela esquecida,                  Num mundo onde a loucura é celebrada.

Seus olhos brilham com uma luz serena,      Que dança ao som de uma melodia insana, A liberdade de ser quem ela é, plena,        Num universo onde a normalidade é vã.

Ela pinta o céu com cores impensadas,        Faz do comum algo extraordinário,                E em sua loucura, há uma poesia amada.

Pois ser mulher e doida é um dom raro,        É viver intensamente, sem medida,              Num doce jeito de ser, de amar, de existir. (Igidio Garra)®

O Sorriso Inocência: Pureza e Esperança

No doce sorriso de um bebê vejo,                  A vida em sua essência mais pura,                É um raio de sol que nos aquece,                    De um amor que nenhuma dor endure.

Seus lábios, um arco de alegria,            Desenham na alma paz e serenidade,        Cada sorriso, uma nova poesia,                  Que traz ao mundo mais claridade.

E quando ele ri, o céu se faz festa,                  E todas as tristezas se desfazem,                  Como se o tempo em sua graça infesta.

É um anjo que com seu brilho nos guia,        No doce sorriso de um bebê, a vida,        Renova-se, e todo o amor se alia.          (Igidio Garra®)

O Tempo

O tempo, fugaz, não espera por ninguém, Corre veloz, sem nunca dar descanso,  Eleva o ser, mas logo o faz descer,          Num ciclo eterno, do ser e não ser.

Nos olhos da alma, o tempo é um espelho, Reflete a vida, memória e desejo,                Nos dias de outrora, o que foi belo,            Hoje, é mera sombra, um vago ensejo.

Ele esculpe rugas na face do mundo, Transforma o efêmero em eterno legado, Nos leva do berço ao último regaço.

Mas, em seu voo, deixa um rastro sagrado, Nos ensina a valorizar o presente,              Pois o futuro é incerto e o passado, ausente. (Igidio Garra®)

Soneto à Gratidão
Nos dias de incerteza e de aflição, Encontramos na gratidão um refúgio,        Que nos guia ao coração do abrigo,        Onde a paz e a alegria têm seu chão.

Pelos momentos simples de emoção,        Pela mão amiga que nos estendeu,            Pelo sol que a cada dia renasceu,            Nosso agradecimento é a oração.

Gratidão que transforma o nosso olhar,      Faz com que cada instante seja especial, Nos ensina a valorizar o que há de real.

E nos mostra que o amor pode curar.          Que possamos sempre lembrar de honrar, Com gratidão, à Deus pela vida nos deu. (Igidio Garra®)

Aurora de Esperança

Quando a noite se despede,                      Com seu manto de estrelas,                          Um amanhecer desponta no horizonte, Pintando o céu com tons de esperança.

As sombras da escuridão se dissipam, Abraçadas pela luz que renasce,              Como um coração que, após a dor,              O alivio da alma coração volta a pulsar.

Cada raio de sol é um beijo do dia,            Um sussurro de vida que nos convida          A abrir os olhos, que ainda não foi vivido.

O orvalho na relva, lágrimas de alegria, Refletem o brilho do recomeço, Lembrando-nos cada dia é uma chance.

As aves, em coro, cantam a aurora,        Como se o próprio céu compusesse,        Uma sinfonia, Celebrando o fim da noite,      O início de tudo de novo.

Novo amanhecer, veludo de possibilidades, Onde sonhos entrelaçam com a realidade,  E cada passo escrito, na jornada da vida. (Igidio Garra®)

Falcão Aventureiro

No céu azul, onde o sol se esconde,            Um falcão voa, aventureiro e ousado,      Com asas fortes, rumo ao horizonte, Buscando o que o destino lhe guardado.

Nos ares altos, ele reina supremo,              Com olhos aguçados, visão sem par,        Cada voo é um desafio, um novo tema,        Que ele enfrenta com um ar de glar.

Pelas montanhas, florestas e rios,                Ele percorre, sem nunca se cansar,              Sua jornada é um poema, um hino. 

À liberdade, ao ousar de voar,
Assim, o falcão, em sua aventura eterna, Ensina-nos a buscar, sem nunca temer. (Igidio Garra®)

O tempo de mudar é agora

Como folhas que se renovam na primavera, Tu também pode te transformar.                Cada amanhecer é uma página em branco, Folha para escrever tua própria história.

Não espere pelo momento perfeito; o momento perfeito é aquele em que tu decide agir. Mudar é um ato de coragem, um salto de fé para o desconhecido, mas é lá que se encontram as maiores recompensas. Abra teus braços para o novo, para o inesperado.

Este é o teu momento de brilhar,                    Com uma luz diferente, e redescobrir-te,        E de construir algo extraordinário.        Lembre-se, o futuro pertence àqueles.

Quie acreditam na beleza dos seus sonhos.  Então, inspire fundo, acredite em ti,    Comece agora a jornada,                              Da tua transformação. (Igidio Garra®)

Harmonia

Nos céus, a lua e o sol em união,                Dançam à luz do dia e da noite serena, Harmonia é a canção da criação,              Que traz paz à alma e à mente serenidade.  

As ondas do mar em suave vaivém,              Se encontram com a areia em doce enlace, Nos bosques, um murmúrio sem fim,            De folhas que sussurram paz e graciosidade.

No peito humano, um pulsar constante,      De amor e esperança, que nunca cessa,        A harmonia é o elo que nos faz constante.

Na música das esferas, na dança da vida, Encontramos a beleza da coexistência,      Na harmonia a essência de nossa existência. (Igidio Garra®)

A Arte do Impossível

Nas asas do sonho, o impossível voa,  Tecido em fios de desejo e esperança,    Além dos limites, a mente se lança,                E no infinito, a alma se desdobra.

Dos sonhos que nascem sem forma ou cor, Surge a coragem que desafia o tempo,        E o que era mudo, ganha canto e tremo,    Na audácia de quem sonha com fervor.

A arte do impossível é a certeza,                De que o futuro é um pincel na mão,        Que pinta o céu com cores de promessa.

Transformando a utopia em real ação,  Assim, no coração da humanidade,                O sonho vence a lógica da realidade.    (Igidio Garra®)

Soneto à Mulher
À mulher, fonte de ternura e graça,            Que em seu olhar o mundo se renova, Trazendo paz, amor e muita prova;              De que a beleza habita em cada traça.

Nos seus gestos, a doçura se ajeita,              E no sorriso, a vida se faz leve,                      Em cada ato, há algo que se entrelaça;        Com a essência do ser, que tudo releva.

Mãe, irmã, amiga, esposa musa inspiradora, Em ti reside a força do universo,                Com teu carinho, a alma se consola.

Teu amor, um farol na noite escura,            Teu ser, um poema de pura beleza,                À mulher, meu eterno reconhecimento.

Igidio Garra®

Soneto do Presépio

No vilarejo, em noite de esplendor,            Nasce o Menino, em berço humilde e frio,      O presépio, com seu doce torpor,                Nos lembra do amor divino e puro.

Maria e José, em vigília e oração,        Cercam o filho com carinho e paz,              Os animais, em muda adoração, Testemunham o milagre, a graça a mais.

Brilha uma estrela, guia no céu noturno,      Que anuncia a chegada do Salvador, Pastoreando os homens ao eterno retorno.

Ao berço da esperança e do amor,              No presépio, o mundo encontra sentido, Natal, o nascimento do amor infinito.      (Igidio Garra®)

A Primavera

Chega a primavera, leve e serena,            Perfume das flores que desabrocham, Pintando o mundo de cores tão plenas,        O coração enche de esperança e prazer.

O céu azul, mais límpido se torna,                  E os pássaros, em coro, cantam a alegria, Como se cada nota fosse uma coroa,        Para celebrar a vida em sua simplicidade.

Os jardins despertam, em festa e esplendor, As borboletas dançam entre pétalas,            A brisa suave traz um sopro de amor, Reacendendo sonhos e promessas.

Os dias crescem, a luz se expande mais,        A terra acorda do seu sono invernal,              E cada broto que nasce, raiz que se ergue,    É um lembrete que a vida sempre renasce.

A primavera, com seu toque de mágica, Ensina que após o frio, vem o calor,            Que após a escuridão.

Sempre uma aurora de beleza,                      Está em cada novo começo.                      Flora de cada primavera. (Igidio Garra®)

Serenata da Luz do Luar

Sob o manto da noite serena,                          A luz do luar, brilhante e pura,                  Desce do céu, uma dança divina,                    Que transforma a escuridão cintilante luz.

Nos campos, a grama se banha em prata, Os rios refletem um brilho sereno,                  As sombras dançam, suaves, sem bata,          E o mundo adquire um tom de sonho.

A lua, senhora do céu noturno,              Ilumina segredos que o sol não vê,            Nos corações, acende um fogo interno,      De esperança, amor, e paz que se quer.

Cada estrela, uma testemunha no escuro, Mas é a lua que guia, que mostra o caminho, Com sua luz, suave e madura,        Nos faz sentir que a noite é um carinho.

Assim, sob a luz do luar, tudo parece,        Mais calmo, mais belo, mais verdadeiro, Nesta tela de noite, um poema se tece.

De um mundo que, sob a lua,                          É inteiramente outro ser.                              Em cada dessa jornada.  (Igidio Garra®).

Recomeços

Quando tudo parece findar, surge um alvorecer, Um novo dia, um novo sol que rompe a escuridão, A vida nos dá chances de recomeçar, de vencer, E cada fim é só um ponto de partida na ação. Das cinzas do ontem, brota um amanhã cheio de cor, Onde o coração encontra novo espaço para amar, Recomeços são portas que se abrem com fervor, Para que possamos, de novo, voar e sonhar. Não há erro que o tempo não possa reparar, Nem ferida que o amor não cure ao passar, Cada recomeço é uma lição a nos ensinar. Assim, a vida nos brinda com novo amanhecer, E nos convida a nos erguer, a prosseguir, Pois recomeçar é a arte de viver e renascer. (Igidio Garra®).

Ciclos da natureza

Os ciclos da natureza, eternos e sábios, Tecem o tempo em padrões que se repetem, Do inverno ao verão, em ritmos precisos,  A terra dança ao compasso dos elementos.

Primeiro, o inverno, com seu manto branco, Adormece a vida, em um sono profundo, Mas as sementes estão ancoradas, Esperando sol para brotar no novo mundo.

Chega a primavera, a esperança renasce,    Os brotos emergem, o verde se espalha, Flores desabrocham, ar enche de essências, E a vida celebra sua volta, em festa e galha.

O verão, com seu calor, traz a maturidade, Frutos maduros, campos dourados ao vento, Tempo de abundância, de colheita e doçura, Antes o outono traga seu tom lento.

O outono pinta o mundo em tons de ouro, Faz cair folhas, prepara o solo para o sono, Cada ciclo ensina, em seu próprio tempo, Após o fim, há sempre um novo começo.

Assim, a natureza, em seu ciclo infinito,      Nos lembra que muda, mas tudo retorna, Eterno movimento, um terno convite,            A celebrar a vida, cada fase que adorna. Igidio Garra®

Ciclo da água

Do céu desce a chuva, em gotas cristalinas, A terra recebe, abraça cada pingo,            Nos rios, nos lagos, em correntes marítimas, Começa o ciclo da água, eterno e singelo.

Das nuvens ao solo, uma viagem sem fim, Infiltra-se no chão, nutre a vida oculta,      Nas nascentes, a água emerge, um hino, Que corre pelos vales, em ritmo de flauta.

Os rios se encontram, em grandes correntes, Que desaguam nos mares, profundos, O sol, com seu calor, evapora as essências, transforma o líquido em vapor, 

E assim, de volta ao céu, o ciclo se fecha,    A água sobe em nuvens, para cair de novo, Ciclo de renovação que nunca se quebra, Ensina a vida, o fluxo, o amor e o enredo.

Do mar ao céu, terra ao ar, a água dança, Em ciclo que nos lembra da continuidade, Da importância a gota, de cada lança,        Na sinfonia da natureza, em sua eternidade.  (Igidio Garra®)

Receita pra começar bem o dia:®

√ Três xícaras de educação;
√ Cinco xícaras de respeito;
√ Uma pitada de bom humor;
√ Um balde bem cheio de paciência;
√ E amor..., esse pode ser
a gosto.                     (Igidio Garra).

Renascimento

Entre cinzas, brota a chama,
De um sonho antigo, esquecido,
A vida, com força, reclama,
Seu lugar no peito dorido.

O vento canta novas histórias,
Em versos que o tempo escreveu,
Renascimento é vitória,
Do que a alma já concebeu.

Se o outono levou as folhas,
E o inverno silenciou,
A primavera traz centelhas,
E um coração que se renovou.

Renascer é florir em essência,
É encontrar no que foi perdido,
A promessa, a pura cadência,
De viver mais uma vez, com sentido.

Sonata da liberdade

Na pauta da vida, uma sonata ressoa, A Sonata da Liberdade, em notas de alvor, Cada acorde, um passo para fora da prisão, A melodia do ser, que se liberta, se explora.

As primeiras notas são de um amanhecer, Onde o sol da liberdade banha o horizonte, Cada som é um grito, um desejo de viver, Longe das correntes do medo e do controle.

O allegro da alma, com sua energia vibrante, Desfaz os grilhões do conformismo e da dor, Eleva-nos a um lugar onde o espírito canta.

E quando o último acorde em silêncio se vai, Fica a lembrança de que a liberdade é um dom, Que devemos tocar, amar, em cada novo dia.

Mudando o Possível

Quando o sol parece hesitar em nascer,
E a noite teima em não querer se render,
Há força em nós, um chamado a atender:
De mudar o possível, de não retroceder.

Nas pequenas ações, nas escolhas do dia,
Plantamos sementes de harmonia.
E mesmo no caos, onde o olhar se confunde,
A fé nos conduz, em amor nos responde.

Mas o impossível, ah, esse mistério profundo,
Que escapa às mãos e transcende o mundo.
Para Ele entregamos, em prece e canção,
O que o coração alcança, clama em oração.

Pois Deus é o autor de estradas no mar,
Flor que desabrocha sem ninguém esperar.
Confiar no possível, encontramos a paz,
Seu tempo é perfeito, Seu amor é audaz.

Então vamos seguir, com olhos erguidos,
Mudando o possível, onde somos pedidos.
E no impossível, entregamos com fé,
Pois nunca falha, Ele sempre Deus É! 

Seja nosso dia auspicioso!

Que os primeiros raios do sol,
Portadores de esperança e luz,
Elevem cada alma em oração,
E banhem nossos corações de paz.

Que o vento suave, como sussurros,
Carregue sonhos tão doces, tão puros,
Tecendo em cada passo nosso caminho,
Repleto de bênçãos e carinho.

Que as flores desabrochem em cores vivas,
E nos lembrem da beleza que a vida traz.
Seja nosso dia um convite ao sorriso,
Um hino de harmonia, um oásis de paz.

Que o calor do abraço seja eterno,                E que o amor pulse como chama interna.    Por entre os desafios, que haja coragem,      Seja nosso dia auspicioso, nossa viagem. 

Dia Auspicioso

Seja nosso dia auspicioso,
Raio de sol a nos guiar,
No coração, um tom radioso,
Esperança a se elevar.

Que a brisa leve o que é sombrio,
Traga paz ao nosso caminhar,
No céu, um voo, livre e vazio,
Estrelas prontas a brilhar.

Com mãos unidas, seguimos firme,
O dia sorri, o mundo a girar,
Que o amor, em nós, nunca confirme,
Um fim, mas sempre um recomeçar.

Seja nosso dia auspicioso,
Um canto preso a se soltar,
Na alma, um verso harmonioso!

Vida e luz a nos abraçar. 

Quando Fala o Amor

Quando o amor fala mais alto,                      As barreiras caem ao chão,                Corações se encontram. 

É um sussurro que cala o medo,                Uma força une além das diferenças.                O amor grita em gestos simples.

Em olhares que dizem tudo,      Transformando silêncios,                              Em promessas eternas. 

Entardecer, entrelaçam-se os sonhos

As folhas dançam ao ritmo um vento sutil,
Sussurrando segredos que só a alma ouve.
O céu, em aquarela de laranjas e púrpuras,
Abraça horizonte com braços de luz morna.

Um rio de cristal reflete sorriso estrelado,
Sob a sombra gentil de um velho carvalho,
Descansa um coração em paz compasso       Embalado pela melodia eterna do tempo.

Generosidade, Uma Benção®

No coração que se doa sem fim,                      A generosidade é luz, é jardim.                  Mãos que partilham, olhos que veem,            Na alma bondosa, os sonhos crescem.

É o pão dividido na mesa singela,                  O abraço aquece, palavra que consola.      Gesto pequeno, cheio de graça,    Transforma o mundo, ilumina a raça.

Não pede retorno, nem guarda rancor,          É força cresce no peito com amor. Generosidade, benção que não cessa,            É o divino em nós, é vida que expressa. 

A Caridade!®

Um gesto simples, coração aberto,                  A caridade é luz, é o amor mais certo.          Na mão que estende, no olhar que acolhe, Transforma dor em esperança melhore.

Não pede troco, não busca vanglória,            É ponte que une, reescreve a história.          No pão partilhado, no abrigo doado,              O mundo se cura, o vazio é calado.

É ver no outro um reflexo de si,                    Um laço que o ego partiu.                                A caridade silêncio, é canção,                Aquece a alma e une a nação. 

Compaixão e Misericórdia

No regaço humano, onde a dor se faz,      Surge a compaixão, luz que não se apaga, Um lenço ao pranto, um braço que se afaga, Um coração que pulsa em busca de paz.

Misericórdia é o rio que se dá,                    Sem julgar culpas, sem medir o peso,          Flui como brisa, alivia o excesso,      Transforma a vida onde o mal está.

Olhar o outro com ternura é dom,      Estender a mão ao que cai no chão,      Fazer da graça é um terno condão.

Que a alma dance nesse nobre canção          E o amor vença a fria escuridão,    Compaixão e misericórdia, em oração. 

Exclamação de Apreço®

Ó vida, dom que pulsa em nosso ser!          Teu brilho faz o coração florescer!                No sorriso amigo, no gentil olhar,                    A gratidão não cessa de brotar!

Ó mundo, tela de divino amor!                      Teu céu, mares cantam com fervor!                Na brisa leve, no calor do verão,          Encontro o afago me traz consolação!

Ó gente, laço que nos faz irmãos!                Teu gesto simples une nossas mãos!              Na luta e na vitória, eu direi:

Ó graça imensa que me faz viver!                  A cada dia, um hino entoar,                          Por tanto apreço, nunca vou parar! 

Asas do Ser

No vazio do tempo, a alma indaga,                O que é livre, o que é saga?              Correntes invisíveis tecem o chão,              Mas o espírito voa na imensidão.

A razão dança com a vontade,                Entre o caos e a verdade,                            Um fio tênue, frágil, a quebrar,                        Ser livre é escolher, é se lançar.

Não há prisão que o pensamento dome, Nem lei que o sonho em si consome,          Pois na essência, o homem é mar,          Ondas livres, sem fim navegar.

E se o destino traça um caminho,                    A liberdade é o passo clandestino,              Que rompe o script, que faz viver,                  Na filosofia do ter, do querer, do Ser. 

Hino à Solidariedade!

Na mente humana brota a chama pura,      Que une os homens num só oração,              A dor alheia encontra a mão que cura,          E o mundo ganha em luz e compaixão.

Solidão, que o fraco tanto jura,          Dissolve-se na força da união,                          O braço forte ergue a alma que se curva,      E o amor floresce em doce gratidão.              

Se um chora, o outro enxuga o pranto,          Se cai, há quem o erguer não hesite,            Na partilha o egoísmo perde o sentido.   

A vida, em laços, redige seu limite,                  E o bem, que ao próximo se faz imenso,    Faz da existência um hino que nos fite.

Pela Liberdade, Escutem!

Nos Escutem, Clamamos Liberdade              Nos escutem, vozes no poder,          Clamamos por justiça e por paz,            Anistia já, queremos renascer.  

Soltar as amarras do que nos desfaz.          Nos ajudem, ergam-nos do sofrer,                  O grito preso quer se libertar,                        Não mais silêncios a nos envolver.  

A luz da graça deve nos guiar. povo unido, em súplica a soar, Pede alívio ao peso da opressão, Um novo dia para nos alegrar.

Que ouçam o eco dessa petição,            Anistia é o sonho a se concretizar,                Nos deem as mãos, tragam redenção.

O Dia da Injustiça: O Crime do Batom!

Um traço rojo inocente, rabisco,            Marcou o crime em sombras em estatua,      A culpa cai, qual peso ardente e quente, Sobre a alma pura em sua condenação.

O batom, outrora adorno tão frequente, Virou prova de um vilão em ação, Testemunha muda, em silêncio desolação, Pinta o rosto da injusta acusação.

No tribunal, o grito não ressoa,                      A verdade jaz sob véu de falsidade,                E a justiça, cega, já não é imparcial.

O dia escurece em calamidade,                    Um erro selado em tinta que corrói,                O crime do batom que uma mulher, destrói.

**O Dia da Felicidade**

No vinte de março, o sol se ergue gentil,    Um brilho no céu, um canto sutil.                      É o dia da felicidade, presente singelo,      Que aquece a alma num doce apelo.

Risos dançam livres pelo ar,                Corações se encontram, a se entrelaçar.        As cores do mundo ganham mais vigor,        Na busca perene de um leve esplendor.

Não é de riquezas que se faz o dia,              Mas de pequenos gestos, de pura harmonia. Um olhar amigo, um abraço perdoar,      Fazem da vida um lugar pra amar.

Que a felicidade, em ondas a fluir,              Nos lembre sempre o que é existir.            Neste dia especial, ergamos a voz,              Pois ser feliz é um dom de todos nós.
Por: Igidio Garra

**Prece Silenciosa**

No recanto da alma, um sussurro se ergue, Palavras tímidas que o vento não ouve,      Um pedido singelo, um fio de luz,                Que ao céu se encaminha, busca de cruz.

Ó mãos invisíveis que guiam o dia,      Acalmai a tormenta que em mim se cria, Dai-me a paz que os olhos não veem,            E a força que os passos meus não têm.

Que a brisa leve o peso que trago,              Que a chuva lave o que em mim é vago,        E no silêncio, entre o hoje e o além,            Que eu ouça o eco de um santo amém.

Justiça Vituperada

Nas sombras do tribunal, o direito se perdeu, A balança, outrora firme, em prantos rendeu. O manto da equidade, vilipendiado,        Cobre os olhos da verdade, véu manchado.

As vozes humildes, silenciadas no clamor, Sufocam sob o peso de um grito opressor.    A lei, que foi escudo, virou lâmina a ferir,        E o justo, condenado, não tem onde reagir.

Os altares da razão, profanados sem pudor, Erguem tronos sombrios o reino do terror.      A justiça, cega e nua, chora seu vitupério, Vendida em leilão ao mais sórdido império.

Sob cinzas frias, um sussurro há de crescer, A chama que resiste não se deixa perecer. Pois mesmo vituperada, a justiça acordar,      E mãos de ferro e fogo, o certo vai reinar.

Noite de Sonhos   

Na noite dos meus sonhos, o luar            Desliza em véus de prata sobre o chão,        As estrelas sussurram em canção,                Um hino que me leva a imaginar.

O vento dança leve, a me guiar,        Trazendo ecos de uma doce ilusão,                E o céu se curva em terna imensidão,        Um palco onde o tempo vai se guardar.

Nas sombras, vejo formas a brotar,    Fantasia que o peito vem tecer,                  Um mundo onde a alma é livre enfim.

E enquanto a noite abraça o meu ser,          Eu sigo o sonho que me faz viver                Na paz que só se encontra além de mim.

"Sussurros da Noite"

Boa noite, que o sono te leve;                          A um mundo de sonhos tranquilos.            Onde a paz do luar  te envolva.

E o cansaço do dia se esvaia;                      Que as estrelas te guiem no escuro,                E o silêncio seja um abraço.

Que amanhã, ao abrir os olhos.                  Que haja luz, esperança e amor.                Que o afago seja paz.

Soneto à Compaixão

Na vastidão do ser, onde o amor habita, Compaixão surge, suave e serena,              Com mãos gentis que a dor desatina,            E com o olhar que a alma reconforta.

Em cada gesto, um bálsamo infinito,          Que cura feridas do coração ferido,      Oferece paz ao espírito perdido,                      E no silêncio, um abraço infinito.

É a luz que guia no caminho escuro,              A mão que ergue quando tudo cai,                O eco de um coração que não se furta.

A partilhar do sofrimento alheio.                  Oh, compaixão, virtude sem par,                  Transforma a dor em amor cura sem fim. Igidio Garra®

Olhares da Alma

Nos olhos teus, brilho que não some,    Reflexo da alma que se vê.                          Em cada olhar, um mundo a desvendar-se, Histórias mudas que o tempo não controla.

Tua alma nua, em silêncio se exprime,        Nos olhos, um universo a pulsar,                      O amor, a dor, a paz, o afeto tudo a falar, Num olhar que transcende o próprio ser.

Cada piscar, um verso sem poesia,              Mas cheio de profundidade,                        Nos teus olhos, vejo a eternidade.

Espelho da tua própria existência,          Olhares que falam mais que mil palavras, D'Alma, encontros, dança entrelaçada.
Igidio Garra®

O Brilho da Alma

No brilho oculto da alma se revela,            Uma beleza que não se vê nos olhos,        Que vai além dos traços e dos corpos,            E em sua essência, verdade se desvela.

Não tem o sol que a carne tanto anela,    Nem a cor viva que o espelho nos mostra, Mas a luz pura que do ser se brota,            Que em cada gesto e olhar se perpetua.

A alma bela é um mar de paz serena,          Que acalma o coração em sua dança,          E em sua profundidade, a vida plena.

Não há beleza maior que a que alcança;      O ser humano em sua jornada interna,      Pois é na alma que o amor se expande          E avança. Igidio Garra®

O Tempo Que Culpamos

O tempo corre, um fio solto na trama, culpado mudo de toda chama que se apaga, ele que dança em nossos olhos,          E em silêncio leva o que era nosso.

Nós o apontamos com dedos tortos,        "Foi ele", dizemos, "o ladrão dos portos,    Que roubou o instante, a juventude,                E deixou-nos presos na quietude."

Mas o tempo não fala, apenas passa,          Um rio que corta a pedra e a massa,            Não nos ouve, não nos julga,                            É espelho onde a alma se curva.

Culpamos o ontem por não ficar,                    O hoje por nunca se permanecer,                    O amanhã por ser promessa vã,                  Um horizonte que toque a mão.

E se o erro não for do tempo, mas nosso?    Se for na pressa, no grito, no esforço,        Que quebramos o que ele nos deu,              Um sopro que o vento já levou e venceu.

O tempo que culpamos não se defende, segue firme, enquanto não atende,              Ele é mestre, nós aprendizes,            Carregando culpas em cicatrizes.                Igidio Garra®

Aprendi...

Aprendi que... A beleza do Casamento consiste em viver os desafios de cada dia.    A sua "Felicidade" só depende de ti,

Ninguém deve carregar fardo por nós.         As Palavras medidas,  pois deixam marcas. Atenção e carinho trazem segurança.

Confiança dar presentes, boas surpresas,  Reservar algum tempo, para aproveitar bons momentos, renova o amor do casal.

Aprendi que... Conversar é sempre a melhor solução para os problemas, guardar mágoa pode causar danos irreversíveis.

Controlar as finanças, planejar o futuro,  Toda a relação sexual deve ser discutida, respeitada, realizada com amor e carinho. 

 A compreensão torna a vida mais tranquila. A lealdade e fidelidade são necessárias.         Aprendi que. Amor verdadeiro vem de Deus.

E a felicidade de um casal,                              Só está completa e plena com Deus.          Nosso legado em suas vidas.

Querido eu…

Eu não quero esquecer o que eu sinto hoje,  E também não gostaria que tu esquecesses,  Essa carta seja a chave das recordações.    Eu vivo hoje um grande momento feliz.

Nem sempre é a melancolia, felizmente,    Que inspira as nossas letras.                        Não te esqueça das tuas ferramentas,        Tudo o que fez para chegar onde estás.

Agora, tire proveito teu pequeno pote cheio, De vontade, mas não exageres,                      Tu estás fazendo algo que não o agrade. Respire fundo e continue: 

Muitas das nuvens que fazem sombra,        No horizonte não são reais.                          Não te esqueça de que os projetos, Precisam de tempo, de que as pessoas.

Precisam de tempo, do suor no trabalho Precisa de tempo, é o único que domina,    Teu próprio tempo, e não o contrário.  

Como tu, muitos acreditam.                              Faça-te dono dele e dê-lhe um sentido, Deixe o tempo falar, deixe os momentos preencherem os relógios da tua história.

Nesta carta tu encontrará as aventuras    Que vivestes, o que o faz orgulhar-se          Sobretudo que o torna especial e diferente.   

Espero que o que te torna único,  Permaneça assim e, se não conseguir,  Sorria neste momento, pare e pense: 

O que eu quero e para onde eu vou?        Não deixe que a maturidade roube de ti Aquele que hoje lhe escreve: Eu Guri!

A Beleza

A beleza, em seu mais puro esplendor,    Surge na flor, no céu, no mar sem fim.          Em cada olhar, em cada coração,                    É o reflexo de um amor sem fim.

Nos olhos dela, o brilho do amanhecer,      Nas linhas suaves do seu rosto amado,          É um sentimento, um estado elevado.

Nos versos de um poeta apaixonado,          Nos gestos simples de um amor sincero,      Ela se revela, em tudo é manifestado.

A beleza é a alma do universo inteiro,            É a paz que o coração tanto deseja,                É a luz que brilha em cada nova era.      (Igidio Garra®)

Soneto da Noite Serena

Noite serena que em silêncio chega,          Com suas estrelas, o céu a decorar,              A lua brilha, a paz a nos consolar,                  E o sono doce, a alma reconfortar.

Que nesta noite, sonhos te envolvam,          Em abraços de luz e fantasia,                          Que o mundo dos sonhos, com sua magia, Te leve a lugares onde há harmonia.

Que o dia findo, com suas labutas,                Se perca num véu de doce esquecimento,    E ao acordar, com novo sentimento.

Surja o sol, trazendo novos labores.            Boa noite, que o descanso seja pleno,            E o amanhã, um novo e belo cenário.

A Noite Serena

A noite chega, suave em seu manto,            De estrelas bordado, no céu profundo,        Em silêncio, o dia se desfaz, lento,                    E a paz desce sobre o mundo em sombras.

A lua, serena, ilumina a terra,                      Com seu brilho prateado, calmo e tranquilo, E os segredos da noite, que se encerra,      São sussurrados ao vento, num delírio.

As sombras se estendem, cobrem a vida, Num véu misterioso, de calma e sono,            E tudo se aquieta, numa paz de harmonia.

A noite, então, reina em seu domínio, Guardando sonhos, segredos e esperança,    O sol renasça com seu fulgor um novo dia.    (Igidio Garra)

Anoitecer!

A noite cai, um manto a se tecer,                    E traz consigo o fim que não se explica,          A luz se vai, mas deixa o que se fica:              A cada anoitecer, um renascer.

Boa noite, murmura o entardecer,                  A sombra dança, o tempo se dedica,              Ao ciclo eterno, a alma se aplica,                  Pois no escuro há promessas de se ver.

Um novo dia espera em silêncio ali,            Nas dobras negras onde o sol se esconde,    A paz do fim é semente que se fez.

Boa noite, sussurro, que ouvi,                        No breu o amanhã já corresponde,                E o anoitecer é o berço, outra vez amanheci.

O Encanto do Pôr do Sol

O sol se põe no horizonte,                    Pintando o céu de cores vibrantes,          Ouro, laranja, rosa e violeta.                          Em um espetáculo silencioso e sereno.

As nuvens se tornam telas vivas,        Refletindo a beleza do fim do dia.                  A luz suave que se despede.                        Nos lembra que tudo tem seu fim. 

O mar reflete essa dança de luz.            Ondas que brilham em despedida.                  E, ao longe, o silêncio se instala.              Como um abraço ao cair da noite. 

Cada pôr do sol é uma promessa.                De que amanhã haverá um novo começo.    E assim, na paz do entardecer,    Encontramos um momento de reflexão. (Igidio Garra®).

Ventos de Tempestade

Plantaram ventos, colhem tempestades;      No solo fértil da indiferença e da raiva; Semeiam desrespeito, colhem desordem;      E o céu, antes sereno, agora troveja.

Um vento leve, de início, parecia;                  Só uma brisa que passava sem pesar;      Mas o vento cresceu, virou tormenta,              E agora, o que se vê, é só desolar.

As folhas que dançavam ao sopro brando, Tormentas ferozes agora arrancam;              E a terra que acolheu sementes de caos;      Vê envolta em um vendaval infindo.

Plantaram ventos de desprezo e ódio,           E o que colhem são tempestades cruéis, Chuva de lágrimas, trovões de dor;              Um ciclo de destruição que não se vê o fim.

Mas há sempre um novo dia após a noite,    E a terra, cansada, pode renascer;                  Se plantarem sementes de amor e paz; Talvez, enfim, um céu sereno outra vez. (Igidio Garra®).

Ode da Caridade

Caridade é doar sem esperar retorno, um gesto de amor que se multiplica ao ser compartilhado, espalhando bondade e compaixão por onde passa.

Igidio Garra®

Espalhe amor, é Natal!

No brilho do Natal, o amor se espelha,        Corações batem em união, a estrela guia, Suave, nos revelha, que a paz,                        O amor são a verdadeira razão.

Nos olhos das crianças, o brilho natalino, Reflete a pureza, a esperança e a fé, o amor, Como um manto, envolvente,                Trazendo a mensagem de fraternidade.

Cada presente dado é um espelho,                Do amor que em nós reside, sem igual,        Com gestos simples, fazemos o céu descer.

O Natal é um espelho do amor eterno,        Que nos une, nos cura, nos faz bem querer, Espelhe amor, pois é Natal, é eterno! viver. Igidio Garra®

Quero tudo novo de novo.®    

Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais,
Me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar.
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos, abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes,
Ler mais. Sair mais.
Quero não me atrasar tanto,
Nem me preocupar tanto,
Quero ter momentos de paz.
Sorrir mais,
Chorar menos, ajudar mais.
Quero ser feliz, quero sossego.
Quero me olhar mais.
Tomar mais sol, mais banho de chuva.
Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais.
Quero fazer mais, suar mais,
Cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas.
Quero olhar para frente.
Quero pedir menos desculpas,
Sentir menos culpa.
Quero mais pé no chão,
Pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero ousar mais.
Experimentar mais.
Quero menos 'mas'.
Quero não sentir tanta saudade.
Quero mais e tudo o mais.
E o resto que venha se vier,
Que tiver que vir,
Venha na medida certa.

A Velhice, Um Bem Maior

Na pele os sulcos contam histórias,
Traços do tempo, marcas da vida,
Cada ruga guarda memórias,
Feitas de lutas, amores, partidas.

Os passos lentos não são fraqueza,
São dança sábia do caminhar,
No olhar repousa a certeza
De quem já viu o mundo girar.

Se os dias passam sem alarde,
É porque sabem o seu valor,
A velhice é porto, é baluarte,
É força branda, é puro ardor.

Não é um fim, mas um renovo,
O tempo esculpe sem pudor,
A velhice é um bem, é um tesouro,
É poesia feita jardim em flor.

Alvorecer

Na aurora tímida, um véu dourado,
Se desenrola sobre a imensidão,
Sussurra o vento um canto alado,
E desperta a terra em suave canção.

A bruma dança, leve e serena,
Abraça os campos num terno abraço,
Rios murmuram em voz pequena,
Seguem seu curso sem embaraço.

O céu pincela tons delicados,
Rosas e lírios no horizonte vão,
São traços vivos, encantados,
Que a noite entrega à luz da mão.

Alvorecer, respiro e vida,
Promessa doce que acontece,
No tempo puro, sua lida,
E um novo dia que amanhece.

Sofismas e Verdades®

No véu da palavra, o sofisma dança,          Cria ilusões com sutil esperança.        Promete luz, mas é sombra fugaz,              Um eco perdido em verdade refaz.

A verdade, porém, é rocha que fica,            Não cede ao engano, nem teme a cobiça. Seu brilho é lento, mas corta a mentira,    Raiz que sustenta, alma que inspira.

Sofismas seduzem, com doce veneno,      Mas murcham no tempo, caem no terreno.    A verdade resiste, sem pompa ou alarde,      É chama que jamais aquece.

Entre o dito e o feito, escolhe o que é,          No coração puro, a verdade com fé.          Pois sofismas são pó, que o vento desfaz, Mas a verdade é semente, que floresce paz. 

®O Gaudério da Pampa Gaúcha! 

Nas vastas coxilhas onde o vento vasa,          O gaudério cavalga com firmeza,              Com garra, teu poncho esvoaça,                Livre, sem quem o arremarra.   

E o sol das pampas brilha seu olhar de lei.
No laço no pescoço, domando o gado a grei, Seu mate é fiel, companheiro não se escarra, Na alma traz o fogo que a lida não desgarra.

Herói da terra, onde o chão é sem maguei.
Nas noites de lua, o canto do bugio escutei,  A dança da vaneira pulsa em seu coração,    E o rio murmura um hino que voa.

O gaudério é o guardião da tradição,      Senhor das estâncias, pampeiras,              Onde a vida num, vanerão entoa,                    Filho das pampas, alma e chão em união. 

O Maragato Farroupilha®

Nas coxilhas do Rio Grande, teu chão,            O vento corta a solidão,                          Cavalga o Maragato altivo,                      Facão e alma na mão. 

De poncho esvoaçante, nos ombros          Herói de mil batalhas, vencidas            Carrega o fogo da liberdade,                      Entre lanças, espadas e escudos.

O clarim soa na campanha,                        Ecoa o grito de guerra,                          Farrapo em busca de um sonho,        Soberano em sua terra. 

O cavalo relincha ao galope,                            A poeira é seu estandarte,                              No coração, a pátria livre,                              No olhar, um ideal não parte.

Sob o céu de estrelas,                                        A noite é seu confidente,                                  O Maragato não se curva,                    Enfrenta o tirano, valente. 

No lombo da história, cavalgar,                      Ele escreve com sangue e suor,                    Um hino de coragem gaúcha,                        Um brado de puro amor, à pampa.

Das águas do Jacuí, até a capina,                    Tua lenda não se cala,                                        É sombra que dança na serra,                          É voz que o vento embala. 

Maragato, bravo Herói Farroupilha,                Em teu eterno nas estrelas cavalar,              Teu legado é uma chama viva,                        Que o tempo não vai apagar.

Invisível Amor!

Oh, mistério suave que o olhar não alcança, Sussurro leve, dança sem forma ou cor,      Teu toque é brisa, teu peso é esperança, Vives no arcabouço, rei sem clamor.

Os olhos buscam o brilho, a linha, o traço, Mas tu te escondes além do que se vê,          És chama quieta, um fogo sem espaço,      Raiz que brota onde a razão não crê.

No silêncio, te ouço, sinfonia sem som,          No vazio, te encontro, presença sem fim,        O coração, cego, é teu lar, teu tom,                  E nele floresces, eterno jardim.

Ah, amor que não se pinta ou se molda,    Que foge ao olho, mas nunca à alma,            És verdade nua, és paz que se acolha,        Força que pulsa na mais edulcorada calma.

Ame-se o que não se explica ou se prende,    O que o olhar falha, mas o pulsar entende, Pois o coração, sábio, tudo compreende,        E no invisível, o mundo efim se rende.

Crepúsculo de um Sábado!

O sol se esconde em tons de melancolia,       A tarde morre em silêncio a se esvair,            O sábado, que outrora a alma erguia, Despede-se num sopro a se extinguir.

As horas dançam lentas, sem vigília,               O vento leva o que resta a se formar,              E o coração, em muda nostalgia,        Repousa quieto, sem mais se agitar.

As luzes tremem na cidade fria,                    Um eco preso em ruas a vagar,                       A noite toma o que o dia regia.

E assim, no fim, o tempo a se dobrar,        Deixa no peito uma sutil folia,                        Um dia que não vai mais voltar.

Reconhecimento ao Poeta

Sob o véu do tempo, sutil e fugaz,                Um olhar se ergue, uma voz se faz.            Não é o aplauso que o peito inflama,              Mas o silêncio que acolhe e chama.

É o brilho escondido na sombra do dia,          A força que pulsa na muda harmonia.         Um gesto simples, um poema a soar, Reconhecer é ver, é verdade a brotar.

Nas mãos calejadas, no passo apressado,  No sonho que cresce, no chão semeado,     Há um eco eterno, um laço enaltecer,        Dar luz ao que é, ao que veio a ser.

Reconhecer é ponte, é chama que guia,          É dizer ao outro em harmonia: "                     Te vejo, estás aqui, és nossa poesia."

Boa noite, Anoitecer!

O sol se curva em doce despedida,                  A luz se esvai, o céu se veste o véu,                 A tarde morre em sombras de apogeu,          E a noite toma o mundo em sua lida.

A brisa sopra, mansa e comedida,      Traçando em silêncio um etéreo léu,    Estrelas surgem, tímidas no céu,                   Um boa-noite em paz concedida.

O canto preso em ramos se desfaz,                A sombra dança ao som de um leve vento,    E o tempo pára em quieto compasso.

Na escuridão, o coração jaz,                Repousa o peito em calmo sentimento, Anoitecer que abraça em seu regaço.

*Liberdade e Boa Noite*

A noite cai, serena e silenciosa,                        O vento sussurra um hino à liberdade, Sombras dançam a alma, tão formosa,     Que busca o céu na pura claridade.

As estrelas, em sua quieta prosa,                Falam de sonhos, de uma eternidade,             E o coração, fugindo da clausura,        Encontra paz na vasta imensidão.

Boa noite, mundo, que repousa,                Deixa a brisa levar a amargura,                       E o espírito voar em doce canção.

Que a liberdade, véus de luz cintilação,      Seja o berço de toda a nossa vida,              Sob o luar que embala a escuridão.

Música, Harmonia da Alma!

Nas cordas do vento, um sussurro se forma,  A melodia dança, livre, sem norma.                 É o pulsar da vida, em notas ressoar,           Um eco profundo, a alma a embalar.

No silêncio da noite, acordes se erguem, Como estrelas que cantam os céus ouvem. Cada tom é um fio, musicado no ser,          Uma sinfonia interna, impossível deter.

O coração vibra, compasso gentil,          Arpejos de sonhos, um canto sutil.                  A tristeza se curva, o medo se cala,              Na música pura, a alma embala.

Harmonia eterna, sagrada canção,            Que une os fragmentos do coração.            Teu som é refúgio, teu ritmo é ímpar,            Na música, a alma encontra o seu par.

Ilusão

Gasta o homem seu ouro em vã quimera, Brinquedos caros, luxo que seduz,                 Na ilusão de um brilho que apaga,      Esquece o simples raio de luz.

Comprou o carro, a joia, a primavera,        Que o mundo aplaude em tom de cruz,      Mas o vazio dança em sua espera,                  E o coração se perde na reclus.

Oh, tolo afã que busca o efêmero,          Gastar a vida em sonho tão pequeno, Quando o real se esconde no sincero!

A paz não vem do preço ou do veneno,      Mas do que é leve, livre, verdadeiro,              Um riso preso ao peito, sem terreno.

A Grande Atleta! 

Yasmin jogue com o vento a lhe guiar,        Seu corpo dança em ritmo e harmonia,          A força em seus passos faz brilhar o dia,        Um sonho cada raquetada, conquistar.

Com desvelo, o pódio vem celebrar,            Sua alma forte é pura sinfonia,                      No esporte, escreve a própria melodia,            E o mundo para vê-la, se encantar. 

NADA É POR ACASO!

Se as coisas fossem perfeitas,                      Não existiria lições de vida,                           Não haveriam arrependimentos                      E nem descobertas...          

Se tudo fosse perfeito Mãos não se uniriam    E sonhos não seriam valorizados.                  Se tudo fosse perfeito                              Olhares não se completariam.

E gestos passavam despercebidos,                Se tudo fosse perfeito,                                      As lágrimas não existiriam,                              As palavras seriam perfeitas. 

Se tudo fosse perfeito,                                     Eu pularia no abismo,                                  Sem medo da morte,                                      Pois asas eu ganharia... 

Se tudo fosse perfeito,                                      Eu atravessaria o oceano,                            Sem medo de ser levada pelas ondas,        Sem receios de me perder.

Se tudo fosse perfeito,                                Dores não existiriam,                                         E a cura não seria procurada...                      Se tudo fosse perfeito.

Não haveria a busca pela perfeição...        Nada é por acaso Pois nem o destino,            Na vida nada acontece por acaso.